terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Super-Lula contra a guerra entre palestinos e israelenses

Depois de receber a visita do presidente francês Nicolas Sarkozy, Lula deve estar se achando o super-homem. Notícia distribuída pela agência EFE diz que em um evento em Recife, nosso presidente resolveu pedir ao seu ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para que convoque uma cúpula para tentar solucionar o problema entre israelenses e palestinos. Se nã bastasse ainda resolveu criticar a Organização das Nações Unidas (ONU) por estar sendo passiva e os Estados Unidos por estar sendo ineficiente na condução do processo de paz.

Frases do Super-Lula:

"O Brasil vai a fazer um grande esforço junto a outros países para encontrar um modo de que aquele povo pare de se matar e de se enfrentar com violência", disse Lula, que comentou ter confiança no sucesso de uma convocação brasileira por se tratar de um país "neutro".

"O que está provado é que a ONU não tem coragem de tomar uma decisão para pôr paz. E não tem coragem porque os Estados Unidos têm o poder de veto, portanto, as coisas não ocorrem", asseverou.

"Temo que a pessoa, com as pesquisas na mão, achando que deve atacar, faça o que o presidente (dos Estados Unidos, George W.) Bush fez na Guerra do Iraque. Ele tinha pesquisas que diziam que os americanos eram favoráveis e fez a guerra para ganhar as eleições ao segundo mandato", acusou.

Acho interessante o presidente se preocupar com o conflito e se achar um país neutro para intermediar uma negociação de paz. Mas quais efeitos positivos poderia ter uma cúpula se os grupos não aceitam nem intervenção da ONU?

Colorido e barulho para brindar 2009

Essa é até uma matéria simples, sazonal e corriqueira: o que vetir na passagem do ano e cuidados com fogos... apesar de ser uma pauta básica, deu um resultado legal...

O quadro de cores e roupas que coloquei no final não faz parte da matéria, coloquei agora.
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Roupas com estampas em alta no Réveillon
30 dez. 2008


Depois de muito vermelho, verde e dourado, as vitrinas das lojas limeirenses se enchem agora de muito branco, prata e um pouco de amarelo. Apesar de as peças vestirem a maioria dos manequins, a cor que simboliza desejo de paz para os próximos 12 meses que virão não é mais soberana nas festas de fim de ano.

Gerente de uma lojas de roupas do Centro Acima, Josiane Cristina Modenez Fernandes, de 30 anos, fez como manda a regra. Sua opinião, porém, é diferente. Sua vitrina exibe modelos de vestidos curtos. Seguindo as tendências da época e da moda, um dos manequins exibe um vestido de tafetá branco com babados.

O tecido fino na cor clássica para as festas de final de ano se alia com o que as passarelas do mundo fashion ditaram para a estação. Já o outro vestido reluz, mas não como ouro. Feito com um fundo cinza, o segundo modelo é destaque onde quer que passe por conta de seus paetês pratas. O corte é simples, mas o bordado e a cor dão um toque sofisticado à peça.

"Acho que o branco já não é a cor mais procurada pelas clientes da loja. Elas procuram hoje cores variadas e, principalmente, as peças estampadas", observa Josiane. As peças com estampas coloridas e diversificadas são mais uma influência das passarelas para o dia-a-dia da população.

As diversas cores em formas diversificadas dão uma alegria especial à peça e para quem a veste. Segundo a gerente, 95% das peças que são vendidas nesta época do ano são vestidos, pelo menos em sua loja. O calor, aliado à liberdade e à elegância que um vestido proporciona para quem o veste, garante o sucesso das vendas.

E quanto às superstições, Josiane diz que algumas clientes ainda brincam com os significados das cores das roupas. "Muitas não falam, mas uma ou outra comenta que quer levar o amarelo para trazer mais dinheiro ou vermelho para o amor", diz a gerente.

BARULHO
Enquanto todos festejam em terra mais um dia 1º de janeiro, os céus de Limeira e de todas as cidades se enchem de cores e estouros. Esta é uma das épocas em que mais se vendem fogos de artifício. As senhas distribuídas em uma das casas especializadas da cidade rodam pelo menos cinco ou seis vezes os seus 100 números.

As novidades surgem todos os anos. Com um só fósforo, por exemplo, é possível acender kits com seis rojões ou, então, que produzem 180 tiros e cores variadas. O barulho é garantido, mas a segurança é um item indispensável para se festejar.

Proprietário de uma das casas especializadas no ramo, Geraldo Silveira diz que espera vender neste final de ano até 15% a mais do que em 2007. O movimento na tarde de ontem ainda estava fraco, mesmo se comparado ao mesmo período ano passado. O forte das vendas, porém, são os dois últimos dias de dezembro. "Temos um sistema de senhas, com 100 números, e as distribuímos pelo menos umas cinco vezes", comenta. A expectativa do comerciante é de que passem pela sua loja pelo menos 500 pessoas nesses dois dias - um total que pode chegar a 1.200 pessoas.

Como sempre, Silveira ressalta a importância de comprar os fogos em casas especializadas e autorizadas a comercializar o produto. "As pessoas não devem comprar em padarias ou bares", diz. "O consumidor não recebe a orientação que precisa", explica o comerciante.

Apesar de todos os anos as mesmas dicas de segurança serem dadas, o consumidor ainda insiste em soltar os rojões bêbados. O resultado, porém, nem sempre é agradável. Silveira conta que uma pessoa soltou o artefato com a boca virada para baixo certo ano.

Ele mesmo já soltou dois rojões ao mesmo tempo e explica: "as pessoas precisam soltar os rojões longe da mão e encaixar pelo menos dois rojões embaixo daquele que vai acender como medida de segurança. Quando acendi o primeiro, no topo, ele acabou acendendo o debaixo, fazendo com que os dois rojões estourassem ao mesmo tempo. Fiquei esperando a explosão, mas nada de ruim aconteceu", conta.

As histórias são diversas e os cuidados devem ser rigorosos. Soltar pelo menos 20 metros das demais pessoas, encaixar pelo menos dois rojões para que o que for acendido fique longe da pessoa e não soltar o artefato embriagado são algumas das dicas dadas por Silveira para uma festa segura e barulhenta.

Foto: Maurício Martins

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Cores de roupas e seus significados

Branco
Para quem busca um ano repleto de paz, verdade, sabedoria e calma. O branco repele as energias negativas e eleva as vibrações. Estimula a memória e gerencia o equilíbrio interior.

Amarelo
Utilize esta cor para ter dinheiro e riqueza e sabedoria durante todo o ano. Esta cor ajuda também a estimular a intuição.

Rosa
O rosa é o resultado da mistura do vermelho e do branco. Da mesma maneira é seu significado. Para obter felicidade no amor, vista-se desta cor que ajuda também a afastar as energias negativas.

Vermelho
Para ter 12 meses de muita paixão, força e energia, ao menos pinte as unhas com esta cor. Isso já vai garantir um ótimo resultado.

Azul
A cor do céu e do mar traz paz de espírito e segurança. Tranqüilidade, harmonia e saúde, também são provenientes desta cor.

Verde
Representa as energias da natureza, esperança, equilíbrio e recomeço. Renova as energias trazendo vida nova junto ao novo ano.

Laranja
Atrai sucesso monetário. Ajuda nas conquistas pessoais e profissionais. Se você está aguardando aquela promoção, ou mesmo está procurando um emprego, encontrou a cor certa.

Violeta
A cor violeta traz junto com o novo ano inspiração, imaginação e estabilidade. Esta cor também eleva a auto-estima e ajuda a manter o foco de um objetivo.

Cinza
Como as cores expressam o estado de nossa alma, o cinza revela que estamos com incertezas ou neutra. É o próprio símbolo da indecisão e da ausência de energia, quanto mais sóbrio, mais se está desanimada e na monotonia.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Jingle Bombs



Estava zanzando no orkut e encontrei um vídeo no perfil de uma colega. Achei esse cara, Jeff Dunham, um ventrículo muuuuuito show. O Natal já passou, mas nunca é tarde pra dar risada!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal!



Sinceramente acho que o sentido do Natal se perdeu um pouco hoje em dia, pelo menos pra mim. Pelo menos algumas pessoas mantém o bom humor com uma visão crítica sobre a festa do nascimento de Cristo e a crise econômica mundial.

Desejar Feliz Natal é muito simples. Acho que os desejos para uma data como esta devem ir além. Mesmo antes do ano novo, é interessante desejar um dia de reflexões, de fé e claro, de alegria. Comemorar com amigos e/ou familiares o nascimento da figura mais importante para muitas religiões. O filho de Deus que veio dar sua vida pela humanidade.

Que seja para todos uma data com significado além da troca de presentes.

Feliz Natal!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

E da-lhe Orkut na ilusão

"Quer comprar uma bala?"

Quem sabe se fazendo denúncias como as desta matéria a situação não mude...

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Em período de férias escolares, crianças vendem doces no Centro
21 dez. 2008


Depois do término das aulas, enfim, as férias chegaram. Após passar tantos dias estudando e sob o olhar dos professores, inspetores e demais funcionários das escolas municipais e estaduais, algumas crianças agora são vigiadas por outro tipo de profissional - os fiscais da prefeitura.

Com o período de descanso, algumas crianças vão para a rua, mas não para brincar. Elas saem com caixas de balas nas mãos atrás de conquistar o próprio dinheiro. Este é o caso dos primos W.L.S.S., de 10 anos, e J.H.S.B., 9. Em uma tarde comum, os dois sobem e descem as calçadas das praças Toledo Barros e Coronel Flamínio Ferreira (Praça do Museu) vendendo pacotinhos de balas que compraram por R$ 5 em uma das lojas do Centro.

W. está ali pela primeira vez. O garoto diz que insistiu para seu pai deixá-lo acompanhar o primo mais novo. "Fiquei pedindo até que ele deixou", disse. Já J. está acostumado com o "serviço". O garoto conta que durante o ano, enquanto ainda está na escola, ele participa das aulas. No período oposto, porém, vai para a praça. O objetivo? Vender balas.

Quando são questionados sobre o porquê que estão ali vendendo as balas, os dois dizem quase em coro: "para ganhar nosso dinheiro". O mais experiente, J., é quem explica como é o trabalho. Ele fala que seu pai dá R$ 5. Com esse dinheiro, ele compra a caixa de balas e começa a vender. No final do dia, segundo o garoto, ele consegue arrecadar até R$ 50. Chegam a vender duas caixas das guloseimas e, com o dinheiro, compram sorvetes. J. garante que seu pai sabe o que ele está fazendo. W. também.

VISTA GROSSA
Enquanto o Jornal de Limeira conversava com os dois garotos, o fiscal da Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luís Carlos Batistel, aproximou-se para abordar a reportagem e as crianças. O fiscal questionou os garotos sobre seus pais e onde estavam vendendo as balas. O mais novo disse ser filho de um dos camelôs da Praça do Museu e que ele e o primo só estavam vendendo os doces na praça.

Batistel, então, comenta que as crianças não poderiam vender nos semáforos, mas acaba as deixando partir. Para o Jornal de Limeira, o fiscal revela que não consegue fazer muita coisa em relação aos menores. Sua atuação é voltada aos comerciantes ambulantes que atuam sem o cadastro da prefeitura. Ele depende também da Guarda Municipal, que o ampara nas apreensões realizadas. "A gente acaba não apreendendo as crianças para não criar atrito com a sociedade", cita.

