quarta-feira, 29 de outubro de 2008

R$ 2,764 BI !!!!

Finalmente alguém reconheceu o que as empresas insistiam em negar: o efeito negativo das propagandas de bebidas! Há um no se discutia as restrições das propagandas de bebidas alcoólicas. Nessa época muitas empresas do ramo, em especial cervejarias, vieram a público através de suas próprias propagandas para defenderem seu pão. Disseram que a propaganda não induz o consumo e toda aquela conversa para animal bovino dormir.

No Estadão de hoje uma boa notícia. O Ministério Público Federal em São José dos Campos protocolou ontem uma ação civil pública contra as três principais cervejarias do Brasil. O procurador Fernando Lacerda Dias exige que as três paguem o valor do título desse post, que serão revertidos para fundação que trata de alcoólicos, à União e ao INSS.

Segundo o repórter Rodrigo Brancatelli, autor da matéria, o promotor teve como base para essa ação uma pesquisa de um ano. Foram feitos levantamentos dos gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) e do INSS com despesas que envolvem acidentados, vítimas ou causados, alcólatras, além de pagamentos de benefícios previdenciários por contas desses tipo de acidentes.

Até que enfim alguém trouxe um dado concreto. Na matéria o promotor defende: "Há uma pesquisa bancada pela Organização Mundial da Saúde que mostra que a publicidade induz um aumento de 11% no consumo global de bebidas alcoólicas, até mesmo acarretando a iniciação precoce ao consumo."

Defensores das empresas, como o presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), claro, não querem perder os investimentos valiosíssimos do setor. Procurado pela reportagem do jornal, Dalton Pastores, o tal presidente disse: " O que se espera de uma empresa: que trabalhe para vender menos? Que faça ações de marketing para perder dinheiro?" UM ABSURDO! É por conta de pensamentos como esse, extremamente capitalistas, que só pensam no lucro exorbitante das empresas e o povo que se vire na hora de se cuidar é que o Brasil está onde está.

O comentário do presidente dessa associação se deve ao fato de na ação do promotor ainda constar a exigência de investimentos em propaganda com programas de prevenção e tratamento de dependentes. O Estadão ainda traz uma discussão nas páginas seguintes sobre o caso. COmo manda o bom jornalismo, ouvir os dois lados é sempre essencial. Na página C3 (a matéria é do caderno Cidades) uma psicóloga da Unifesp defende a ação. Na C4, porpém, publicitários dizem que consumidor não é bobo.

Cada um vai querer defender seu peixe. É provável que a Justiça não acate a ação e esse valor não saia do papel, mas que foi um bom começo foi. Sei que é difícil um elogio chegar até uma autoridade como esse promotor, mas é de pessoas como ele que precisamos. Alguém que olhe pelo povo, além dos lucros. Estou torcendo para que essa seja uma das primeiras multas acatadas pela justiça, que venham mais. Afinal, é como se vender um droga para crianças. Será que o consumidor tem mesmo um nível de maturidade grande o suficiente para não ser influenciado pelas propagandas? Meio complicado isso...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sonho de infância...

Quando converso com minha mãe e algumas pessoas da idade dela, cerca de 50 anos, a geração dos nossos pais, é possível observar que muitos cresceram com sonhos de criança sem se tornarem realidade. MInha mãe, tia e amigos da família sempre contam das dificuldades da época de quando eram crianças.

Em casa não falta Toddy. O motivo não é por que eu e minha irmã gostamos, mas sim por que minha mãe passava vontade quando era criança. Ela sempre conta que quando era pequena, o achocolatado era artigo de luxo, difícil de comprar. Doces também seguem a mesma linha. Quando eu e minha irmã comentamos que gostamos de algum tipo de doce ou comida, minha mãe faz alguns sacrifícios apra fazê-los. Adoro barrinahs de cereal, pelo menos uma vez por mês quando chego do serviço, ou da faculdade as quintas, a mesa da cozinha está repleta de caixinhas que ela comprou no R$ 1,99. O mesmo com macarrão áleo e óleo com brócolis. Depois que disse que adorava ela não para de fazer. Assim segue até enjoarmos e falar que não queremos mais.

