sexta-feira, 10 de julho de 2009

Caso Fantasma - Perguntas sem respostas

A Prefeitura de Limeira, por enquanto está optando pelo silêncio para algumas respostas específicas. É típico só dizerem o que lhes convém e deixar sem respostas alguns questionamentos que podem entregar alguma sujeira.

Na última terça-feira, dia 7, enviei (de meu e-mail pessoal) algumas perguntas para saber como será tratado o caso do fantasma dentro do poder Executivo. A resposta básica que a Assessoria de Comunicações da prefeitura passa para a imprensa só diz que os serviços de vídeo são muitos caros e por isso decidiu ela mesma produzí-los com a assessoria de uma pessoa contratada para tal.

Foram feitas as seguintes perguntas:


- Quem solicitou ao prefeito os serviços do profissional?

- Por que a prefeitura não contratou os serviços da empresa de Muraoka ou de outra empresa do setor como uma assessoria técnica, conforme foi divulgado em nota?

- O tal funcionário deverá devolver o salário que recebeu no tempo que ficou nomeado?

- Se esse tipo de nomeação/contratação é legal, como transpareceu na resposta enviada para a imprensa, por que exoneraram o funcionário?

- O funcionário tem algum registro em livro-ponto que comprove os horários e dias que trabalhou na prefeitura?

- Quais foram os vídeos que Muraoka produziu no tempo que ficou nomeado?

Agora as inconsistências. Se a forma como Muraoka foi contratado é legal, havia mesmo a necessidade de exonerá-lo no mesmo dia em que a matéria sobre o funcionário fantasma foi publicada no Jornal de Limeira? Não seria interessante uma coletiva de imprensa para mostrar que não havia irregularidade em todo esse processo?

Já quanto aos horários de trabalho, funcionários comissionados, em algumas secretarias, não costumam registrar horários de entrada e saída. No Centro Cultural, peo menos, é assim. Lá só professores têm que registrar diariamente o horário que esteve no prédio dando aulas, já o resto...

Os comissionados, segundo resposta dada lá dentro quando foi questionado a exclusividade do registro aos professores, é que eles trabalham além do horário normal. Ficaram até bravos por ter sido questionado esse fato. Os professores, segundo acordo com o antigo diretor da escola, Rafael Gabriel, trabalham nos horários de suas aulas e usam o restante do período para preparar as aulas em casa. Isso é mais que necessário tendo em vista a falta de infraestrutura do local. Há somente um computador para todos os professores usarem e poucos livros das áreas dos cursos oferecidos pela escola.

Os comissionados trabalham sim, de sábado, domingo e alguns feriados, isso quando há eventos relacionados à pasta à qual estão lotados. Mesmo assim, não deveriam ter um mecanismo de registro do horário trabalhado - ou a prática revelaria que "bicos" a parte atrapalham os negócios com o poder Executivo?

O e-mail até a noite de sexta-feira não foi respondido. No feriado de 9 de julho, apesar de alguns funcionários da prefeitura terem atendido o chamado via Nextel de outros funcionários, simplesmente ignoraram algumas ligações, como se estivessem longe do celular, ou ignorando mesmo.

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