Ele explica que a prática é ilegal, mas atua somente com a conscientização das crianças na esperança de que elas parem com as vendas. "A maioria vem só uma vez e logo desiste. Quando vamos conversar com os pais delas, eles alegam que trazem as crianças para o Centro para não as deixar vulneráveis nas ruas dos bairros onde moram", relata o fiscal.

A justificativa feita por Batistel é confirmada pelo pai de J. - o camelô Joanito de Souza Brito, 38. Brito diz que dois de seus cinco filhos estão nas praças vendendo balas e encara a situação como uma diversão para as crianças. "Isso não é um trabalho. É uma diversão, pois não preciso que meus filhos vendam doces para sobreviver. Tenho quatro casas e um bom carro". Ele conta que mora no bairro Ernesto Kühl e para não deixar seus filhos na rua e em contato com a violência local, os traz para o Centro. "Não são só meus filhos que vendem balas no Centro. Vi mais de 20 crianças vendendo Até gente grande vende", exalta-se.

Quanto ao rendimento, Brito fala que as crianças conseguem faturar somente R$ 10. Esta informação, porém, é contestada pelo seu irmão e outros camelôs. "As crianças conseguem tirar mesmo uns R$ 50, mas a maior parte do dinheiro fica com ele", denuncia José Brito de Souza, 30. Souza é pai da criança mais velha, W., e afirma que só deixou o garoto acompanhar seu primo, mas não autorizou que ele saísse vendendo as balas para os pedestres. "Eu acho isso exploração infantil. Sou totalmente contra colocar criança para vender doces".

Na Praça do Museu, W. e J. oferecem os doces para as pessoas que esperam os ônibus nos pontos. Sorrindo, eles correm até seus pais após constatar que a reportagem tinha conversado com eles. Mesmo tendo como uma diversão a venda das balas, as crianças, seus pais e o fiscal sabem que o trabalho infantil é proibido por lei, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mas ficam na esperança de que isso acabe no próximo dia.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Mundo Bizarro


Um belo dia de matéria no Centro de Limeira e uma visão do inferno...

detalhe para a tatuagem!

Foto de Mariele Parronchi! (risos)

Um senhor tranqüilo e observações realistas

Uma noite no ponto de ônibus do Museu, movimento e conversas
19 dez. 2008

A praça Major José Levy Sobrinho, mais conhecida por praça do museu, é uma das mais movimentadas do Centro. Além do prédio que deu referência para seu nome popular, o local é ainda mais conhecido pelos seus pontos de ônibus. Durante todo o dia centenas de pessoas passam pelos três dos quatro lados do quarteirão, onde as paradas do transporte coletivo se aglomeram. São pessoas correndo, andando ou simplesmente paradas olhando o movimento.

Com celulares no ouvido, conversando com alguém distante ou mesmo acompanhado de pais, mães, amigos, namorados, pessoas e mais pessoas passam para todos os lados possíveis em sua vida agitada. Horários de pico, como a hora do almoço ou antes de as lojas abrirem suas portas pela manhã, o movimento cresce mais ainda. Atualmente a praça é o ponto central de todos os ônibus das duas empresas que fazem o transporte coletivo da cidade. Ali chegam pessoas dos quatro cantos da cidade, dos bairros mais longes, zonas rurais, ao bairros vizinhos.

A movimentação é constante durante todo o dia, inclusive nas noites de quarta-feira. Com o horário especial do comércio de Limeira, várias pessoas continuam subindo e descendo dos ônibus mesmo após às 18h - normalmente um dos últimos horários de correria de trabalhadores e estudantes. Por volta das 20h desta última quarta era visível que em algum ponto do centro as lojas estavam faturando um pouco mais que o normal. O semáforo do cruzamento das ruas Boa Morte e Carlos Gomes, quando abertos para os pedestres, liberavam a passagem de pelo menos 30 pessoas por vez, subindo e descendo, indo e vindo.

Do lado da rua Boa Morte, a praça tem sete pontos de ônibus. Quatro com assentos e três somente com as coberturas. Ali homens, mulheres e crianças esperam os ônibus que os levarão para a casa. Quando um deles aparece, como é o caso do 102, os futuros passageiros já caminham para o ponto onde o veículo para. Avistam o carro de longe. Se um passageiro ficar parado na beirada da calçada é possível avistar um ônibus se aproximando a pelo menos três quarteirões de distância na mesma rua. Cerca de 11 pessoas se apressam para verem quem será o primeiro a subir. Os acentos geralmente ficam vazios quando os ônibus chegam na praça, a disputa pelo primeiro a subir é também pelos lugares que estão vagos no interior do veículo.

Um homem de calça caqui, jaqueta preta e sapatos sociais marrons passa com uma caixa de balas nas mãos. "Compra uma balinha para me ajudar?", oferece. "Não tenho dinheiro aqui, estou trabalhando", responde uma das pessoas para a qual o homem tentou vender os doces. "Então ta bom, Deus te abençoe", se despede sorrindo. Ele continua andando pelos pontos abordando as pessoas sentadas ou em pé que encontra pela frente.

TRANQÜILIDADE
No meio de toda a correria e espera por ônibus, um senhor em particular se torna observador da noite de comércio natalino. O aposentado, mas ainda metalúrgico, Anivacil Brás Lossolli, de 62 anos, está ali esperando os ônibus da linha oito ou quatro, mas sem pressa alguma. Ele olha as pessoas que sobem, que se sentam próximas a ele e os ônibus que passam e se enchem. Para falar seu nome, o aposentado já mostrou seu bom humor. "É um nome diferente e vou falar devagar: Anivacil", ironiza. Apesar de ser chamado de "careca" pelos amigos do trabalho, ele mostra não simpatizar muito com apelidos. "Nenhum pai gosta de ver seu filho com apelidos, ainda mais no diminutivo e eu gosto que falem meu nome certinho em casa", diz.

Lossoli estava no Centro sem propósito algum. Apesar de ter se aposentado há mais de cinco anos, preferiu continuar trabalhando. Estava ali para arejar a cabeça, distrair. Foi olhar o movimento, entrar nas lojas e ver os brinquedos - possíveis presentes para os netos, pelo jeito. Ele não carregava nenhuma sacola. Debaixo do braço esquerdo somente uma pochete marrom. De camiseta verde-água, calça jeans clara e sapatos de camurça marrom, o aposentado comenta, com uma visão bem crítica, que as pessoas não estão consumindo este final de ano por conta do medo com a crise. "Eu não sou pessimista, sou bem realista. Acho que a situação dessa crise ainda vai piorar bastante, principalmente depois do carnaval, por isso as pessoas que têm a cabeça no lugar não vão gastar todo seu dinheiro agora no final do ano", opina.

Sua observação é perspicaz. Das pessoas que esperam no ponto de ônibus para voltarem as suas casa, poucas carregam sacolas com presentes. Muitas passam com caras cansadas, cheias de bolsas e até malas, mas sacolas com presentes, poucas. Outro fator apontado por Lossoli para as compras fracas é que o vale (parcela adiantada do salário) ainda não foi pago pelas empresas. "Quando pagarem o vale e a segunda parcela do 13º no dia 20, apesar de ser sábado, acho que vai aumentar o movimento" , reflete pensativo.

A postura do aposentado é reta, exemplar. Um ortopedista ou fisioterapeuta que o olhasse de longe iria logo elogiá-lo. Sem ser perguntado, ele acaba revelando o porquê de estar sentado daquela forma. "Não era para eu estar aqui hoje, ia para Brasília com um grupo de aposentados, mas me deu um mal jeito na coluna e achei melhor não encarar 12 horas dentro de um ônibus balançando", diz. Nessa postura exemplar Lossoli diz que os limeirenses são um povo trabalhador. Observando aqueles que passam em sua frente, o aposentado comenta que muitas pessoas não são nascidas da cidade. "Há muita gente de fora aqui, quando trabalhava na antiga Varga, em um ônibus cheio de trabalhadores somente dois eram nascidos na cidade, é um povo bem misturado", lembra.

Já por volta das 21h, o vendedor de balas de calça cáqui e jaqueta preta passa e oferece seus doces, agora para Lossoli. O movimento ali continua o mesmo, só o semáforo não abre para tantas pessoas atravessarem, ali o número de pedestres diminuiu. Passageiros dos ônibus porém continuam chegando. O céu todo negro e sem estrelas é cortado ao longe por alguns clarões de raios e uma brisa úmida já bate na copa das árvores e no rosto de quem espera para voltar para casa.

Ainda não chove, mas as árvores perdem suas folhas e flores pequenas, formando uma garoa verde e que começam a forrar o chão. Durante o tempo que ficou ali, Lossoli viu pelo menos dois ônibus passarem. "Estou tranqüilo aqui, sem compromissos", diz sorridente. Quando volta a ficar sozinho o aposentado estica os braços para trás e apóia as mãos no gramado do jardim. Estica e cruza as pernas para frente e volta a observar a esquina de onde o próximo ônibus que aparecer irá levá-lo para a casa.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Citações

A comunicação é equívoca. Somos limitados por uma língua na qual palavras podem significar uma coisa para uma pessoa e algo bem diferente para outra. Não existe uma forma correta de se comunicar. Pelo menos em sentido absoluto, é impossível partilhar nossos pensamentos com os outros, pois jamais serão compreendidos de forma exatamente igual.

Não exite forma correta; há várias formas possíveis.


Richard Saul Wurman

Espaços de conforto personalizado

Matéria especial sobre Centro Acima. Um pouco de moda...

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As butiques da região central atendem a todas as exigências
18 dez. 2008

Uma palavra francesa para descrever um local onde se vendem roupas e acessórios. O nome genérico para essas lojas, boutique, aos olhos de algumas pessoas já elevam sua classe e seu requinte para patamares mais altos. Apesar de vender roupas, sapatos e acessórios para públicos sofisticados e exigentes, as lojas do centro acima não possuem produtos somente voltados para as madames da sociedade.

O espaço de algumas lojas já intimida o bolso de algumas pessoas e atrai aqueles que se importam com conforto e atendimento personalizado. As butiques da região de cima do Centro são a cara de uma Limeira mais sofisticada e sonhadora. Este é o caso da proprietária de uma das lojas, Mari Fukunishi. Em seu estabelecimento onde o branco impera sobre os móveis antigos e vestidos coloridos, ela oferece produtos para todos os gostos, tamanhos e exigências. "Abri a loja por que era um sonho pessoal e achei que Limeira merecia um espaço tão sofisticado como este", explica.

Nas araras, a variedade de cores e cortes dos vestidos chama a atenção até daqueles que não têm quem presentear. Feitos de cetim ou seda, com bordados brilhantes e estampas chamativas, a diversidade realmente satisfaz qualquer tipo de mulher que aprecie uma roupa mais elegante para passar as festas de fim de ano.

Além dos vestidos mais comuns, as lojas dessa região guardam exclusividades em acessórios e roupas que garantem que não haverá supresas em festa ao encontrar alguém com a mesma peça. A loja de Mari, por exemplo, trabalha com marcas exclusivas, como Lia Rabello. Os vestidos da estilista que dá seu nome à marca, são diferentes dos demais desde a costura até o tecido e caimento no corpo. Sedas de diferentes texturas e cortes dão formas variadas aos corpos que têm sede de elegância.

A DIFERENÇA
Além dessa exclusividade e requinte, a diferença das lojas dessa região está no atendimento personalizado. A vendedora Josiane Cristina Poldi Carneiro, de 36 anos, diz que a satisfação do cliente vem em primeiro lugar. "As vendedoras dão atenção especial às clientes. Vão recepcioná-las na porta da loja; conhecem sua vida e se tornam-se amigas delas. Uma das vendedoras foi até convidada para o casamento de uma delas", comenta.