Ela faz de sua vida diária um sacrifício pela nossa.

Hoje, depois de sair do Jornal fomos até o supermercado e ao shopping para ela ver alguns enfeites de Natal. No caminho foi comentando que quando era criança pegava galhos secos na rua, enfeitava e mostava sua árvore de Natal. "ficava uma bosta!" concluiu ela depois de contar a história. Quando viu as árvores grandes que estavam a venda na loja que entramos falouq eu sempre sonhou em ter uma delas enfeitando a nossa sala. Quando perguntei por que não comprava disse que era muito caro.

Pois acho que consigo realizar esse sonho... espero. Já está tudo esquematizado. O resultado falo depois.

Mais um blog por ai...

Mais um blogueiro para a web. Para a glória de quem gosta de ler a opinião alhei e para o desepero dos estudiosos que alertam para a falta de checagem e veracidade desses sites pessoais macabros... óoooooooooooooooo hehe

Um grande amigo fez um blog há algum tempo, mas fiquei sabendo da existência dele só hoje, depois de um comentário em um dos meus posts. Ronald Gonçalves é o autor do http://pensandoeabusando.blogspot.com/. Um espaço só dele para divulgar suas opiniões, sonhos e desabafos.

Em 2009, enquanto eu estou indo atrás do meu MTB, ele estará começando a ralar nas carteiras do Isca, no curso de Jornalismo. Não é de hoje que esse sonho está na cabeça dele. Em algumas conversas, há algum tempo já também, ele comentou comigo que tinha esse sonho. Como é uma pessoa muito especial e que estimo tanto fiz o que estava ao meu alcance para estimulá-lo na idéia.

Ronald trabalha na Secretaria de Cultura de Limeira, é superenvolvido com o trabalho, tanto que já ouvi reclamações que não tem tempo nem para o namoro... Isso é duro. O meio cultural em Limeira parece morto, mas o pessoal dessa secretaria trabalha muito. O problema é a falta de divulgação, isso sim. Mas aí são outros quinhentos.

O Ronald é uma pessoa esforçada e com sede de aprendizado. Isso eu posso atestar. Por trabalhar como um assessor da secretaria (não sei seu cargo correto), ele faz questão de se arriscar na comunicação institucional ao redigir os releases que são distribuídos para toda a imprensa. E até para todo o orkut! Minha caixa de mensagens no site de relacionamento vive cheia de releases dele... ¬¬.

Enquanto muitos entram na faculdade e se preocupam em aprimorar o texto só nos exercícios passados pelos professores (e alguns nem assim conseguem...) ele teve a determinação de procurar se aprimorar no que faz antes mesmo de se inscrever no curso. Muito louvável isso não é? Acho o mãximo.

Ronal, sucesso com o blog e com a faculdade. Você sabe que torço muito por vc!

\o/

vamos ser coleguinhas de profissão! huahuahua

Mais uma...

BOM DE TRUCO

Ronaldo o fenômeno, é bom de truco:

Diz que tem Espada,
Esconde o Ouro,
Descarta a Dama,
E aparece com 3 de Paus...

Piada

Do futebol só gostos das piadas. (Já disse em outro comentário que odeio o "esporte")

Então, vamos rir. Essa piada recebi de uma amiga e achei louvável de publicação no blog.

***

No sanatório um corinthiano sádico, um são paulino masoquista, um palmeirense assassino, um flamenguista necrófilo, um santista zoófilo e um botafoguense piromaníaco estão sentados num banco de jardim dentro de um sanatório, sem saber como ocupar o tempo.

Diz o santista zoófilo:

- E aí, vamos transar com um gato?

Então diz o corinthiano sádico:

- Vamos transar com um gato e depois torturá-lo!

E diz o palmeirense assassino:

- Vamos transar com um gato, torturá-lo e depois matá-lo!

Diz o flamenguista necrófilo:

- Vamos transar com um gato, torturá-lo, matá-lo e depois transamos com ele outra vez!

