segunda-feira, 28 de junho de 2010
Transtornos mentais atingem 23 milhões de pessoas no Brasil
Estadão.com.br
No Brasil, 23 milhões de pessoas (12% da população) necessitam de algum atendimento em saúde mental. Pelo menos 5 milhões de brasileiros (3% da população) sofrem com transtornos mentais graves e persistentes.
De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, apesar de a política de saúde mental priorizar as doenças mais graves, como esquizofrenia e transtorno bipolar, as mais comuns estão ligadas à depressão, ansiedade e a transtornos de ajustamento.
Em todo o mundo, mais de 400 milhões de pessoas são afetadas por distúrbios mentais ou comportamentais. Os problemas de saúde mentais ocupam cinco posições no ranking das dez principais causas de incapacidade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dados da OMS indicam que 62% dos países têm políticas de saúde mental, entre eles o Brasil. No ano passado, o País destinou R$ 1,4 bilhão em saúde mental.
Desde a aprovação da chamada Lei da Reforma Psiquiátrica (Lei nº 10.216/2001), os investimentos são principalmente direcionados a medidas que visam a tirar a loucura dos hospícios, com a substituição do atendimento em hospitais psiquiátricos (principalmente das internações) pelos serviços abertos e de base comunitária.
Em 2002, 75,24% do orçamento federal de saúde mental foram repassados a hospitais psiquiátricos, de um investimento total de R$ 619,2 milhões. Em 2009, o porcentual caiu para 32,4%. Uma das principais metas da reforma é a redução do número de leitos nessas instituições. Até agora, foram fechados 17,5 mil, mas ainda restam 35.426 leitos em hospitais psiquiátricos públicos ou privados em todo o país.
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Para quem gosta de políticas públicas pode pensar na falta que a divulgação sobre os serviços de tratamento e principalmente sobre esses transtornos mentais faz. Se o número de pessoas que têm os problemas citados na matéria do Estadão é tão grande no Brasil, imaginem a quantidade não-oficial! Várias pessoas não se dão bem no seu dia a dia e reclamam constantemente de variações agressivas de humor sem ao menos saber que podem ser "vítimas" do transtorno bipolar. Já vi campanhas do Ministério da Saúde, e demais secretarias e órgãos dessa área, para vários tipos de moléstias e outras patologias, principalmente focando na prevenção, mas ninguém fala sobre esses transtornos. Será que em pleno século 21 ainda há preconceitos, ou é medo de encontrar tantas pessoas 'transtornadas' e não dar conta do recado depois?
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