Esse atendimento que perpassa o campo profissional, tem como segredo justamente a amizade e o retorno da compra às clientes. Vendedora de uma outra butique da mesma região, Rosângela Aparecida Conti, 37, comenta que ao ver determinados vestidos e peças que chegam na loja já pensam em clientes específicas. "Essa é a cara daquela ou daquela cliente, sabemos o tamanho que usa, a cor e o modelo que gostam. É um contato mais próximo se comparado às grandes lojas da região central, onde o número de pessoas é muito grande e constante", explica.

E o atendimento conta até com suco e café. Algumas clientes voltam à loja só para conversar com as vendedoras e contar as novidades, mostrar fotos de viagens e "chorar as pitangas", como ironiza Josiane.

Além desse contato pessoal, algumas lojas ainda contam com serviços de telemarketing para dar o feedback da compra, termo utilizado em administração para o retorno que as lojas dão aos seus clientes. "Ligamos para falar das novidades que temos na loja e até para saber por que a cliente não apareceu mais", exemplifica Josiane. "Também fazemos a venda chamada consignada, que é mandar sacolas com roupas para a casa das clientes mais antigas, assim elas podem escolher as peças com mais tranqüilidade", fala Rosângela.

RECEIO
Todo esse requinte, porém, acaba afastando alguns consumidores. "A maioria das clientes já vêm até as lojas já sabendo o que querem comprar, mas a vitrine e as vezes o tamanho do local acaba assustando outros consumidores. Eles pensam que as peças são caras demais", diz Josiane. Ao contrário, para esses clientes as lojas onde as vendedoras trabalham dispõem de peças também básicas e mais acessíveis.

Ao comparar preços, um vestido de festa ou mesmo aqueles que seguem tendências para o dia-a-dia, pode custar de R$ 200 a R$ 1.500. O preço varia de acordo com a marca, a exclusividade e até do trabalho realizado nas peças. Do básico ao luxo. Há peças lisas de seda, até aquelas bordadas com cristais swarowski e pedrarias que dão brilhos únicos para o corpo e chegam até a dispensar colares e demais acessórios.

Todo o conforto das butiques e o atendimento personalizado fazem do centro acima um local de lojas sofisticadas e de bom gosto. É possível, alí, se preparar para todos os tipos de ocasião, de festas em chácaras ou dias de trabalho até casamentos e jantares.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Próximo ao desenvolvimento, a antiguidade prevalece

Matéria especial sobre a região da avenida Campinas. É nessas horas que aproveitamos para tirar algumas curiosidades. Vivo nessa região há 22 anos (toda minha vida) e sempre quis ver o interior de algumas casas. Então... só unir o útil ao agadável.

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Casas antigas ostram sinais do tempo na avenida Campinas
17 dez. 2008

Próximo ao desenvolvimento do fim da avenida Campinas com seu shopping, escola e supermercado uma casa quase engraçada. Quase não tem teto, parece não ter nada. Diferente da cada de Toquinho e Vinícius de Moraes, esta casa tem chão, tem telhado e paredes. A primeira impressão é de que seria uma casa normal, mas na realidade esta casa resiste ao tempo e a modernização da cidade.

Seu morador, o pedreiro Paulo César Maezi, de 46 anos, mostra seu interior. As postas de madeira sem maçanetas e fechaduras que hoje são convencionais, são iguais aquelas usadas nas construções antigas. As janelas também mostram os sinais evidentes de que o tempo passou por ali e deixou suas marcas. Alguns vidros quebrados e uma moldura como uma casa de pesqueiros, num sítio afastado, que sem preocupação nenhuma com violência e invasões mantém uma estrutura simples, só um teto contra a chuva, sem nenhum conforto. E este é o principal problema apresentado pelo pedreiro, a falta de conforto. Em tempos modernos, quando casas arejadas, com forro e pisos frios surgem em vários bairros da cidade, Maezi convive com ratos que entram pelas frestas das portas e teto, além de problemas com o barulho causado pelos trens e da movimentação da avenida.

A casa azul de paredes com a tinta descascando é uma das residências antigas que a avenida Campinas ainda abriga. Após o viaduto Laércio Corte, sentido Centro, a casa de Maezi é uma das primeiras que chama a atenção para o estilo antigo e até abandonado. Reformar está fora de cogitação. Não é tanto por conta dos vínculos afetivos que tem com o lugar - já que o pedreiro nasceu naquele mesmo local e mora lá até hoje -, explica o pedreiro. "Se tiver que reformar a casa compensa muito mais derrubar e construir outra", exclama. Maesi só não faz o que diz por conta da falta de dinheiro. O encanamento de ferro aparece no chão de terra batida e o banheiro, assim como antigamente, só do lado de fora da casa.

Sua moradia está localizada em um terreno que passou de geração em geração. Seu avô Emílio Maezi, quando chegou da Itália, comprou terras extensas na região. Tão extensas que o quarteirão onde o neto mora é basicamente um clã da família italiana. Sua casa tem 19 metros de frente e 119 de fundo. Começa na avenida e acaba próxima à linha do trem. O terreno grande, ao qual Maesi se refere com brilho nos olhos por conta do tamanho, fica um pouco salgado na hora de pagar o Imposto Predial Territorial Urbano, o IPTU. "São quase R$ 8 mil por ano de imposto, muito caro", reclama. E não é só o Paulo Cesar Maezi que herdou um bom pedaço de terra. Seus vizinhos, e parentes, também têm terrenos parecidos , com até 29 metros de fachada.

MAIS ANTIGUIDADES
Além da casa de Maezi, Laura Maria do Nascimento, 38, e sua mãe Ermínia do Nascimento, 79, também moram em uma casa das casas antigas da avenida. Ao contrário da casa de Maezi, o lugar onde Laura e Ermínia moram é rosa. A fachada mostra logo de cara que a construção é realmente antiga. Como todas as épocas têm suas tendências, a casa alugada por elas tráz próximo ao telhado a data da construção do prédio: 1901, início no século 20. A casa também é de família tradicional da cidade. As iniciais junto da data mostram quem foram os primeiros moradores do local. "A casa era do Paschoal D`Andrea e hoje moramos aqui", revela a mulher.

A arquitetura rústica condiz com o interior da casa. As portas nos mesmos moldes da casa de Maezi, duas tábuas juntas por pequenas vigas e janelas antigas, de madeira e quatro vidros. Laura diz estar ali por necessidade, preferia morar em uma casa mais moderna. "Estranhei quando cheguei aqui, parecia uma casa de assombração, mas acabei me acostumando", diz. Ela já mora ali há dois anos e nesse tempo pintou as paredes, batentes das portas e mexeu no telhado. Apesar do último reparo ser mais por necessidade que vaidade, as goteiras na cozinha e outros cômodos a forçaram a dar um jeito nos defeitos que as telhas apresentaram. Já as paredes, pintadas de branco e azul escuro mostram que os cuidados com a aparência ainda são tomados. Na parede um quadro da Santa Ceia e os sofás cobertos com panos laranjas demonstram que conforto é algo também desejado pela família Nascimento.

E no meio de tantas expectativas para a região, Maezi e Laura continuam em suas casas à moda do início do século passado vendo o desenvolvimento passar e esperando condições melhores para confortos melhores.



Em busca de um contato

Essa matéria estava procurando há algum tempo para postar aqu no blog. Foi umas que eu mais emocionei até hoje ao fazer. O texto, se não me engano, ficou maior, mas foi um pouquinho podado... normal.

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Familiares de presos vivem rotina em dias de audiência
26 abr. 2008

Sexta-feira à tarde, dia de audiência no Fórum de Limeira, localizado na Rua Boa Morte, no Centro. São 18 detentos, todos acusados de crime de associação para o tráfico de drogas. E com um agravante: acusados de fazer parte do Primeiro Comando da Capital (PCC). Do lado de fora, dez veículos da Polícia Militar e Guarda Municipal bloqueiam o trecho da Rua Santa Cruz ao lado do prédio, usado para entrada e saída dos presidiários, e o trecho frontal, na Boa Morte.

Em meio à mobilização policial, um grupo de mulheres e crianças chama a atenção. Com os olhares voltados para além das grades verdes da praça do Fórum, elas esperam avistar pais, maridos e amigos na saída das audiências a caminho de um dos quatro camburões estacionados no local. Estão ali para matar a saudade e dar força - ainda que à distância - para suportarem a difícil vida na prisão.

A dona de casa Aline de Almeida Brito, de 22 anos, espera ao lado da filha de três anos o momento em que Diego Roberto Pedroso, vulgo "Mercadão", sairá do prédio. Ela é esposa de Pedroso. Apesar das visitas semanais feitas na cadeia onde o marido está, a dona de casa acompanha todas as audiências do lado de fora, na calçada. Faz cinco anos que Pedroso está preso. Neste tempo, foram três audiências. Além da filha que a acompanhava, Aline e Pedroso são pais de mais duas crianças com menos de três anos. Os dois pequenos estavam na creche.

CARTAS
Um barulho ao longe chama a atenção de todos que aguardam na calçada. Alarme falso. As portas de um dos camburões foi aberta, mas ainda nenhum preso saiu. Quando Aline deu à luz a filha mais velha, Pedroso estava livre. Com a garotinha com 20 dias de vida, o pai foi preso. Ela cresceu conhecendo o pai atrás das grades.

Finalmente o portão se abre. Mulheres e crianças se juntam contra a grade, nas pontas dos pés, para ver quem já passou pelo juiz. Pedroso sai com as mãos algemadas, acompanhado de policiais. "Diego, me escreve "tá", te amo, vai com Deus!", grita Aline. "Tchau pai! Vai com Deus! Eu "tô" com saudades!", diz a filha. Antes de entrar no camburão, Pedroso faz um coração no ar com os dedos, manda beijos para a esposa e filha e diz que também as ama e sente saudade.

O carro em que Pedroso será transportado para a cadeia não tem janelas, só aberturas para ventilação. Assim que o veículo começa a sair do Fórum, Aline e a filha correm para a esquina das ruas Boa Morte e Santa Cruz. Do interior do camburão, Pedroso continua gritando que ama a família. A esposa pede cartas e a filha repete o pedido.

Nestas ocasiões, as ruas em torno do Fórum são consideradas áreas de alta periculosidade. Por conta disso, são fechadas ao trânsito. O bloqueio é feito para evitar tentativas de resgate, já que quadrilhas ainda estão soltas. A presença de familiares e amigos é certa quando há audiências no local. A saudade sempre fala mais alto e o desejo de dar força aos detentos justifica horas de espera.

O carro sai em disparada e Aline espera para ver um amigo antes de voltar para casa.

Curiosidade animal



No final da Avenida Lauro Correa da Silva, o vigia de um barracão utiliza gansos como ajuda para guardar a propriedade. Ele garante que é segurança na certa com os grasnidos que as aves fazem.

Hug the World

Ultimamente tenho a impressão que as 24 horas de um dia são pouquíssimo para conseguir abraçar o mundo até amanhã... parece que dez anos são muita coisa e ao mesmo nada para o que realmente quero. O duro é esperar o próximo mês para começar esperar o que vem depois.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Constituição do Brasil tem características librianas

Mais uma daquelas matérias onde se é possível criar e deixar a imaginação livre. Essa achei muito engraçada de redigir. Tinha que fazer a matéria sobre os 20 anos da Constituição de 1988 e enquanto navegava pela internet me deparei com um daqueles sites que dão as características de cada signo. A Constituição foi feita em outubro, dia 6, mês regido pelo signo de Libras e algumas características eram semelhantes das pessoas que nascem nesse período. Acho que ficou bem interessante...