E diz o botafoguense piromaníaco:

- Vamos transar com um gato, torturá-lo, matá-lo, transar com ele outra vez e atear-lhe fogo! Segue-se um silêncio, todos olham para o são paulino masoquista e perguntam:

- E aí?

Este então responde meigamente...

- Miau!

Eloá e minhas aluninhas

Amanhã será publicado no Jornal de Limeira uma matéria sobre o caso Eloá. O texto que redigi reúne opiniões de dois psicólogos Solange Dantas e Herivelto Zucaratto sobre o caso.

Não adianta nem mais discutir a atuação da mídia nesse espetáculo todo. Está se assemelhando à crianças de oito anos (dessas eu entendo), pode-se falar mil vezes para não ficar na ponta dos pés que elas vão insistir em fazer isso. A concorrência entre as emissoras está sufocando a ética tendo em vista só a audiência.

Num vô fala, num vô fala, num vô fala. Tá bom, vô fala. Confesso que não assisti a Sonia Abraão conversando com Lidemberg (não se pode aportuguesar nomes de fontes! Alguns veículos escreveram LidembergUE, NÃO PODE! hauahuahu) ao vivo. Mas estava no cabelereiro na quinta-feira passada quando ela conversava com dois especialistas, não lembro de quais áreas, sobre o caso. Ela alternava imagens do seqüestro de Santo André e do confronto entre as polícias em frente ao Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Lembro-me vagamente da opinião dos especialistas até por que o que mais me chamou a atenção foi o programa ter aproveitado da audiência para fazer comercial de um aparelho de ginástica! ¬¬ sem comentários!

Pois bem, volto ao propósito do post. A matéria será veiculada na página do Proibido para Maiores, destinado aos jovens leitores do Jornal. Ela merece um comentário por que um dos profissionais entrevistados disse lamentar o ocorrido e que todos na cena eram vítimas. Herivelto, me dou a permissão de tratá-lo pelo primeiro nome, fez um levantamento interessante e digno de uma discussão muito mais aprofundada. Tivemos uma parecida com a socióloga e professora Eliana De Gaspari.

Todos acabam sendo vítimas do sistema. Lidemberg estava louco naquele momento por que sua formação, a estrutura familiar na qual ele cresceu levou-o a tal ponto. Daí retrucam: isso não justifica o que ele fez. Ok. Nada pode mesmo justificar um ato desse? A mãe de Eloá perdoou o assassino. Por quê? Ela pode ser cristã. Claro, todos devemos perdoar, não nos cabe julgar ninguém. Conceitos católicos.

Mas aí segue a discussão do psicólogo. Uma família mal estruturada, que não deu as condições dignas de crescimento e desenvolvimento para esse jovem pode ser uma das culpadas pelo crime. Na minha opinião há uma história grande por detrás desse seqüestro. Uma sucessão de fatos que levaram até essa tragédia.

Em entrevista, Herivelto ainda comentou que não deve ter sido a primeira vez que o jovem agiu dessa forma com Eloá. Não deve ter sido meeeeeeeesmo. E me disse algo com que resolvi concluir a matéria: "Muitas pessoas pensam que vão conseguir mudar os parceiros, mas acabam entrando numa silada criando essa ilusão". É verdade. Você pode banhar o latão, mas o tempo revela a matéria de que a "jóia" é feita!

Juventude perdida

Acho que ainda não coloquei nesse blog que, além de estudante de jornalismo e estagiário na área, também dou aulas como professor concursado na Prefeitura. Tenho seis turmas de ballet e três de jazz. Não pude escolher os estilos de dança que daria aula (se pudesse mesmo seria sapateado e jazz), e ter que dar aulas de ballet se tornaram um desafio bem grande. Como fui convocado no meio do ano, tive quatro meses para trabalhar com as crianças de sete a 10 anos. as aulas acabam no próximo mês. Está sendo interessante.

