segunda-feira, 4 de maio de 2009

Números, fórmulas e complicações

Jornalismo e matemática. Quantas pessoas não entraram para o curso de jornalismo pensando que nunca iriam se deparar com os números? Ou até para fugir deles... É evidente isso em algumas reuniões de pauta quando há uma matéria ou outra que exige até uma simples comparação de dados, ranking de melhores resultados ou aquela continha de regra de três simples.

Um valor é igual a 100, outro é igual a x. Cruze os lados, jogue x para um lado e por ai vai.

Até em conversas de fóruns com amigos jornalistas é possível encontrar quem assuma o desgosto pelos números.

Acho que é inevitável se deparar com alguma conta durante as matérias simples do dia-a-dia. As contas de mais, ótimo. Qualquer um faz, o que as vezes pega mesmo são as porcentagens, deduções e comparações. Graças a Deus que jornalismo não usa logarítimo, equação de terceiro grau entre outras contas. Apesar disso é bem provável uma conta de juros mensais e anuais que, só de olhar para a fórmula, já dá vontade de desistir dos primeiros rabiscos para se chegar ao resultado.

AJUDA DA TECNOLOGIA

Uma coisa que ajuda muito nessa hora é o Excel. Nada melhor que lançar as informações na planilha do Office - ou outra plataforma -, e fazer fórmulas para achar os mais variados resultados. A prática de se usar essas planilhas ajuda muito na hora que é necessário resultados rápidos e comparações entre duas ou mais variáveis.

É esse programa que dá suporte fundamental para a RAC - do original em inglês Computer Assisted Reporting. Durante a faculdade passamos superrápido por este conceito - que não passou disso, um conceito (ela é muito mais que isso, muito mais que só contas...). A Reportagem Assistida por Computador é um ótimo instrumento para o jornalismo investigativo. Descobri que RAC e Excel tem tudo a ver há pouco tempo. Já usava o programa para as matérias no Jornal e durante o curso de Desenvolvimento Humano para Jornalistas da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) uma luz sobre essa junção se acendeu.

INÚTIL? NEM TANTO

Quem fez ou faz um cursinho básico de informática se depara com as fórmulas do Excel. Na hora dá até para pensar: "Pra quê isso? Vou fazer no máximo as contas de quanto gastei no mês e olha lá!" Mas para nós, jornalistas, elas têm muita serventia. Além de ser util para somar o quanto aquele deputado gastou em todo seu mandato, as fórmulas ajudam nas contas de porcentagem para verificar qual foi o maior gasto em relação ao montante disponível para o parlamentar; média aritimética para verificar o gasto médio mensal dele; classificação de células para fazer um ranking dos principais gastos e por ai vai. Apesar de usar um deputado como exemplo, as possibilidades de contas são diversas.

Na matéria abaixo, sobre o consumo limeirense embasado em dados da empresa Target Marketing, há uma tabela feita em Excel com ranking e alguns dados sobre municípios selecionados. As informações poderiam ser melhor alocadas para serem apresentadas para os leitores, mas para o uso dentro da redação ela foi suficiente. A tabela conta com cálculos de porcentagem ao mostrar a variação em porcentagem entre os IPCs de 2008 e 2009, e contas simples de soma e redução para verificar a variação dos rankings dos mesmos anos.

Uma dica. Para quem quer se aventurar nessas fórmulas, existem sites e tutoriais na internet que explicam como fazê-las. Ai vão dois:

Apostila do Excel

Apostila do Excel - Matemática Financeira

Quer mais? Joga no Google!

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