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Apresentado ao País em outubro, documento leva a marca do povo
6 out. 2008

por Alex Contin

Hoje uma libriana faz aniversário. Nascida neste mesmo dia há 20 anos, em 1988, a Constituição Brasileira faz duas décadas em pleno dia de eleição. Para quem acredita no poder dos signos do zodíaco, descrições sobre quem nasce no mês de Libra, dão conta de alguém que precisa de muito, mas muito tempo para ponderar e deliberar quando precisa tomar alguma decisão. A Constituição não é diferente. O processo de elaboração da carta começou em fevereiro de 1987, demorou 20 meses para ficar pronta e contou com a participação de representantes da sociedade civil e dos poderes públicos e privados na elaboração de seu texto.

Segundo o juiz Mário Sérgio Menezes, da 3ª Vara Cível de Limeira, o documento passou a abranger direitos e garantias individuais da população. Após dois anos do fim do regime militar, em 1985, a população brasileira estava ávida por recuperar seus direitos de liberdade de expressão, de ir e vir sem nenhum tipo de censura ou repressão. "Por conta da ditadura, os representantes da sociedade quiseram garantir que nunca mais houvesse meios de reprimir seus direitos. A Constituição veio novamente estabelecer a vontade popular", diz o juiz.

Os librianos também são pessoas judiciosas, razoáveis, humanitárias e diplomáticas. A Constituição de 1988 garantiu os direitos das diferentes raças e credos, além de estabelecer que fossem regulamentadas leis específicas para consumidores, idosos, crianças e adolescentes, entre outros setores da sociedade. Menezes relata que a partir dela surgiram o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Código de Defesa do Consumidor - ambos criados dois anos após a Constituição, em 1990, e o recente Estatuto do Idoso.

AVANÇOS
O professor de Direito Constitucional, Sidney Antonio da Costa, diz que a Constituição Federal foi denominada "Constituição Cidadã". "Ela trouxe vários avanços à cidadania, como, a possibilidade de voto para os analfabetos e para os maiores de 16 anos", cita o professor. Segundo ele, o documento ainda inovou ao prever liberdades públicas, como o "habeas data" que assegura ao cidadão, não só, o conhecimento de informações relativas a ele, que conste de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, como, também a retificação desses dados. "Prescreveu a moralidade como princípio imposto à Administração Pública. Princípio este utilizado como alicerce à vedação do nepotismo", comenta.

"Elevou o racismo a crime inafiançável. Avançou também em outras áreas - meio ambiente e direitos sociais, por exemplo. No entanto, muito há ainda a ser realizado, pois embora decorridos 20 anos não se regulamentou alguns de seus dispositivos, como, o direito de greve dos servidores públicos e o imposto sobre grandes fortunas", explica o professor.

Embora a Constituição Federal tenha promovido vários avanços, ela já sofreu reformas através de 56 emendas constitucionais. "As emendas tornam a Constituição um instrumento político-constitucional extenso e inacabado", reflete Costa.


frases>>>>>
"A Constituição veio novamente estabelecer a vontade popular"
Mário Sérgio Menezes, juiz

"Prescreveu a moralidade como princípio imposto à Administração Pública"
Sidney Antonio da Costa, professor

domingo, 14 de dezembro de 2008

Apreendidas 100 pipas em 15 dias

Essa matéria foi uma delícia de escrever na época, foi uma das que me senti mais livre. Lembro que na época, após apurar todas as informações que constam no texto, fui até meu redator-chefe e perguntei se poderia usar trechos de um livro para enriquecer a matéria. A resposta foi estimulante " faça o que você quiser, depois eu vejo se você viajou demais ou não" (mais ou menos isso). São coisas assim que dão um gás para trabalhar cada vez melhor!

A matéria não deixa de ser atual... as férias voltaram e apesar da estação ser mais de chuva que dias ensolarados e de vento no rosto, as pipas vão voltar para perto dos pássaros.

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Competição pode ser trágica para crianças e adultos
12 jul. 2008

por Alex Contin

Férias e vento a favor, situação perfeita para pipas no céu. Competições e manobras para derrubar as pipas adversárias da arena aérea. Duas pipas se aproximam, as linhas se entrecruzam até que uma, quando partida, derruba o oponente que agora voa sem que ninguém a conduza. Em terra, grupos de crianças correm atrás da pipa em queda até que pare em fios, telhados ou campos abertos. A cena, já relatada no livro e filme "O Caçador de Pipas", de Khaled Rosseini, que se passa em Cabul, cidade do Afeganistão, é comum também em Limeira. Esse tipo de competição, porém, tem efeitos negativos entre o céu e a terra. O vilão é conhecido como cerol e todos os anos a discussão ressurge nas mesmas épocas.

Este ano, a mistura de vidro moído e cola nas linhas usadas para soltura de pipas, já fez algumas vítimas e a simples diversão se torna tragédia. Em Sorocaba uma mulher de 23 anos morreu semana passada [no começo de julho] por conta de uma linha com cerol. Enquanto dirigia sua moto, a ajudante de produção sorocabana passou por debaixo de uma passarela e, mesmo com o capacete, foi atingida no pescoço por uma linha com cerol que estava presa em um alambrado. Ela foi arrancada do veículo com o impacto, teve 80% do pescoço cortado e morte instantânea. Próximo ao local, a Guarda Municipal do município encontrou sete rolos com cerol um dia depois da morte da jovem e prendeu um garoto de 18 anos que estava utilizando o cortante na sua pipa.

Além da sorocabana, outras pessoas se feriram por conta do mesmo material. Em Serrana um motociclista teve o pescoço cortado e quase perdeu um dedo. Em Ribeirão Preto, um bebê de quase dois anos recebeu dez pontos no pescoço por conta do cerol e sua mãe, que o levava em uma bicicleta, teve o braço cortado. E, São José do Rio Preto duas jovens se feriram. E os casos continuam.

LIMEIRA
A proibição já é conhecida pela população, que inclusive denuncia casos na Guarda Municipal de Limeira, mas muitos ainda continuam utilizando o cerol. O secretário interino da Secretaria de Segurança Pública de Limeira, Ademir Aparecido Soares dos Reis, diz que em 15 dias cerca de 100 pipas já foram apreendidas na cidade. Com o período das férias, o Pelotão Escolar e guardas que utilizam as motocicletas do Esquadrão Tático intensificam a fiscalização da brincadeira perigosa. "Nas férias o pelotão escolar tem um foco diferenciado por conta do aumento de incidentes com cerol e pipas, e a soltura das mesmas próximo à rede elétrica", comenta Reis.

Segundo o guarda municipal, a instituição recebe cerca de dez denúncias diárias no telefone gratuito que mantém. "O número 0800-774-4966 deve também ser usado para informar casos de pipas com cerol para ajudar no serviço da guarda", orienta. Ele ainda relata que a ação, apesar de pensar na segurança da população, recebe críticas de pais. Inconformado, Reis diz que alguns pais das crianças que soltam pipas dizem que "a guarda municipal não tem nada o que fazer e ainda ficam estragando a brincadeira das crianças."

Em Limeira, a prática é condenada por lei. Aprovada em 2002, na gestão do ex-prefeito José Carlos Pejon, a lei 3.475 estabelece multa de cerca de
R$ 450 (30 Ufesps) para primeira infração e mil reais (70 Ufesps) para reincidência. De autoria do ex-vereador e médico, Júlio César Pereira dos Santos, a lei foi regulamentada no mesmo ano de sua aprovação. "A lei é acima de tudo educativa, pois tem muitas crianças que se envolvem em casos", diz Santos. Apesar de existir e impor multa à quem utiliza o cerol, segundo o médico a prefeitura não dispõe de profissionais específicos para realizar a fiscalização.



Pais devem fiscalizar brincadeira de filhos

O Sindicato dos Eletricitários de São Paulo (Stieesp) alerta que é preciso que os pais e responsáveis orientem sobre o local adequado para empinar pipas, como espaços abertos e sem rede elétrica por perto, como parques, praias, campos de futebol e áreas mais afastadas dos centros urbanos.

Se enroscadas em postes, transformadores e cabos elétricos, as pipas provocam curto-circuito e acionamento de chaves e disjuntores para proteção de equipamentos instalados na rede elétrica, com a conseqüente queda da energia.

Fator agravante do risco verifica-se quando a linha da pipa contiver cerol. O cortante, em contato com cabos elétricos, pode ocasionar curto-circuito e descarga elétrica, além de possível rompimento do fio, provocando corte de eletricidade. Se o cabo atingir a criança ou qualquer outra pessoa, o acidente pode ter graves conseqüências.

[Vou sentir falta...]

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Em Limeira, uma casa ecologicamente correta

Já que vou começar a colocar minhas matérias aqui no blog, não poderia deixar de colocar a que melhor me representa! A reportagem "Em Limeira, uma casa ecologicamente correta", foi feita para o prêmio do Banco Real e do jornal O Estado de S. Paulo e a responsável por eu ter side selecionado para ser um dos finalistas do prêmio.

Como já comentei em outro post, o prêmio já teve seu grande vencedor, ou melhor, vencedora, nesta segunda-feira, dia 8 de dezembro. Mas o fato de estar entre os 16 melhores é um grande prestígio.

*****

Num terreno simples, uma casa de sete cômodos e 90 metros quadrados pode ser erguida sem agredir a natureza. Com apenas terra, concreto reutilizável, eucalipto, areia, água e um pouco de cimento, uma residência ecologicamente correta surge em poucos meses. Esse é o tema da pesquisa do arquiteto e urbanista Maurício Venâncio, mestrando em Engenharia Ambiental.

Utilizando três materiais - pau-a-pique, taipa e tijolo ecológico - e soluções ecológicas, como ventilação cruzada, retenção da água de chuvas e aquecimento solar, Venâncio finaliza um projeto para realizar uma construção com baixo custo e conceito sustentável e de proteção do meio ambiente. O trabalho está sendo realizado desde agosto de 2007 em Limeira (SP), onde o arquiteto mora.

Venâncio explica que a casa foi idealizada para evitar agressões ao meio ambiente. Só a fundação da construção não dispensa o tradicional concreto - o material, no entanto, é reaproveitado de outras obras. Segundo ele, 90% dos caminhões de concreto têm sobras consideráveis, um desperdício e tanto.

Já a matéria-prima usada nas paredes e na produção dos tijolos é encontrada no próprio terreno: a terra que foi retirada para fazer a base da casa ou para nivelar o solo é o principal item para a produção dos tijolos de solo-cimento. Com uma proporção de 1 parte de cimento para 12 de terra, os tijolos ecológicos são mais resistentes que os tradicionais. "Para cada milheiro de tijolos convencionais, quatro árvores são incineradas. No caso do tijolo ecológico, nenhuma é sacrificada. E o resultado é um material até mais resistente, porque leva cimento na composição."

Os tijolos ecológicos são utilizados para montar a base da casa. Eles formam as colunas que darão sustentação às paredes erguidas utilizando as técnicas de pau-a-pique e taipa. O material usado, mais uma vez, é a terra.