Mas no que essa conversa se encaixa? Posso parecer pretencioso e pessimista ao dizer isso, mas entre minhas alunas já vejo algumas meninas que serão mães com 14 anos, se não terão um namorado parecido com Lidemberg. Por ser uma escola pública e as aulas destinadas especialmente à crianças carentes, minhas aluninhas acabam sendo de classes média e baixa. Algumas vêm com o uniforme todo sujo, mas não deixam de sorrir na aula (que lindo... ahuahua mas é tocante mesmo).

Entre essas quase 120 aluninhas, cinco se enquadram nessa "previsão" que fiz. Essas cinco estão contagiando o resto.

O curso de ballet é destinado à crianças de sete a 10 anos, como já disse. Nas turmas de sábado, que têm uma hora e meia de aula, as vezes acabo colocando músicas para elas se divertirem enquanto corrijo cadernos ou nos minutos finais da aula. Não coloco músicas de ballet, e sim as que uso nas aulas de jazz. Entre os nomes dos intérpretes Pussycat dolls. São músicas consideradas adultas, por terem letras e uma batida mais sensual. Mesmo sem saber do que falam, essas aluninhas ficam de frente para o espelho dançando como se fossem bailarinas do próprio grupo.

Dariam um show de sensualidade nas minhas alunas mais velhas do jazz. Isso é, ao meu ver, gravíssimo! Elas ficam se olhando no espelho e rebolando, fazendo caras e bocas. Sem brincadeira nenhuma. A situação me surpreendeu! Certa vez tive a curiosidade em perguntar onde elas haviam aprendido a dançar naquela forma. A resposta não me surpreendeu tanto quando vê-las dançar: "Na novela".

Uma delas ainda me confessou: "Não danço assim na frente da minha mãe. Ela não gosta." Essas e outras disseram que já têm namorados na escola. Ressalto a informação: elas não tem nem 10 anos completos! Esse tipo de música está fora das minhas aulas e vou conversar com as mães. Só por curiosidade relato o resultado dessas conversas aqui.

Birthday

Apesar de estar quebrado e moído, acho que vale a pena dois comentários.

O primeiro é, além de um pedido de desculpas pelo atraso, uma felicitação. Neste mês de outubro uma grande amiga fez aniversário: Rita Garcia Mamute. Dia 17 Rita fez 25 anos. Cada um tem sua batalha pessoal, se julgada por humanos nunca terão o mesmo valor da pessoa que está ali diariamente sentindo quais são os degraus que tem que subir e os fantasmas que enfrentar. Dizer sobre a batalha dos outros é fácil, difícil é se dispor para ajudar nesses desafios rotineiros.

A Rita é uma das pessoas a quem não meço esforços para ajudar o quanto posso. Pode haver farpas e atritos, mas se não for assim não é real. As palavras não são só minhas e sei que ela sabe isso. Mais alguém , muito especial, assina em baixo desse sentimento de amizade e amor que sentimos por ela. Parabéns e para pessoas como a ela não desejo sorte, vou além, desejo SUCESSO!!!!!

Beijo e abraço já dei dia 18, só faltou o cartão e algumas palavras mais pensada... ^^
Aqui estão!

Assim como ela comentou e a frase me serve também, afinal meu dia também está chegando, há uma citação de Oscar Wilde que encontrei no livro O retrato de Dorian Gray que nos faz refletir especialmente no dia que nos damos conta de que estamos um ano mais velhos:

"A tragédia da velhice não é envelhecer, é como conservar-se jovem"
Oscar Wilde

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Músicas...

tcc quase acabando! graças a Deus!

***

Borbulhas De Amor(Fagner)

Tenho um coração
Dividido entre a esperança e a razão
Tenho um coração
Bem melhor que não tivera

Esse coração
Não consegue se conter ao ouvir tua voz
Pobre coração
Sempre escravo da ternura

Quem dera ser um peixe
Para em teu límpido aquário mergulhar
Fazer borbulhas de amor pra te encantar
Passar a noite em claro
Dentro de ti

Um peixe
Para enfeitar de corais tua cintura
Fazer silhuetas de amor à luz da lua
Saciar esta loucura
Dentro de ti

Canta, coração
Que esta alma necessita de ilusão
Sonha, coração
Não te enchas de amargura

Esse coração
Não consegue se conter ao ouvir tua voz
Pobre coração
Sempre escravo da ternura

Uma noite
Para unirmos até o fim
Cara a cara, beijo a beijo
E viver para sempre
Dentro de ti

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Músicas...

