segunda-feira, 4 de maio de 2009

Consumo em Limeira deve crescer 5,2% em 2009

Estudo estima crescimento maior que capital e cidades vizinhas

Mesmo após um período de crise, o consumo em Limeira deve aumentar 5,18% em 2009. Quem impulsiona a elevação é a classe C, que tem renda média de R$ 1.400 e é a que mais cresce em todo o país. De acordo com dados da empresa Target Marketing, os maiores gastos dos limeirenses devem ser com a manutenção do lar, seguidos de outras despesas e consumo na área de alimentação dentro dos domicílios.

Em valores nominais o consumo deve crescer 12,5% em relação a estimativa de 2008. São esperados um consumo total que gira em torno de R$ 3,638 bilhões para este ano, contra R$ 3,233 bilhões estimados em 2008. A perspectiva para o Brasil é que o consumo dos brasileiros vai superar a marca de R$ 1,8 trilhão, em 2009.

A estimativa é baseada no Índice de Potencial de Consumo (IPC), feito a partir de um estudo da Target Marketing, empresa especializada em pesquisa de mercado. Os dados fazem parte do levantamento "Brasil Em Foco 2009". O IPC-Target analisa dados de 5.564 municípios brasileiros, com a potencialidade de consumo versus a renda da das classes sociais. Os dados são destinados a empresarios e investidores.

LIMEIRA
De acordo com o ranking dos 500 primeiros municípios brasileiros, Limeira ocupa a 71ª posição nacional e a 20ª estadual. Houve evolução na colocação da cidade. Em 2008, Limeira ficou em 75ª no plano Brasil e 22ª entre os municípios do Estado de São Paulo. O IPC-Target para 2009 é estimado em 0,19527%. Esse é o valor da participação do consumo limeirense no total estimado para todo o Brasil. A porcentagem corresponde a um consumo de R$ 3.638.694.853 em Limeira durante este ano em relação aos R$ 1,8 trilhões estimados pela Target Marketing.

Diretor da empresa e coordenador do estudo, Marcos Pazzini, explica que o principal fator que contribui para o crescimento do consumo é a interrupção do movimento de migração social. "Nos últimos anos algumas pessoas começaram a evoluir entre as classes sociais, mas com as dificuldades da economia a classe B2 começou a migrar para a C1, ou seja, decair; e as pessoas da classe D subiram para a C2", comenta. Em Limiera, as classes C1 e C2 correspondem a 44,6% dos quase 80 mil domicílios. O aumento da participação da classe C é que impulsiona o crescimento na cidade.

EMPRESAS
O município tem hoje 10.496 empresas divididas em quatro categorias: comércio (5.107 empresas); serviços (3.447), indústria (1.764) e comércio (178). O subsetor que mais concentra empresas na cidade é o de comércio varejista, com 4.442 empresas.
Os dados foram feitos com base em uma população com 281.581 habitantes. De acordo com os dados apresentados pela Target, a área urbana tem 272.331 habitantes e 9.250 na rural.



Limeira tem perspectiva de crescimento maior que capital

A porcentagem de crescimento limeirense (5,18%) supera as perspectivas das capitais mais ricas do país, São Paulo e Rio de Janeiro, e das cidades paulistas Campinas, Americana e Piracicaba - todas terão retração. A capital paulista e carioca terão retração no consumo de 4,73% e 0,98% respectivamente.

Segundo o responsável pelo estudo, o crescimento de Limiera é um fato positivo. "O crescimento de 0,01 ponto percentual no IPC da cidade foge do contexto das cidades da região Sudeste e isso deve chamar a atenção do empresariado", relfete Pazzini.

As cidades vizinhas, Piracicaba e Americana estão, respectivamente, em 46ª e 91ª, no ranking nacional e 13ª e 28ª no estadual. O consumo dos piracicabanos deve cair 2% em 2009, em comparação ao ano passado. O IPC Target de Piracicaba deve ser 0,269% este ano. Em 2008 o número estava em 0,274%. Já em Americana o IPC é estimado em 0,15655% para 2009 contra 0.16097% ano passado. Já Campinas é a 13ª colocada em todo o país e a 3ª no Estado. Seu IPC está em 0,84645% este ano, contra 0,90792% em 2008 - queda de 6,77%. Iracemápolis e Cordeirópolis estão, respectivamente, em 948ª e 823ª no ranking nacional e em 227º e 207º no estadual.

No quesito renda, segundo a economista Rosângela Pereira, os motivos para Limeira terem uma perspectiva maior de consumo este ano podem estar nos setores de bijuteria e automotivo. A especilista supõe que no campo das bijuterias o preço competitivo com o mercado internacional e o fato de o setor não ter sofrido tanto com a crise econômica internacional, contribuiram para a renda dos trabalhadores limeirenses.

Já no setor automotivo, Rosângela diz que a porcentagem de demissões em Limeira, pode não ter alterado a renda dos trabalhadores do setor. O mercado de automóveis está crescendo mais uma vez, com isso, os pedidos e compras nas autopeças também se alavancam - o que gera renda para o setor. O crédito aliado à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ajudaram no consumo de veículos.


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