Na técnica de pau-a-pique, o barro é colocado sobre a estrutura feita de bambu e eucalipto. A árvore, de fácil reflorestamento, ainda é aproveitada para fazer a estrutura do telhado e o piso dos quartos. Depois de prontas, as paredes recebem reboco feito de terra, areia, água e cimento.

No caso das taipas, duas tábuas de madeira são colocadas paralelamente na espessura desejada para a parede. Esse vão é enchido de terra, depois compactada. "Essas paredes proporcionam muito conforto térmico. Por serem de terra, absorvem a água que se evapora com um clima quente. A temperatura interior se mantém em 25°C."

O acabamento da casa segue a linha de reaproveitamento. A pintura é feita com tinta produzida também com terra. Pisos, azulejos, portas e janelas são comprados a preços baixos ou saem de lixões. Só precisam de tratamento. As técnicas utilizadas pelo arquiteto não são inovadoras. "As casas do período colonial são de pau-a-pique e taipa e algumas estão em pé até hoje. Essa nova casa é feita por esse sistema antigo, mas terá uma aparência ultramoderna."

Enquanto a maioria das pessoas paga o preço convencional, que gira em torno dos R$ 80 mil, a casa ecológica custa R$ 700 por metro quadrado, ou R$ 60 mil. No pacote estão o conforto térmico, a água quente e uma consciência ambiental tranqüila.

* Alex Contin é aluno do Instituto Superior de Ciências Aplicadas de Limeira

MInhas matérias

Após autorização da chefia (risos), resolvi começar a publicar algumas das matérias que fiz no Jornal de Limeira, aqui no blog. Como no impresso não posso assinar, pelo menos consigo divulgá-las aqui no meu espaço. Estou escolhendo as matérias que achei mais interessante de trabalhar e me identifiquei mais.

No dia-a-dia de uma redação temos que falar de tudo e de todos, mas são algumas matérias em especial que dão a possibilidade de realmente nos envolvermos com o assunto. A que está no post abaixo é uma delas. Apesar de ser pequena, acho que consegui transmitir alguns sentimentos através das palavras.

O Sérgio é um amigo da família e sua família passou um apuro quando ele teve o enfarto. Como ele e sua esposa Neusa estão sempre aqui em casa nos finais de semana, pude acompanhar alguns passos da recuperação e em conversas informais saber como que foi essa experiência não muito agradável e que acabou por mudar sua vida desde então.

Para quem não teve a oportunidade de ler a matéria no jornal impresso, aqui está ela. E outras virão!

Ele sobreviveu!

Após um ataque no coração, vida de Sérgio mudou completamente

por Alex Contin

Era para ser mais um domingo normal na vida de Antônio Sérgio Demo, mais conhecido por Sérgio ou Lemão. Missa, dois aniversários, cigarro e algumas cervejas pelas festas que ia passar. Como de costume levantou às 6h, mas com uma pequena dor no braço esquerdo. Achou estranho, pediu para sua esposa Neusa fazer uma massagem pensando que iria resolver o problema e continuou normalmente seu dia. A dor não o impediu de ir à missa pela manhã e em dois aniversários, um no horário do almoço e outro no período da tarde.

Fumou, bebeu e comeu. Alguns dias antes havia percebido um cansaço que não passava, pensou que era por conta da vida corrida e do emprego estressante. A noite, quando voltou da jornada de festas - acompanhada da dor no braço esquerdo - e se preparava para tomar banho percebeu que algo estava realmente errado. Sem roupas no banheiro sentiu tontura. Colocou rapidamente a roupa e foi em direção da família. "Me levem para o hospital que estou passando mal", pediu Sérgio assustado à sua esposa. Mal fez o pedido e começou a "perder os sentidos". Não conseguia mais controlar os braços e pernas. Caiu no chão. A fala estava amolecida. Mais do que depressa a esposa e filho o colocaram dentro do carro e correram para o hospital do qual são conveniados. A viagem durou cerca de dez minutos, mas que pareceu uma eternidade para ele, que não conseguia se mexer. Sentia ondas de calor, abria a janela do carro e sentia frio. Dor forte no peito, lado esquerdo, no coração. Sérgio e a família moram em um bairro não muito afastado do Centro da cidade e o trânsito naquele dia e horário favoreceu a rapidez.

"Você está tendo um infarto", informou o atendente do assim que percebeu os sintomas e o estado de Sérgio. Ao ouvir o diagnóstico tão rápido, ele se assustou. Foi retirado do carro carregado, da mesma forma como entrou la dentro. De cadeira de rodas chegou na emergênia. Recebeu uma injeção e em 15 minutos estava fora de perigo. "Tudo o que eu queria era me livrar daquela dor", comenta. Assim que todas as dores passaram, o que Sérgio queria era voltar para a casa. Porém, ele iria ter que esperar alguns dias para terminar aquele banho que começou.

O infarto do miocárdio, conhecido popularmente como ataque do coração, é uma doença do principal órgão de nosso corpo causado pela obstrução das coronárias, ou seja, entupimento de alguma das artérias do coração. De acordo com o cardiologista Francisco Pizol Mazer, hoje médico de Sérgio, 30% dos infartados não resistem à primeira hora. "A demora em levar o infartado para o centro emergencial pode levá-lo à óbito", diz. Os principais fatores de risco são a obesidade, hipertensão, tabagismo, diabetes e colesterol alto.

HÁBITOS

Sérgio fumava, comia muita gordura e vivia estressado por conta do emprego. O sobrevivente do infarto ficou ainda três dias na Unidade de Terapia Intensiva, a temida UTI. O período foi de observação. "Estava com três veias entupidas, uma 98%, outra 95% e a terceira 60%", conta. A situação poderia se repetir, por conta disso foi necessário uma angeoplastia, procedimento utilizado para desobstruir a artéria. Além disso ficou mais três dias em um dos apartamentos do hospital. Voltou para a casa quase uma semana após aquele domingo. Ainda ficou afastado por oito meses do serviço e mudou completamente seus hábitos. Essa é a principal orientação dada pelos cardiologistas para quem passou por um infarto. "Se a pessoa que sair vivo do infarto não mudar o estilo de vida, o segundo ataque pode ser fatal", diz Mazer. Sérgio confirma: "Parei de fumar, beber e comer gordura há um ano e quatro meses, desde que tive o infarto. Se soubesse que era tão boa a vida sem cigarro e bebida, teria parado antes", confessa.

Matéria originalmente publicada no Jornal de Limeira em 30 ago. 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

3º Prêmio Real

É... não será desta vez que vou conhecer a Espanha e estudar por lá. Mas nada de lamentações, novos projetos em mente e idéias vindo a mil por hora.

Só para constar. A grande vencedora do prêmio foi uma jovem jornalista chamada Flora Morena. Fico devendo a faculdade e a cidade por que esperava encontrar a matéria sobre a premiação no Estadão de ontem, terça-feira, mas não foi publicado.

Aberje e IABC divulgam pesquisa internacional sobre crise e comunicação

A Aberje e a IABC - International Association of Business Communicators divulgaram na última semana uma pesquisa conjunta sobre crise e comunicação.
O encontro contou com a presença da presidente da entidade internacional, Julie Freeman e da vice-presidente, Lee Anne Snedeker.
A pesquisa foi aplicada com 1442 membros da IABC, sendo 59% dos EUA e 26% do Canadá, durante o período de 29/10 a 12/11 de 2008.
O estudo teve como objetivo saber se os comunicadores estão envolvidos na crise e como isso afeta suas funções.
A maioria dos entrevistados são diretores ou gerentes de corporações.
Questionados sobre o impacto da crise em suas organizações, 24% disseram que não há crise, mas 40% avaliam que o choque é significante, drástico ou considerável.
Consideraram o impacto como moderado 36% dos entrevistados.
Em outro item, 8% têm muito medo de perder seus empregos devido à crise, 34% um pouco e 51% não têm medo algum.
Dentre os que responderam "drástico e considerável" estão aqueles que trabalham em áreas financeiras e os norte-americanos.
Sobre se a crise afeta a motivação e confiança dos funcionários, a resposta de 37% foi que não afeta de maneira nenhuma, enquanto 34% disseram que afeta moderadamente.
Por fim, questionados se suas organizações tinham pedido por um plano de comunicação devido à crise, a maioria respondeu que não (70%).

Font: Jornal da Comunicação Coorporativa

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Correr?

As vezes a gente fica sem chão, quer sair correndo, mas não pra onde. As horas se tornam tortura e a gente ainda tem que aguentar um minuto atrás do outro...

Olha a natureza...


É nessas horas que vêm à cabeça aquela velha frase, até um clichê: "É a natureza mostrando a sua força". Além de Santa Catarina, outra região que convive com água, porém marítima, também está tendo dias mais molhados. Veneza sofre a maior enchente em mais de 20 anos. Nesta segunda-feira a maré alta invadiu a praça de São Marco e o centro histórico da cidade italiana. As águas chegam a uma altura de 1,60 metros, marca inédita desde dezembro de 1979.

Santa Catarina não via uma enchente como a registrada no mês passado desde 1983. Parece que são eventos como estes que alertam a população e chamam a atenção das autoridades para debate acalorados sobre o tema.

Em 1992, no Rio-92, no Rio de Janeiro, representantes dos principais países se comprometeram com políticas econômicas, sociais e ambientais com base no conceito do desenvolvimento sustentável. Elaborou-se na época a Agenda 21.

O evento ocorreu cerca de dez anos após as duas grandes enchentes de Veneza e Santa Catarina. Não que tenha relação direta alhos com bugalhos, mas assim como o brasileiro só sente uma mudança quando mexe no bolso, as autoridades só se dão a devida atenção para o problema do aquecimento global quando tragédias ocorrem. Isso sem colocar na lista o tsunami em 2004.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

E dá-lhe mangá!


Ainda não tive a oportunidade de comprar um gibi da Turma da Mônica Jovem, mas como adoro mangá, com certeza isso não vai demorar. Apesar de sempre gostar da turma na forma de criança, tudo evolue e o mercado desses desenhos japoneses está crescendo cada vez mais aqui no Brasil, vide os eventos de Cosplay que reúnem milhares de fãs e viciados nos personagens de olhos grandes, traços estilizados e cheios de histórias mágicas e envolventes.

O texto a seguir é do site do criador da turminha que fez parte da minha infância. Até hoje tenho algumas fitas com os desenhos gravados aqui em casa, são quase como relíquias. (risos)

"Há tempos eu tinha vontade de criar esse projeto. E muitos leitores pediam para ver a Turma mais “crescidinha”. Depois de estudar e pesquisar muito para unir o estilo mangá com o do nosso estúdio, fiquei bastante feliz com o resultado. Espero que os leitores também fiquem! As histórias serão em preto-e-branco, como nos mangás, cheias de ação, magia, aventura, humor (é claro) e até pitadas de romance. As principais características dos personagens foram mantidas, mas com algumas mudanças absolutamente necessárias para que Turma da Mônica Jovem repita o sucesso da Turminha. É preciso estar atento aos jovens à nossa volta. E observando nossa juventude e mesclando com elementos dos mangás, temos tudo para não apenas agradar os nossos leitores, mas também para conquistar novos. Os leitores vão se surpreender com os novos visuais dos personagens. Além da Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão, aparecem o Franjinha, a Marina e até o Anjinho (espere pra ver como ele ficou). E até um vilão bastante conhecido dará as caras. A idéia, com a Turma da Mônica Jovem, é basicamente ampliar nosso público. E, vale lembrar, as revistas com a Turminha ainda criança continuam saindo todos os meses, pela Panini. Durante um período, vamos sentir a receptividade dos leitores e, com o tempo, pretendemos abordar questões pertinentes à adolescência, como namoros, sexo e até drogas. Mas de uma maneira muito bem estudada. Como se fosse de pai para filho."

