segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Finalmente o cálculo se foi... ficam as dicas para um semestre mais tranquilo!

-- Chefe, estou desesperado. Tenho um exame de cálculo na segunda-feira e um de Contabilidade Social na quarta-feira, que fiquei sabendo agora. Não vou poder vir na segunda-feira porque acho que não vou dar conta de estudar toda a matéria que preciso no final de semana, por isso queria pedir para faltar nesse dia; fico com horas a pagar quando for conveniente para o time...

-- Espera um pouco, olha só como é a comunicação, você disse que tem exame de cálculo, eu pensei que era cálculo renal! - muito engraçadão, respondeu meu chefe.

-- Não! Eu disse que era exame de cálculo num dia e de contabilidade social no outro, achei que iria entender.

Se me disseram que eu já falo demais e rápido normalmente, eu nem quero imaginar qual foi a velocidade, o tom e a minha expressão facial neste diálogo com meu chefe numa das primeiras sexta-feira deste mês de dezembro. Havia acabado de consultar o sistema de comunicação entre professores e alunos da Unicamp e o fato de ter de fazer dois exames em uma semana não me caiu nada bem. A primeira alternativa era o chefe e conseguir mais algumas horas para me preparar para a prova mais importante do ano... e foi assim que cheguei na sala dele.

Este final de semestre foi anormal. Na verdade todo o semestre foi muito anormal pelo simples fato de ter que estudar Cálculo, Contabilidade Social (ou Nacional), História Econômica e Ciências Sociais. Cada matéria com seu nível de dificuldade, mas nenhuma se comparava, pelo menos pra mim, à dificuldade do cálculo.

Foram semanas realmente desgastantes e não consigo ficar sem concordar com alguns colegas de sala que comentaram que estudaram muito mais para conseguir a nota mínima pra aprovação em cálculo que para o vestibular. Até parece exagero, mas na nossa condição essa afirmativa não tem nenhum ponto de mentira. Cálculo não é uma matéria que se posso apenas assistir às aulas e contar que todo o conhecimento registrado com os olhos iria simplesmente ser projetado nas avaliações automativamente. Como disse uma menina da minha sala, é preciso "horas-bunda" para poder realmente aprender essa matéria, ou seja, horas e horas diárias resolvendo os exercícios propostos para adiquirir a prática necessária para resolver o exercício no tempo que a avaliação exige.

Por falta de tempo, e por falta de um pouco de coragem no começo do semestre também, não consegui estudar tanto quanto deveria, mas confesso que fiquei dores de tanto ficar sentado na mesa da cozinha em Limeira e na minha escrivaninha aqui em Campinas. E mesmo assim ainda não foi o suficiente!!!! Bom, pelo menos consegui fechar a matéria com a média do curso, cinco! É péssimo tirar uma nota assim, mas é um alívio enorme saber que não vou precisar fazer tudo de novo. E me conforta também saber que, infelizmente, essa não é uma situação exclusiva.

Um dia pela manhã, na Unicamp, conversei com uma estudante de enfermagem e ela também reclamou de ter que estudar para ser aprovado apenas com a média e não poder se dedicar a uma nota maior que isso. Infelizmente essa realidade deve continuar durante um tempo, mas acho que alguns pontos a melhorar vão me ajudar e podem ajudar quem vai passar pela mesma rotina nos próximos semestres, digo, ter que trabalhar em horário comercial, estudar numa universidade pública a noite e ainda tentar tirar notas boas para não ter que fechar o semestre com notas cinco no histórico.

Dicas... a gente tenta.

1. O ponto mais importante, que todos sabem, mas fazem questão de sempre esquecer é nunca deixar para estudar a uma semana das provas. É péssimo se desesperar dias antes de uma avaliação, ler e revisar tudo correndo, ficar nervoso na hora da prova e encontrar aquele famoso branco.

2. Os textos são muitos e muitas vezes enormes, mas vale a pena tentar ler todos e tirar todas as dúvidas possíveis durante a aula nas quais eles serão usados. Fazer anotações, grifar, copiar as citações mais importantes e fazer pesquisas extras sobre o assuno ajudam a entender melhor as informações. E não basta querer decorar o conteúdo para a prova, se ele está na grade da graduação, esse conteúdo é para fazer parte da sua formação e não da próxima avaliação.

3. Entenda o que o autor quer dizer, qual a opinião dele e respeite essa visão entendendo qual foi o plano de fundo no qual ele escreve. Essa foi uma dica valiosa passada pelo professor de História Econômica, Eduarto Mariutti. É uma dica que parece óbivia, mas muitas vezes passamos o olho pelos textos para tentar pegar algumas ideias e esquecemos desse ponto que parece tão trivial.