Desta vez a série músicas não veio do carro. Até tinha uma para postar que ouvi esses dias, mas me fugiu da cabeça. Quem me apresentou essa música foi minha mãe. Hoje quando cheguei em casa ela estava assistindo um dvd do Fagner. Sempre gostei dele principalmente pela oração de São Francisco que ele interpreta. Além dela, quando eu fazia aulas de órgão eletrônico gostava muito de tocar Borbulhas de Amor, acho que foi uma das músicas que mais toquei até hoje. Em ritmo rhumba se n"ao me falha a memória, muito gostosa de interpretar.

Esta porém, achei realmente significante, só por suas palavras:

Ai que saudade d'ocê
do disco "Raimundo Fagner - ao vivo"

Não se admire se um dia
Um beija flor invadir
A porta da sua casa
Te der um beijo e partir
Fui que mandei um beijo
Que é pra matar meu desejo
faz tempo que não te vejo
Ai que saudade d'ocê

Se um dia ocê se lembrar
Escreva um carta pra mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim
Faz tempo que não te vejo
Quero matar meu desejo
Me mande um monte de beijos
Ai que saudades sem fim

E se quiser recordar
Daquele nosso namoro
Quando eu ia viajar
Você caia na choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer ?
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é d'ocê.

...

cansado...

um dia volto a postar algo aqui...
hehe

domingo, 12 de outubro de 2008

Crise de informação

A cena é típica. Frente a grandes letreiros digitais vários homens gritam, gesticulam, perdem os cabelos. Com papéis nas mãos, consultando computadores e falando ao celular os homens das Bolsas de Valores não devem ter um final de semana tranqüilo há algum tempo. Enquanto eles estão entrando em pânico com toda a instabilidade do dólar e das ações que são comercialiadas nos mercados mundiais de capitais, nós continuamos nossa vida.

É fato que quem é curioso ou tenta se manter atualizado com as notícias nacionais e internacionais está vivendo uma segunda crise, a da falta de informação clara e traduzida. Até uma matéria de "Entenda a crise" traz termos e informações de forma confusa e de difícil entendimento para a população no geral. Daí vem a pergunta: essa 'população no geral' está interessada em saber o que siginifica crise de liquidez, movimento especulativo, operação de hedge e títulos podres? Pode até ser que não, porém, pelo menos uma pequena parcela está.

SOBE DESCE

O dólar sobe, o dólar cai. Se houve dizer que a bolsa caiu, e caiu mais um pouco, e mais um pouquinho. A queda chegou a 40% desde maio. Islândia, Inglaterra, China, Brasil, Alemanha, entre tantos outros países sentem os resultados dessa crise. E os paulistanos e limeirenses? Sentem na hora de procurar produtos importados. Há a estimativa de que 33% produtos do Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) sofram influência da moeda(o IPCA mede as variações de preços ao consumidor ocorridas nas regiões metropolitanas). Commodities, produtos agrícolas básicos vendidos no mercado internacional também. Estes já passaram por uma crise este ano. Alguns preços pegaram uma caroninha na montanha russa do dólar. Nessa crise dos alimentos, o trigo, arroz, entre outros commodities não foram influenciados pelo preço da moeda americana diretamente, o motivo foi outro, a crise foi outra.

O mundo deve estar precisando de um psiquiatra ou um psicólogo. O primeiro deve ser mais eficiente para receitar um calmante faixa preta para tentar acalmar os nervos desse mercado internacional. Além desses profissionais ainda é necessário um tradutor ou intérprete para esclarecer todas esses termos esquizofrênicos aos quais uma grande parte da população não está familiarizada.