Cabeça tranqüila...

Depois de seis meses de monografia e com a cabeça quente por conta do último trabalho para obter o título de bacharel, a expectativa é de que as preocupações vão embora. Muito pelo contrário, é quando estamos livres da faculdade que elas só começam... e isso também tira o sono de qualquer um.

Ao mesmo tempo dessas preocupações, novos planos, novos ares, tudo novo. E vamo que vamo!

Trânsito em música

O início deste post não tem nada a ver com o título dele. Neste domingo, no Fantástico, a Regina Casé no quadro Central da Periferia comentou que uma tecnologia ou outro conceito se torna conhecimento de todos quando vira música. A matéria fala sobre os pagodes e funks que falam sobre MSN e Orkut. No início da matéria, ela cita como primeiro exemplo desse "fenômeno" da tecnologia na música um samba que falava sobre telefone e tudo o mais até chegar nos funks ao entrevistar grupos 'famosos'.

Só para comentar. POis o trânsito não é uma tecnologia, como usou de exemplo Regina, mas serve de tema para música. O caos de hoje em dia nas ruas tanto entre pedestres quanto motoristas - juntando todos é pior ainda -, é tema de mais uma música de Lenine que vou reproduzir um trecho aqui. Após a apresentação do meu trabalho, quando o músico a quem solicitei uma trilha para a abertura usou Lenine, comecei a descobrir esse músico que diz que faz músicas que agrega "manifestações musicais brasileiras e de outros cantos do mundo. Sons que não se encaixam em um único gênero e desconhecem limites" ,como diz em seu site pessoal (www.lenine.com.br).

Essa música também vale a pena ser reproduzida.

Rua da Passagem (Trânsito)

Os curiosos atrapalham o trânsito
Gentileza é fundamental

Não adianta esquentar a cabeça
Não precisa avançar no sinal

Dando seta pra mudar de pista
Ou pra entrar na transversal

Pisca alerta pra encostar na guia
Pára brisa para o temporal

Já buzinou, espere, não insista,
Desencoste o seu do meu metal

Devagar pra contemplar a vista
Menos peso do pé no pedal

Não se deve atropelar um cachorro
Nem qualquer outro animal

Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual

Motoqueiro caminhão pedestre
Carro importado carro nacional

Mas tem que dirigir direito
Para não congestionar o local

Tanto faz você chegar primeiro
O primeiro foi seu ancestral

É melhor você chegar inteiro
Com seu venoso e seu arterial

A cidade é tanto do mendigo
Quanto do policial

Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual

Travesti trabalhador turista
Solitário família casal

Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual

Sem ter medo de andar na rua
Porque a rua é o seu quintal

Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual

Boa noite, tudo bem, bom dia,
Gentileza é fundamental

Pisca alerta pra encostar na guia
Com licença, obrigado, até logo, tiau.

E viva o código de Hamurabi

Li agora há pouco uma notícia um tanto quanto interessante na BBC Brasil. No Irã, um homem foi condenado a ser cegado com ácido por ter feito a mesma coisa com uma mulher após ela ter se negado a casar com ele. Acho que não seria necessária nenhuma explicação do porquê que ela fez tal recusa. Imagine se aceitasse, no primeiro não que disesse ao marido, produtos piores que ácido poderiam ser usados...

Ironia a parte, como ficaria o Brasil se o Código Penal brasileiro desse as mesmas sentenças que o iraniano? É o olho por olho, dente por dente! Seria bem interessante! (risos)

domingo, 30 de novembro de 2008

Relampiano - Lenine

Tá relampiano, cadê neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá relampiano, cadê neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá vendendo drops no sinal...

Todo dia é dia, toda hora é hora
Neném não demora pra se levantar
Mãe lavando roupa, pai já foi embora
E o caçula chora pra se acostumar
Com a vida lá de fora do barraco
Hai que endurecer um coração tão fraco
Para vencer o medo do trovão
Sua vida aponta a contramão

Tá relampiano, cadê neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá relampiano, cadê neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá vendendo drops no sinal...

Tudo é tão normal, todo tal e qual
Neném não tem hora para ir se deitar
Mãe passando roupa do pai de agora
De um outro caçula que ainda vai chegar
É mais uma boca dentro do barraco
Mais um quilo de farinha do mesmo saco
Para alimentar um novo João Ninguém
E a cidade cresce junto com neném

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ego ou arte?

Tive o azar de ouvir essa semana uma definição pífia para o que é dança. Ouvi em alto e bom som que "dança é ego". Esta seria uma nova definição para arte então?

Seria certo definir que a dança "mexe com o ego" da pessoa, ai sim. Toda arte toca no ego de seu artista. Um pintor quer ver as críticas de seu quadro. Quer saber se as técnicas que utilizou na pintura estão aceitáveis, estão bem feitas. Um músico quer saber se sua música está no goto do público. E por ai vai. Isso é ego? é necessidade de reconhecimento, saber o que se quer. Até mesmo aqueles que se dizem despreocupados com a crítica de seu público se alegram, com certeza, ao ler ou ouvir que tal trabalho é o melhor já visto.

A dança pode ser só uma questão de ego se não for bem trabalhada. Ela é uma das sete artes, óbvio. Ouvi em um programa que falava sobre arte e filosofia, da TV Cultura, certa vez que arte é tudo aquilo que incita a sensibilidade. Seja algo que provoque alegria ou tristeza, raiva ou amor. Atuar é uma arte, dançar também, assim como pintar. A dança mexe com a sensibilidade de quem a assiste. Ela, assim como todas as outras formas de arte, tem uma mensagem a passar. Não é simplesmente mostrar o conjunto de passos, um seguido do outro na cadência e ritmo da música. A dança é isso e muito mais. Transmite aos espectadores sentimentos de amor, como nos clássicos ballets de reportório ou causa confusão mental como nas coreografias contemporâneas.

Pensar que dança é ego não é pensar em dança. É vê-la com uma visão errônea, leiga e simplista. Ela mexe com a auto-estima das pessoas que a praticam, mas isso se torna secundário a partir do momento que o conceito de arte é assimilado. Pensar que a dança é a arte em movimento, a interpretação visual da música e a expressão do corpo através de gestos cadenciados, supera o simples pensar que a auto-estima é um dos principais fatores com o qual ela trabalha. É com a sensibilidade que se lida ao dançar. Com o conhecer de si próprio e das possibilidades de tocar alguém com emoção.

Vou me atrever a dizer que quem pratica dança como arte é quem realmente sabe dançar. Isso é visível em um palco ou em qualquer outro local que se dance. Em Limeira mesmo, há diversas academias de dança que agora no final do ano mostram seus espetáculos para as famílias e para o público interessado. Entre os dançarinos e bailarinos na cidade é nítida a diferença entre aqueles que dançam pela arte e aqueles que dançam pelo flash e visibilidade. Proprietários de academia têm essa visão "pop", ou melhor definindo, midiática da dança. Querem aparecer a qualquer custo e acabam banalizando a dança em si. Vamos colocar um aluno no palco a qualquer custo, só para mostrar resultado, mostrar trabalho. Dance! Se mostre! Coloque sua cara a tapa!

Uma apresentação pode ser uma experiência frustrante se não tiver um trabalho até psicológico por detrás. Simplesmente exigir que o aluno suba no palco e dance pode acabar com o conceito de dança e até traumatizá-lo, deixá-lo ainda mais tímido do que já é. Estar no palco é um momento único. É encarnar um personagem, transformar-se. Nas cochias ficam as Amandas, Albinéias e Carols e se transformam nas personagens a que se propuseram interpretar. Sim, dança é interpretação. Já disse isso, é interpretação da música e de personagens.

Apesar de não ser especialista no assunto - o que escrevo aqui são minhas opiniões, baseadas no que ouço, leio e vejo -, acho que o ensino de dança com as crianças, pelo menos em Limeira, é muito baseado na estética, no estrelismo. Há um conceito entre estudiosos na área de dança educação. O ensinar da dança leva em conta fatores que vão além da simples auto-estima e do ego das crianças e adolescentes. A dança desenvolve a coordenação motora, ajuda na desinibição e trabalha sentidos básicos como direita e esquerda, rápido e lento, entre outros. E vou até além. Principalmente as crianças criam um vínculo afetivo com os professores muito grande. É nessa hora que os professores podem aproveitar para ajudar essas crianças além das aulas. Perceber dificuldades motoras ou psicológicas e manter um contato com os pais. Isso tudo vai além dos exercícios de alongamento, aquecimento, na barra, no centro, diagonais e coreografias.

Dança não é ego, é arte, é educação!

Ego ou arte?

Apresentação TCC

Como uma monografia é composta de texto, texto e mais texto... resolvemos apresentar um vídeo para descontrair a leitura de um texto científico. Vou reproduzí-la aqui.

The end...

Finalmente, depois de algumas madrugadas acertando slides, fotos e esquentando a cabeça com o que eu iria falar na apresentação, ela veio, foi rápida e passou. Pra mim foram quatro anos em 30 minutos. Um tempo muito curto!!! Não estava nem na metade do que queria falar e minha orientadora, Milena de Castro, já sinalizava o relógio dizendo que meu tempo estava quase no fim. Isso corta o barato... (risos).

Enfim, várias pessoas acabam perguntando se tirei um peso das costas, se agora durmo tranqüilo, se estou sentindo vazio por dentro, entre outras indagações e questionamentos sobre o fim de "uma das épocas mais gostosas da vida", como muitas pessoas defendem. O que vou mais sentir falta, e já senti, é das discussões com professores. Durante todo esse tempo as conversas em salas sobre os mais diferentes temas ligados ao jornalismo foi o que contribuiu para meu aprendizado. Não tanto a leitura dos textos propostos nas aulas, mas sim a exploração do ponto de vista de cada um sobre o que os diversos autores pelos quais passamos defendiam.

Como já falei em outros posts, meu trabalho de conclusão foi uma monografia. Um trabalho acadêmico que se propõe a defender um tema específico, aprofundar-se nesse tema. Assim como esse produto visa o apronfundamento, meu objeto de estudos tem o mesmo ideal, aprofundar-se nas notícias, são as reportagens. Apesar de me lamentar de não ter feito um produto jornalístico, como um livro, um jornal ou outros disponíveis para concluir o curso, a escrita científica e leitura de livros técnicos para se defender temas e argumentar a favor da hipótese central sempre me atraiu. Como já disse, me fará falta a orientação dos professores sobre como abordar esses temas, idéias de tema e tudo o mais. Sei que dará pra contar com eles a distância, não mais cara a cara, mas começa a partir de agora uma nova fase, a de aprender a me virar sozinho.

Obrigado aos professores e banca examinadora.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ser verdadeiro...

Apresentação do TCC quase chegando, mas o que me trouxe até o blog foi um assunto que me deixa com uma pulga atrás da orelha.

Ser verdadeiro com alguém e confiar nessa pessoa, pra mim, é sinônimo de amizade. Lógico que envolve outros sentimentos, como até amor ao próximo, um amor amigo. Mas nos últimos dias ouvi muito a palavra amigo da boca de quem nunca disse a verdade sobre si mesmo e o pior é que ainda cobra a amizade.