4. Quando se tratar de uma matéria de exatas: FAÇA OS EXERCÍCIOS! Já fui muito bom em matemática, mas hoje tenho dificuldades em enxergas passagens óbvias que são treinadas no Ensino Médio, ou com muitos exercícios. Aprendi com essa história toda que se não fizer muitos exercícios e não tirar todas as dúvidas que tiver durante a resolução dos exercícios não é possível ter um bom desempenho nas avaliações. A Unicamp, e acredito que outras universidades, colocam monitores e alunos de doutorados para auxiliar os graduandos a entender melhor a matéria, para quem tem tempo, vale muito a pena frequentar as monitorias... para quem não tem, é preciso encontrar um tempinho para conversar com colegas de classe ou usar o e-mail para tirar dúvidas ou marcar um encontro rápido com esses auxiliares das disciplinas.

5. Se programe e cobre programação. É bom sabermos que a cobrança é grande e que não vai ser fácil, por isso é imporante reservar horas e dias para fazer as pesquisas, leituras e tudo o mais que for necessário para os trabalhos exigidos. Porém, é possível também cobrar a programação do professor. Nem todos são bem organizados, apesar de terem que entregar a programação da aula no começo do semestre. Por conta disso é viável ter uma conversa franca com o professor e pedir uma programação dos trabalhos que serão cobrados, os prazos pretendidos e as leituras exigidas. Há professores maleáveis e outros mais rígidos e inflexíveis, mas não custa tentar. Uma boa comunicação, uma boa conversa com o professor pode garantir um semestre mais tranquilo e planejado.

6. É ridículo dar uma dica como esta, mas convesando com alguns professores pude perceber que infelizmente ela não é trivial: tenha respeito. Em sala, a autoridade máxima é o professor. Um desses professores me disse que nem o reitor pode entrar dentro da sala de aula sem a autorização do professor, mas há alunos que acham que têm um poder enorme sobre os docentes e vivem tentando medir forças. Há quem observe que os alunos que entram na graduação hoje não têm perspectivas de futuro e nem limites, porém, indepentende do caráter dos alunos, respeito é pré-requisito para qualquer cidadão.

7. Em trabalhos em grupo, divida as funções e cobre-as se preciso. Delegar funções é importante para que o trabalho não seja feito por apenas uma pessoa. Todos têm a mesma cobrança apesar de nem todos terem o mesmo tempo disponível, mas rotinas diferentes e personalidades diferentes não justifica que uma pessoa se abstenha de ajudar em um trabalho, se ela se comprometeu com algum ponto específico. Há amizades e amizades, trabalhos e trabalhos. Geralmente é formado apenas um grupo no início do semestre e ele é mantido durante os seis meses ou durante os próximos e próximos meses. Essa união pode ser benéfica se há harmonia e principalmente se a comunicação entre todos é clara. Claro que há aqueles que pegam carona, se sentam na janela, curtem o vento no rosto e sequer ajudam a escrevem um parágrafo, porém é injusto que essa pessoa se comprometa e não cumpra, portanto cobre! Quando se fala em amizade, é normal aliviar a barra de um integrante do grupo, isso se chama compreensão. Só é preciso ser uma via de mão dupla muito bem acordada entre o grupo para que não hja discussões depois.

Enfim... acredito que são estas as principais dicas. Como já disse, são bem óbivias, mas as vezes precisamos ser lembrados delas para que sejam colocadas em prática. Confesso que não segui tudo a risca e é justamente por isso que refletimos para melhorar. Vamos ver o próximo semestre e se consigo seguir todas as minhas próprias dicas para ter meses mais tranquilos que esses últimos.

Saudades...

Estava com saudades de escrever! Agora com um computador novo e as férias finalmente presentes, o ânimo voltou com tudo. Hoje separei os livros que quero ler e organizei algumas ideias para os próximos posts. Espero conseguir colocar tudo em prática até o final de março e enxer o blog de textos, dicas e informações úteis.

Ainda em tempo, vale um agradecimento ao meu chefe pela folga na segunda... nem imagino minha nota se não fosse essa folga!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Final de semestre não é nada fácil!

Realmente esse semestre eu descobri o que é realmente estudar matemática. Fzer aulas de cálculo para quem ficou longe dos números durante alguns anos não está sendo fácil e meu blog infelizmente ficou em 23° plano. Vou voltar a escrever em breve, assim que o exame de cálculo passar...

=)