Já foi lançada a pergunta: o povo se interessa por esse assunto? A repsosta pode mudar quando informações como a que os ítens do IPCA serão influenciados. O bolso dos brasileiros ainda podem estar distantes de tudo isso, mas também pode chegar a ficar bem próximo. Sem alarde, isso pode demorar...

ELES DEVEM E NÓS PAGAMOS?

Agora um dado curioso. A crise nos Estados Unidos começou por conta da inadimplência do segmento da população chamado de "subprime". Eles correspondem à parcela da população pertencente às classes D e E. São os mais pobres, mais humildes e que precisam de mais dinheiro para ter uma vida digna aqui e lá. Com a economia dos EUA em alta, dinheiro sobrando e juros baixos, essa parcela da população viu nos empréstimos uma oportunidade de melhorar sua qualidade. Os bancos adoraram. Sinal de dinheiro e enriquecimento. Os investidores de risco também se animaram, principalmente quando a inadimplência se tornou comercializável. Ou seja, o banco vendeu a dívida do seu Zé norte-americano que não conseguiu pagar seu empréstimo. De olhos gordos esses investidores compraram essa dívida esperando um retorno maior de seu dinheiro. Até ai tudo bem, isso ocorre em todo mercado financeiro. O problema foi quando a economia norte-americana começou a desaquecer, o emprego foi diminuindo, e como diz a máxima "a corda sempre arrebenta do lado mais fraco", quem pagou o pato? Lógico, aqueles pertencentes ao subprime. Ficaram sem emprego e sem condições de pagar o que deviam. Aí começou todo esse rolo.

Essa foi a origem, de acordo com os especialistas e notícias que são publicadas nos meios especializados. Aparenta ser uma crise fechada, só dos americanos. Mas os bancos começaram a entrar em um estado crítico. Muitos foram socorridos por falta de dinheiro. A confiança nos EUA despencou. Essa é a palavra chave para toda essa crise se tornar internacional. O que se resultou dai foram surtos de pânico.

Em entrevista à agência de notícias BBC Brasil, o presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Antonio Castro, disse que os investidores estão agindo com a emoção. É essa emoção que afeta o dólar. Bancos e empresas têm dívidas em dólar. Com a incerteza do futuro da economia norte-americana, eles compram mais da moeda para sanar suas contas. Outras empresas também fazem suas reservas em dólar.

A lei da oferta e da procura diz que quanto mais produto disponível no mercado, menor o preço, e quanto maior a procura (demanda), o valor sobe. Com todo mundo querendo comprar dólar, o preço sobe. O dólar mais alto, as negociações de importação e exportação, que são feitas baseadas nessa moeda, também encarecem. Os exportadores adoram, os importadores nem tanto.

Enquanto tudo isso ocorre, a população segue vivendo e ouvindo a orientação dos especialistas: poupem. Compras parceladas a perder de vista é bom ser feitas com cautela. Vou então pensar duas vezes antes de comprar os presentes de Natal! Me desculpem os amigos, mas a crise não deixa presentear todos!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Por favor, posso falar com você um minutinho? Só um minutinho vai? (Vai pra *%*&¨*&¨*)

Tudo começa quando o repórter se prepara para sair à rua. Se tiver um santo padroeiro dos jornalistas que precisam de fontes legais, que apresente logo, certeza que colocarão a maior estátua desse santo na entrada/saída do jornal. Mil missas serão rezadas e todos serão devotos à ele, ou ela. Como ainda não encontraram um, Deus é quem sempre é solicitado para ajudar na caça da fonte perfeita.

Um trabalhador, no meio ou final da tarde começa a subir a rua. A presa é avistada. Avalia-se o ânimo da pessoa. Ombros caídos e cara desanimada, sinal de cançaso. Muito provável que a quarta geração de sua família será xingada pelo repórter, na cabeça do repórter, claro. Ele se aproxima. O repórter sorri, diz boa tarde. Os mais experientes já jogam a pergunta logo de cara para tentar prender a pessoa e barrar seus passos. Se o passo da fonte em potencial estava rápido demais, olhar para cima, para o relógio e distante, a pressa está mais que declarada. Logo vem a frase mais amada por quem precisa de uma fonte: "Agora não posso, estou com pressa!"