Primeiro que amizade não se cobra. Ou você tem ou não. Uma amizade pode ser conturbada, com altos e baixos, isso mostra que ela é real. Uma amizade somente com sim e elogios de monte é mostra de pura falsidade. Ninguém é perfeito a ponto de agradar a tudo e a todos. Todos temos nossos defeitos e um verdadeiro amigo sabe e PODE apontá-los, justamente por conta da confiança que as pessoas têm umas nas outras.

Acho interessante que nesses últimos dias de faculdade algumas relações acabam se assentuando mais que outras. Dizer que um amigo é fresco(a) e que tem que parar de fazer determinada coisa por que pode pegar mal ou deixar alguém magoado, no meu ponto de vista, é ajudar essa pessoa. Se me incomoda pode incomodar mais alguém. Tudo bem que eu sou chato e invocado, me irrito com detalhes, mas sei distinguir a minha neura de algo que pode irritar mais alguém.

Outro ponto que uma amizade tem é a distância. Até mesmo amizade entre irmãos não foge de um dia ser separada pela distância. Ai reforço quem tem uma amizade verdadeira nunca a perde.

Enquanto nós, não sou só eu que percebi isso, nos abrimos para uns, essas pessoas nem contam dos próprios planos, desilusões e tristezas. São só ouvintes e analisadores do que vêem, não participam com suas críticas e brigas, preferem ficar olhando. E vão ficar olhando o tempo passar...

sábado, 22 de novembro de 2008

Casamento: o grande sonho feminino

Uma noiva, uma casada e uma amante decidiram fazer uma brincadeira:
seduzir seus homens usando uma capa, corpete de couro, mascaras nos olhos e botas de cano alto, para depois dividir a experiência entre elas.

No dia seguinte, a noiva iniciou a conversa:

- Quando meu namorado me viu usando o corpete de couro, botas com 12 cm de salto e máscara sobre os olhos, me olhou intensamente e disse:
Você é a mulher da minha vida, eu te amo'. Fizemos amor apaixonadamente.

A amante contou a sua versão:

- Encontrei meu amante no escritório, com o equipamento completo!
Quando abri a capa, ele não disse nada, me agarrou e fizemos amor a noite toda, na mesa, no chão, de pé, na janela, até no hall do elevador!

Aí a casada contou sua história:

- Mandei as crianças para a casa da minha mãe, dei folga pra empregada, fiz depilação completa, as unhas, escova, passei creme no corpo inteiro, perfume em lugares estratégicos e caprichei: capa preta, corpete de couro, botas com salto de 15 cm , máscara sobre os olhos e um batom vermelho que nunca tinha usado.
Pra incrementar, comprei uma calcinha de lycra preta com um lacinho de cetim no
ponto G. Apaguei todas as luzes da casa e deixei só velas iluminando o ambiente.
Meu marido chegou, me olhou de cima abaixo e disse:
- Fala aí, Batman, cadê a janta?

sexta-feira, 21 de novembro de 2008


TCC finalmente concluído, mas agora vem ai a apresentação. Parece que essa correria não termina nunca, mas sei que já tem data marcada para esse fim.

O gostoso da faculdade é a possibilidade de inovar, não se prender às amarras das normas e fórmulas prontas e dar asas à criatividade e espírito crítico e inovador. Sempre gostei disso, sou contra até o lead, coisas prontas e rotuladas me enxem, prefiro o incomum, o complicado, o misterioso, algo para se desvendar e se descobrir.

Não inovei tanto quanto gostaria, mas fiz o que pude, quando estava ao meu alcance. A última foi a capa da minha monografia. A Associação Brasileira de Normas Técnicas, chatíssima e odiada por alguns ABNT, ajuda muito a deixar um trabalho acadêmico, entre outros, com um padrão e uma clareza na exposição das informação, mas acaba limitando essa criatividade que gosto tanto de exercitar. Ainda bem que tive uma orientadora tão cabeça aberta quanto eu e deu o aval para o novo.

Deu na seguinte imagem, uma capa fora do comum, sem aquele plástico branco na frente e aquelas informações básicas como título e alguns nomes. Isso é o gostoso do poder de inovação. O mercado de trabalho também está aberto à esse sangue novo, mas as rédeas são mais curtas, mas nada que não seja possível modificar... (risos)

Ainda volto a escrever com mais freqüência aqui, esses últimos dias estão sendo corridos demais, mas tudo passa...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Complicado

Meu primeiro dia com 22 anos está sendo complicado! Ontem foi meu aniversário, não que mudar um algarismo na quantidade de primaveras vividas vá mudar algo, mas hoje não está nada fácil, a situação é conseqüência de outros fatores.

É chato enfrentar uma situação que você sabe que poderia ser diferente se alguém tivesse colaborado em determinado momento. Olhar para o próprio umbigo tem sido algo que cada vez mais pessoas fazem. Algumas só sabem reclamar da vida e não vêem como o mau humor afeta quem está do seu lado. Outras só pensam na própria tranqüilidade, no peso que querem descarregar e não percebem as complicações que podem gerar ao negar um simples ato.

É como já ouvi daquelas pessoas que ouviram minha revolta: "isso não é nem amigo e nem reconhecimento" ou "infelizmente algumas pessoas ficam em débito com a gente de tão egoístas que são". Realmente, a palavra é infelizmente.

Seguindo nas complicações, sexta-feira parece ser dia das reuniões. Ninguém atende telefonema algum por estar em reunião, as vezes desconfio se é verdade. Conversando com algumas pessoas ontem em casa comentamos que a maioria das vezes esses encontros nunca existem, é a resposta mais fácil que se tem a dar para alguém. "Ele não pode atender, está em reunião", se ganhássemos R$ 0,10 cada vez que ouvíssemos isso, aaaaaa minha conta bancária estaria salva.

E por fim, na mesma linha de comunicação telefônica, celular existe para quê? Faz horas, literalmente, que estou tentando ligar para algumas pessoas e parece que, ou o celular resolveu brincar de pique-esconde, ou sei lá o que!

Sexta-feira mau carater!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A arte de ganhar dinheiro

Besteira do início ao fim. Essa foi a constatação que mais ouvi sobre a apresentação do Rafinha Bastos neste sábado. Com o nome "A Arte do Insulto", o apresentador do programa Custe o Que Custar (CQC) mostrou que, como a maioria, saber falar "Filho da Puta", "Vai tomar no Cu", "Pau" e outros palavrões.

As quase 650 cadeiras do teatro Vitória estavam lotadas. O ingresso era R$ 20 meia e o dobro entrada normal. Apesar de ter dado risada, não ao ponto de sair com o abdómen malhado, eu não pagaria a meia entrada para vê-lo. Só com um banco e o microfone no palco, sua apresentação durou cerca de uma hora e vinte, no máximo.

Em texto de autoria própria (segundo ele), fala sobre rondonianos, seu pai, sua mãe, amantes do Discovery Channel e de seu pênis. Algumas interpretações e frases que dizia eram realmente hilárias, mas achei fraco na hora de apresentar as idéias de forma clara e na transição de um assunto para o outro.

Um amigo comentou que achava que ele deveria ser ótimo, que em sua participação em uma outra peça é excelente. Realmente, ele com outros atores deve ser muito bom, mas sozinho, na minha opinião, deixou a desejar um pouco...

She's back!

É, agora não mais como negar, Britney Spears está de volta e voltou com tudo. Para quem acompanhava a época de Oops I did it again; Boys; Outrageous e outros singles que logo subiam nas paradas pode matar as saudades dela mais uma vez entre as dez mais tocadas, pelo menos na Jovem Pan. Informações dão conta que lá fora ela também está com tudo.

E como o povo brasileiro esbanja criatividade e bom humor, ela já foi parodiada em nossa terra das novelas globais. Estava esses dias assistindo aos clipes da cantora americana no youtube e me deparei com o vídeo que coloco abaixo. Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito bom. confesso que meu abdómen doeu de tanto rir! Eu gostei... quem tiver um tempinho assista, achei muito engraçado!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

R$ 2,764 BI !!!!

Finalmente alguém reconheceu o que as empresas insistiam em negar: o efeito negativo das propagandas de bebidas! Há um no se discutia as restrições das propagandas de bebidas alcoólicas. Nessa época muitas empresas do ramo, em especial cervejarias, vieram a público através de suas próprias propagandas para defenderem seu pão. Disseram que a propaganda não induz o consumo e toda aquela conversa para animal bovino dormir.

No Estadão de hoje uma boa notícia. O Ministério Público Federal em São José dos Campos protocolou ontem uma ação civil pública contra as três principais cervejarias do Brasil. O procurador Fernando Lacerda Dias exige que as três paguem o valor do título desse post, que serão revertidos para fundação que trata de alcoólicos, à União e ao INSS.

Segundo o repórter Rodrigo Brancatelli, autor da matéria, o promotor teve como base para essa ação uma pesquisa de um ano. Foram feitos levantamentos dos gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) e do INSS com despesas que envolvem acidentados, vítimas ou causados, alcólatras, além de pagamentos de benefícios previdenciários por contas desses tipo de acidentes.

Até que enfim alguém trouxe um dado concreto. Na matéria o promotor defende: "Há uma pesquisa bancada pela Organização Mundial da Saúde que mostra que a publicidade induz um aumento de 11% no consumo global de bebidas alcoólicas, até mesmo acarretando a iniciação precoce ao consumo."

Defensores das empresas, como o presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), claro, não querem perder os investimentos valiosíssimos do setor. Procurado pela reportagem do jornal, Dalton Pastores, o tal presidente disse: " O que se espera de uma empresa: que trabalhe para vender menos? Que faça ações de marketing para perder dinheiro?" UM ABSURDO! É por conta de pensamentos como esse, extremamente capitalistas, que só pensam no lucro exorbitante das empresas e o povo que se vire na hora de se cuidar é que o Brasil está onde está.

O comentário do presidente dessa associação se deve ao fato de na ação do promotor ainda constar a exigência de investimentos em propaganda com programas de prevenção e tratamento de dependentes. O Estadão ainda traz uma discussão nas páginas seguintes sobre o caso. COmo manda o bom jornalismo, ouvir os dois lados é sempre essencial. Na página C3 (a matéria é do caderno Cidades) uma psicóloga da Unifesp defende a ação. Na C4, porpém, publicitários dizem que consumidor não é bobo.

Cada um vai querer defender seu peixe. É provável que a Justiça não acate a ação e esse valor não saia do papel, mas que foi um bom começo foi. Sei que é difícil um elogio chegar até uma autoridade como esse promotor, mas é de pessoas como ele que precisamos. Alguém que olhe pelo povo, além dos lucros. Estou torcendo para que essa seja uma das primeiras multas acatadas pela justiça, que venham mais. Afinal, é como se vender um droga para crianças. Será que o consumidor tem mesmo um nível de maturidade grande o suficiente para não ser influenciado pelas propagandas? Meio complicado isso...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sonho de infância...

Quando converso com minha mãe e algumas pessoas da idade dela, cerca de 50 anos, a geração dos nossos pais, é possível observar que muitos cresceram com sonhos de criança sem se tornarem realidade. MInha mãe, tia e amigos da família sempre contam das dificuldades da época de quando eram crianças.

Em casa não falta Toddy. O motivo não é por que eu e minha irmã gostamos, mas sim por que minha mãe passava vontade quando era criança. Ela sempre conta que quando era pequena, o achocolatado era artigo de luxo, difícil de comprar. Doces também seguem a mesma linha. Quando eu e minha irmã comentamos que gostamos de algum tipo de doce ou comida, minha mãe faz alguns sacrifícios apra fazê-los. Adoro barrinahs de cereal, pelo menos uma vez por mês quando chego do serviço, ou da faculdade as quintas, a mesa da cozinha está repleta de caixinhas que ela comprou no R$ 1,99. O mesmo com macarrão áleo e óleo com brócolis. Depois que disse que adorava ela não para de fazer. Assim segue até enjoarmos e falar que não queremos mais.

