segunda-feira, 18 de junho de 2012

Catalogada uma nova espécie: os folgados



No reino animal existe uma espécie de mamífero muito curiosa: os folgados. Eles geralmente fazem parte da espécie humana e se proliferam de forma muito rápida, especialmente quando estão na universidade e em época de avaliações de cursos. São de ambos os sexos, apesar que neste ambiente sempre haver seres de sexo praticamente indefinido que confundem a percepção dos observadores ao misturar estrutura física de um sexo e voz e trejeitos de outro. Além disso, as idades destes seres também variam, porém a origem é sempre a mesma: “cultural”.

Estes seres tão curiosos estão acostumados desde a primeira amamentação a receberem tudo pronto em suas bocas. Enquanto outros humanos logo se desgarraram do peito materno e procuraram com suas próprias mãos seus próximos alimentos, os folgados continuaram a depender do conforto e comodidade maternos para receberem todos os alimentos bem mastigados e triturados com o tempero único que só a figura da mãe sabe fazer depois de horas de birra do folgado em idade infantil. 

Essa característica marcante não muda com o passar dos anos. Acostumados com os mimos dos pais, os folgados continuam sua vida até chegar à Universidade e sempre encontram lá figuras que projetam a imagem e boa vontade de seus pais. Ao escolherem suas vítimas, os folgados e folgadas, os importunam em horas estratégicas e esperam receber o que precisam de forma totalmente mastigada e de fácil digestão. Porém, não procuram mais alimentos, mas sim cadernos com boas anotações, exercícios resolvidos, colas e resumo de fórmulas para as provas e grupos de estudantes que coloquem seu nome nos trabalhos acadêmicos sem que eles tenham se dedicado como era necessário.

Geralmente os folgados são confundidos com estudantes. Devem receber, no máximo, a denominação aluno, nome genérico dado a todos aqueles que são matriculados em qualquer tipo de curso. Estudantes, por outro lado, realmente estudam, anotam alunas, prestam atenção nas explicações, resolvem exercícios em dia e fazem os trabalhos acadêmicos e avaliações com a intenção de verificar o quanto conseguiram aprender durante as aulas.

Mais uma vez no lado oposto, folgados não avaliam seus conhecimentos. O único e principal objetivo desta espécie é obter notas para serem aprovados com, pelo menos, a nota mínima naquele semestre. É característico desses alunos a pergunta ao professor: “Você vai explicar, mas cai na prova?” ou “Temos que ler, mas cai na prova?”. O desejo pelo conhecimento e o pleno entendimento dos elementos que compõe o assunto discutido não é o objetivo na formação acadêmica destes folgados. Os textos são lidos apenas em busca de pontos chaves e palavras importantes para serem decoradas e usadas na hora da prova.

Há estudantes e folgados que convivem em harmonia. Pode haver estudantes que perdem aulas e pedem cadernos emprestados para manterem o caderno em dia e se manterem informados sobre o andar da disciplina; mas nunca haverá um folgado que perdeu a aula e se preocupa com o conteúdo, apenas com o que será cobrado nas avaliações. Podem haver compreensão entre estudantes e folgados. Também pode haver submissão por parte daqueles estudantes que perdem dias de estudos particulares para aguentar um folgado tirando dúvidas ridículas sobre temas básicos que era pressuposto que todos soubessem. E por fim, pode haver intolerância entre essas duas espécies, afinal, ninguém é obrigado a fazer anotações sobre as aulas no caderno e nas épocas próximas à prova dá-las de graça aqueles que sequer se lembram da última matéria dada no curso.

terça-feira, 12 de junho de 2012

EXCITANTE

Acho que não existe outra palavra para descrever o que é estudar Marx: excitante!

Uma brincadeirinha para descontrair e movimentar o blog.