"É só um segundinho, não dura nem cinco minutos..." com uma voz já de "por piedade, me ajude", diz o repórter. Tudo tem duas possibilidades, a fonte parar ou repetir a mesma frase. A segunda é a mais desejada, mas festejada e mais aplaudida pelo repórter. Finalmente um colaborador, falará sua opinião e ajudará com o que for preciso (com quase tudo). Mas, dependendo do horário e do local, a primeira opção, repetir que está com pressa, predomina.

É fato: saída do emprego e centro da cidade por volta das 16h30 todos estão com pressa, todos estão voltando para casa, ou têm que se preparar para a faculdade ou sabe-se lá o que. Ouvir essa frase remoe os sentidos por dentro. A face ainda expressa um sorriso, mas é só ver as costas dessa pessoa que os olhos se fecham, a testa franze, a boca entorta e por dentro... por dentro melhor não falar nada. Mas cabe aí uma constatação para toda e qualquer fonte, vale a lei do interesse. As fontes só dizem quando estão com bom humor, tempo e acima de tudo isso quando tem algum interesse na matéria. Exemplo típico são políticos e empresários. Quando o céu está limpo todos saem para ver o sol, mas quando algumas nuvens, de fumaça, começam aparecer, olhando para os lados o repórter pode constatar que está no meio de um deserto, ou em um labirinto. Os caminhos sempre estão fechados, as fontes estão sempre em reunião e a matéria precisa sair amanhã. Para isso há uma solução-vingança: "A tia foi procurada para dar sua opinião sobre o assunto, mas não foi encontrada". Problema de quem?

Ao receber um fora como os que entregadores de panfletos, funcionários de financiadoras e de escolas de informática, a saga continua. O jornal te hora pra fechar, as fotos precisam estar na pasta certa e a matéria já pronta no arquivo exigido. Próximo...! Depois de alguns nãos, a persistência é mais forte. A fonte fala o nome, fala a idade, fala a profissão, fala até a cor da cueca se a matéria for sobre isso. Tudo muito bom, tudo muito bem. Até oralmente a pessoa descobre que o repórter estava há vinte minutos procurando alguém que soltasse a língua.

Nessas horas o ideal é estar acompanhado do fotógrafo. A fonte não tem escapatória é falando que é fotografada. Não tem tempo de pensar. Seu nome? Clic. Concorda com a lei?? Clic, clic. Tudo garantido, pronto. Estando sozinho nem tudo está pronto. Por mais que a fonte tenha dado ótimas declarações, entenda do assunto e contribuirá para uma matéria completa e redonda, uma foto pode estragar tudo. A câmera pode até estar escondida debaixo do caderno. A fonte vê a caneta sendo substituída por um instrumento retangular, pequeno, perigoso. "Nãaaaaaao! Foto não, estou fedido..."

Aaaaaaaaaa.... paciência. Próximo...!

Boa vida para entrevistados

RUY CASTRO

RIO DE JANEIRO - A lei reza: repórter de jornal, de rádio ou de TV, só com diploma. Significa que são rapazes e moças que passaram por cursos de jornalismo -e, quando eles dão às ruas, ao fim do curso, não vêm "como espiões solitários, mas em batalhões", apud "Hamlet". Pois temo que, na faculdade, seus professores estejam se esquecendo de ensinar uma regra básica: ao entrevistar alguém, façam apenas uma pergunta de cada vez.
É o que mais se vê nas entrevistas coletivas que a TV transmite, principalmente aquelas com os técnicos de futebol, aos domingos, depois dos jogos. O repórter faz uma longa pergunta, que parece maior ainda pela falta de objetividade, e, quando enfim a dá por encerrada, emenda com: "Outra coisa..." -e segue-se uma segunda pergunta, tão interminável quanto a primeira.
O treinador, ou qualquer entrevistado, se for esperto, só responderá à segunda pergunta, e levará tanto tempo fazendo isto que, quando acabar, ninguém mais se lembrará da primeira. Ou responderá apenas à que lhe for conveniente, com o que a outra também irá para o espaço. Contraria frontalmente um princípio elementar da profissão: numa entrevista, o que importa não é a pergunta, mas a resposta.
Outro tipo de pergunta que tenho visto ser formulada com freqüência é aquela, também interminável e tão elaborada pelo repórter, que pode ser respondida pelo entrevistado com uma simples palavra: "Exato". Ou: "Correto". Ou, num incontrolável arroubo verbal: "É isso aí!".
E há uma forma de entrevista que começa a ficar perigosamente popular por aqui, em que o repórter não faz perguntas, mas afirmações. Foram os franceses do "Cahiers du Cinema" que a inventaram nos anos 60. Exemplo: "Seu filme é um delírio verbivocovisual". O entrevistado, feliz da vida, finge que entende e concorda.