Ela faz de sua vida diária um sacrifício pela nossa.

Hoje, depois de sair do Jornal fomos até o supermercado e ao shopping para ela ver alguns enfeites de Natal. No caminho foi comentando que quando era criança pegava galhos secos na rua, enfeitava e mostava sua árvore de Natal. "ficava uma bosta!" concluiu ela depois de contar a história. Quando viu as árvores grandes que estavam a venda na loja que entramos falouq eu sempre sonhou em ter uma delas enfeitando a nossa sala. Quando perguntei por que não comprava disse que era muito caro.

Pois acho que consigo realizar esse sonho... espero. Já está tudo esquematizado. O resultado falo depois.

Mais um blog por ai...

Mais um blogueiro para a web. Para a glória de quem gosta de ler a opinião alhei e para o desepero dos estudiosos que alertam para a falta de checagem e veracidade desses sites pessoais macabros... óoooooooooooooooo hehe

Um grande amigo fez um blog há algum tempo, mas fiquei sabendo da existência dele só hoje, depois de um comentário em um dos meus posts. Ronald Gonçalves é o autor do http://pensandoeabusando.blogspot.com/. Um espaço só dele para divulgar suas opiniões, sonhos e desabafos.

Em 2009, enquanto eu estou indo atrás do meu MTB, ele estará começando a ralar nas carteiras do Isca, no curso de Jornalismo. Não é de hoje que esse sonho está na cabeça dele. Em algumas conversas, há algum tempo já também, ele comentou comigo que tinha esse sonho. Como é uma pessoa muito especial e que estimo tanto fiz o que estava ao meu alcance para estimulá-lo na idéia.

Ronald trabalha na Secretaria de Cultura de Limeira, é superenvolvido com o trabalho, tanto que já ouvi reclamações que não tem tempo nem para o namoro... Isso é duro. O meio cultural em Limeira parece morto, mas o pessoal dessa secretaria trabalha muito. O problema é a falta de divulgação, isso sim. Mas aí são outros quinhentos.

O Ronald é uma pessoa esforçada e com sede de aprendizado. Isso eu posso atestar. Por trabalhar como um assessor da secretaria (não sei seu cargo correto), ele faz questão de se arriscar na comunicação institucional ao redigir os releases que são distribuídos para toda a imprensa. E até para todo o orkut! Minha caixa de mensagens no site de relacionamento vive cheia de releases dele... ¬¬.

Enquanto muitos entram na faculdade e se preocupam em aprimorar o texto só nos exercícios passados pelos professores (e alguns nem assim conseguem...) ele teve a determinação de procurar se aprimorar no que faz antes mesmo de se inscrever no curso. Muito louvável isso não é? Acho o mãximo.

Ronal, sucesso com o blog e com a faculdade. Você sabe que torço muito por vc!

\o/

vamos ser coleguinhas de profissão! huahuahua

Mais uma...

BOM DE TRUCO

Ronaldo o fenômeno, é bom de truco:

Diz que tem Espada,
Esconde o Ouro,
Descarta a Dama,
E aparece com 3 de Paus...

Piada

Do futebol só gostos das piadas. (Já disse em outro comentário que odeio o "esporte")

Então, vamos rir. Essa piada recebi de uma amiga e achei louvável de publicação no blog.

***

No sanatório um corinthiano sádico, um são paulino masoquista, um palmeirense assassino, um flamenguista necrófilo, um santista zoófilo e um botafoguense piromaníaco estão sentados num banco de jardim dentro de um sanatório, sem saber como ocupar o tempo.

Diz o santista zoófilo:

- E aí, vamos transar com um gato?

Então diz o corinthiano sádico:

- Vamos transar com um gato e depois torturá-lo!

E diz o palmeirense assassino:

- Vamos transar com um gato, torturá-lo e depois matá-lo!

Diz o flamenguista necrófilo:

- Vamos transar com um gato, torturá-lo, matá-lo e depois transamos com ele outra vez!

E diz o botafoguense piromaníaco:

- Vamos transar com um gato, torturá-lo, matá-lo, transar com ele outra vez e atear-lhe fogo! Segue-se um silêncio, todos olham para o são paulino masoquista e perguntam:

- E aí?

Este então responde meigamente...

- Miau!

Eloá e minhas aluninhas

Amanhã será publicado no Jornal de Limeira uma matéria sobre o caso Eloá. O texto que redigi reúne opiniões de dois psicólogos Solange Dantas e Herivelto Zucaratto sobre o caso.

Não adianta nem mais discutir a atuação da mídia nesse espetáculo todo. Está se assemelhando à crianças de oito anos (dessas eu entendo), pode-se falar mil vezes para não ficar na ponta dos pés que elas vão insistir em fazer isso. A concorrência entre as emissoras está sufocando a ética tendo em vista só a audiência.

Num vô fala, num vô fala, num vô fala. Tá bom, vô fala. Confesso que não assisti a Sonia Abraão conversando com Lidemberg (não se pode aportuguesar nomes de fontes! Alguns veículos escreveram LidembergUE, NÃO PODE! hauahuahu) ao vivo. Mas estava no cabelereiro na quinta-feira passada quando ela conversava com dois especialistas, não lembro de quais áreas, sobre o caso. Ela alternava imagens do seqüestro de Santo André e do confronto entre as polícias em frente ao Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Lembro-me vagamente da opinião dos especialistas até por que o que mais me chamou a atenção foi o programa ter aproveitado da audiência para fazer comercial de um aparelho de ginástica! ¬¬ sem comentários!

Pois bem, volto ao propósito do post. A matéria será veiculada na página do Proibido para Maiores, destinado aos jovens leitores do Jornal. Ela merece um comentário por que um dos profissionais entrevistados disse lamentar o ocorrido e que todos na cena eram vítimas. Herivelto, me dou a permissão de tratá-lo pelo primeiro nome, fez um levantamento interessante e digno de uma discussão muito mais aprofundada. Tivemos uma parecida com a socióloga e professora Eliana De Gaspari.

Todos acabam sendo vítimas do sistema. Lidemberg estava louco naquele momento por que sua formação, a estrutura familiar na qual ele cresceu levou-o a tal ponto. Daí retrucam: isso não justifica o que ele fez. Ok. Nada pode mesmo justificar um ato desse? A mãe de Eloá perdoou o assassino. Por quê? Ela pode ser cristã. Claro, todos devemos perdoar, não nos cabe julgar ninguém. Conceitos católicos.

Mas aí segue a discussão do psicólogo. Uma família mal estruturada, que não deu as condições dignas de crescimento e desenvolvimento para esse jovem pode ser uma das culpadas pelo crime. Na minha opinião há uma história grande por detrás desse seqüestro. Uma sucessão de fatos que levaram até essa tragédia.

Em entrevista, Herivelto ainda comentou que não deve ter sido a primeira vez que o jovem agiu dessa forma com Eloá. Não deve ter sido meeeeeeeesmo. E me disse algo com que resolvi concluir a matéria: "Muitas pessoas pensam que vão conseguir mudar os parceiros, mas acabam entrando numa silada criando essa ilusão". É verdade. Você pode banhar o latão, mas o tempo revela a matéria de que a "jóia" é feita!

Juventude perdida

Acho que ainda não coloquei nesse blog que, além de estudante de jornalismo e estagiário na área, também dou aulas como professor concursado na Prefeitura. Tenho seis turmas de ballet e três de jazz. Não pude escolher os estilos de dança que daria aula (se pudesse mesmo seria sapateado e jazz), e ter que dar aulas de ballet se tornaram um desafio bem grande. Como fui convocado no meio do ano, tive quatro meses para trabalhar com as crianças de sete a 10 anos. as aulas acabam no próximo mês. Está sendo interessante.

Mas no que essa conversa se encaixa? Posso parecer pretencioso e pessimista ao dizer isso, mas entre minhas alunas já vejo algumas meninas que serão mães com 14 anos, se não terão um namorado parecido com Lidemberg. Por ser uma escola pública e as aulas destinadas especialmente à crianças carentes, minhas aluninhas acabam sendo de classes média e baixa. Algumas vêm com o uniforme todo sujo, mas não deixam de sorrir na aula (que lindo... ahuahua mas é tocante mesmo).

Entre essas quase 120 aluninhas, cinco se enquadram nessa "previsão" que fiz. Essas cinco estão contagiando o resto.

O curso de ballet é destinado à crianças de sete a 10 anos, como já disse. Nas turmas de sábado, que têm uma hora e meia de aula, as vezes acabo colocando músicas para elas se divertirem enquanto corrijo cadernos ou nos minutos finais da aula. Não coloco músicas de ballet, e sim as que uso nas aulas de jazz. Entre os nomes dos intérpretes Pussycat dolls. São músicas consideradas adultas, por terem letras e uma batida mais sensual. Mesmo sem saber do que falam, essas aluninhas ficam de frente para o espelho dançando como se fossem bailarinas do próprio grupo.

Dariam um show de sensualidade nas minhas alunas mais velhas do jazz. Isso é, ao meu ver, gravíssimo! Elas ficam se olhando no espelho e rebolando, fazendo caras e bocas. Sem brincadeira nenhuma. A situação me surpreendeu! Certa vez tive a curiosidade em perguntar onde elas haviam aprendido a dançar naquela forma. A resposta não me surpreendeu tanto quando vê-las dançar: "Na novela".

Uma delas ainda me confessou: "Não danço assim na frente da minha mãe. Ela não gosta." Essas e outras disseram que já têm namorados na escola. Ressalto a informação: elas não tem nem 10 anos completos! Esse tipo de música está fora das minhas aulas e vou conversar com as mães. Só por curiosidade relato o resultado dessas conversas aqui.

Birthday

Apesar de estar quebrado e moído, acho que vale a pena dois comentários.

O primeiro é, além de um pedido de desculpas pelo atraso, uma felicitação. Neste mês de outubro uma grande amiga fez aniversário: Rita Garcia Mamute. Dia 17 Rita fez 25 anos. Cada um tem sua batalha pessoal, se julgada por humanos nunca terão o mesmo valor da pessoa que está ali diariamente sentindo quais são os degraus que tem que subir e os fantasmas que enfrentar. Dizer sobre a batalha dos outros é fácil, difícil é se dispor para ajudar nesses desafios rotineiros.

A Rita é uma das pessoas a quem não meço esforços para ajudar o quanto posso. Pode haver farpas e atritos, mas se não for assim não é real. As palavras não são só minhas e sei que ela sabe isso. Mais alguém , muito especial, assina em baixo desse sentimento de amizade e amor que sentimos por ela. Parabéns e para pessoas como a ela não desejo sorte, vou além, desejo SUCESSO!!!!!

Beijo e abraço já dei dia 18, só faltou o cartão e algumas palavras mais pensada... ^^
Aqui estão!

Assim como ela comentou e a frase me serve também, afinal meu dia também está chegando, há uma citação de Oscar Wilde que encontrei no livro O retrato de Dorian Gray que nos faz refletir especialmente no dia que nos damos conta de que estamos um ano mais velhos:

"A tragédia da velhice não é envelhecer, é como conservar-se jovem"
Oscar Wilde