quarta-feira, 18 de março de 2009

Consfidências de um foca 2 - Aquela fonte de novo?

Por sugestão de um colega da profissão, mudo o nome de 'Diário de um foca' para 'Confidências de um foca', afinal... escrever diariamente ainda não é meu forte aqui no blog, infelizmente... óò

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Um problema corriqueiro que observo no dia a dia da profissão de jornalista é a repetição de fontes. Acho que isso já foi tema de um post antigo, mas os tempos são outros.

Gosto muito de economia e estudo essa área sempre que posso. Também prefiro fazer matérias que envolvam economia para começar a lidar com esse campo que, a meu ver, é fundamental para os leitores.

De certa forma, as notícias do jornalismo econômico são sempre as últimas que são lidas pelos leitores, mas sem dúvida alguma as que mais influenciam no bolso deles. O jornal Gazeta Mercantil se projetou para ser o segundo jornal lido pela população. O primeira, sem chance de ganhar a concorrência, é o jornal local. Todos querem saber o que está acontecendo na cidade onde mora, é óbvio. E é fato que poucas pessoas gostam de abrir o caderno ou a página de economia e ler sobre a taxa Selic, a crise do setor frigorífico ou os incentivos financeiros dado pelo governo para determinada área.

É realmente massante, principalmente quando o assunto não é apresentado ao leitor de forma que ele consiga enxergar quais são os principais efeitos que a notícia pode ter na sua vida.

Outro problema que é visível, pelo menos no jornalismo regional, no interior para ser mais específico, é a falta de fontes para comentar e explicar as pautas. Muitas vezes, por conta do tempo escasso da redação, acabamos sempre recorrendo aos mesmos profissionais. E isso deve também ser perceptível para o leitor que passa a ver sempre aquele mesmo nome quando o assunto é tal ou qual.

Passa até a ser gostoso conseguir aumentar o caderno de contatos e ouvir opiniões de especialistas tão distintos. Cada um, mesmo que tenham a mesma formação, faz uma interpretação dos dados e do cenário que a matéria pretende expor. Isso enriquece cada vez mais o jornal que o leitor tem nas mãos. Expor as diferentes linhas de pensamentos e interpretações distintas sobre determinados temas, confere uma gama maior de informação para que o receptor da mensagem possa formar sua opinião - claro que a fonte deve ser confiável e o texto precisa ter clareza, senão não adianta naaaaaaaaada.

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