>> Texto publicado na página dois do jornal Folha de S. Paulo, dia 8 de outubro/2008.

Acho que vale colocar ai as fontes chatas... ninguém merece, mas todos precisam. Uma coisa interessante que um dos repórteres do Jornal de Limeira observou esses dias foi o fato de a população adorar uma filmadora e odiar uma máquina fotográfica. Não sei se a afirmação procede, mas que todo mundo foge quando saímos com um caderninho, caneta e máquina na mão, ah foge! Dá até raiva.

Vale um textinho sobre essa saga...

Descontraindo

Há algum tempo que apago todos os meus e-mails que não seja de trabalho ou conversas direto comigo. Motivo? Falta de saco e de tempo. Hoje resolvi olhar alguns e dei muitas risadas. Tenho ainda uns 27 para checar e não vou apagá-los dessa vez, afinal, preciso me distrair um pouco.

Colando algumas coisas aqui...




TOLERÂNCIA ZERISSIMO

PIOR É QUE A GENTE PERGUNTA ASSIM MESMO...

1. Quando te vêem deitado, de olhos fechados, na sua cama, com a luz apagada e te perguntam:
- Você tá dormindo?
- Não, to treinando pra morrer!

2. Quando a gente leva um aparelho eletrônico para a manutenção e o técnico pergunta:
- Ta com defeito?
- Não, é que ele estava cansado de ficar em casa e eu o trouxe para passear.

3. Quando está chovendo e percebem que você vai encarar a chuva, perguntam:
- Vai sair nessa chuva?
- Não, vou sair na próxima.

4. Quando você acaba de levantar, aí vem um idiota (sempre) e pergunta:
- Acordou?
- Não. Sou sonâmbulo!

5. Seu amigo liga para sua casa e pergunta:
- Onde você está?
- No Pólo Norte! Um furacão levou a minha casa pra lá!

6. Você acaba de tomar banho e alguém pergunta: (BOA)
- Você tomou banho?
- Não, mergulhei no vaso sanitário!

7. Você tá na frente do elevador da garagem do seu prédio e chega um que pergunta: (ÓTIMA)
- Vai subir?
- Não, não, to esperando meu apartamento descer pra me pegar.

8. O homem chega à casa da namorada com um enorme buquê de flores. Até que ela diz:
- Flores?
- Não! São cenouras.

9. Você está no banheiro quando alguém bate na porta e pergunta:
- Tem gente?
- Não! É o cocô que está falando!

10. Você chega ao banco com um cheque e pede pra trocar: (MUITO BOA)
- Em dinheiro? ?
- Não, me dá tudo em clipes!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Reza brava

Ultimamente necessitamos de uma ajudinha dessas:

Satélite nosso que esta no céu,
Acelerado seja o vosso link,
Venha a nós o vosso texto,
Seja feita a vossa conexão,
Assim no virtual como no real,
O download nosso de cada dia nos daí hoje,
Perdoai o café sobre o teclado
Assim como nós perdoamos os nossos
provedores,
Não nos deixeis cair a conexão,
E livrai-nos de todos os virus,
AMÉM