segunda-feira, 7 de junho de 2010

Texto de sanções ao Irã está pronto e pode ser votado na quarta-feira



Uma resolução que impõe a quarta rodada de sanções ao Irã por seu programa nuclear está pronta para ser votada pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), segundo um texto que circulou nesta segunda-feira.

Não foi marcada uma data para a votação, mas os EUA têm pressionado para uma ação rápida, possivelmente esta semana. O embaixador da França na ONU, Gerard Araud, disse hoje a jornalistas que a votação deve acontecer "em curtíssimo prazo". Já diplomatas ouvidos pela agência Reuters falaram que a votação deve ser na quarta-feira (9).

Os EUA e potências aliadas acusam o Irã de querer desenvolver armas nucleares, mas Teerã insiste que seu programa tem apenas fins pacíficos.

Os 15 membros do Conselho se reuniram a portas fechadas nesta segunda-feira, a pedido de Turquia e Brasil, para discutir como prosseguir com a resolução de sanções, após cinco meses de negociações.

Brasil e Turquia queriam um encontro aberto do Conselho para discutir a questão iraniana antes da votação, mas concordaram sobre a necessidade de mais consultas a portas fechadas nesta terça-feira envolvendo embaixadores. Diplomatas afirmaram esperar que a votação aconteça no dia seguinte.

"Vamos realizar consultas amanhã, outra rodada", disse a jornalistas a embaixadora americana na ONU, Susan Rice. Perguntada se a votação seria esta semana, ela balançou a cabeça afirmativamente.

Turquia, Brasil e Líbano não devem votar a favor da resolução, mas nenhum deles tem poder de veto no Conselho. Diplomatas ocidentais esperam que 12 países, incluindo todos os cinco membros com poder de veto, votem a favor da medida, assegurando que seja aprovada.

Também nesta segunda-feira, o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukio Amano, classificou o Irã pela primeira vez como um "caso especial" por causa das suspeitas de que esteja tentando fabricar armas nucleares.

Sanções

O rascunho da resolução foi fruto de meses de conversas entre EUA, Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia. As quatro potências ocidentais queriam medidas mais duras --algumas tendo como alvo o setor de energia iraniano--, mas Rússia e China trabalharam duramente para amenizar as sanções.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, foi citado dizendo que o novo texto exclui sanções que iriam paralisar o Irã e, em vez disso, "concentra-se em medidas de não-proliferação e assegura ao máximo os interesses econômicos de Rússia e China".

O chanceler chinês, Yang Jiechi, acrescentou que as sanções "não devem se tornar uma punição para o Irã e o povo do Irã", mas deve fortalecer os esforços para evitar que as armas nucleares se espalhem e promover a paz no Oriente Médio, segundo a agência Irar-Tass.

A resolução pede por medidas contra novos bancos iranianos no exterior se houver suspeita de envolvimento com os programas de mísseis ou com o programa nuclear iraniano. Também há medidas de vigilância de transações com qualquer banco iraniano, incluindo o Banco Central do Irã. A resolução ainda amplia o embargo de armas contra Teerã.

Diplomatas disseram que o prazo exato para votação depende de um acordo final sobre anexos listando empresas --e membros delas-- controladas pela Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, entidades pertencentes à Linha de Transportes Marítimos da República Islâmica do Irã, e outras empresas ou pessoas ligadas aos programas nuclear e de mísseis.

Empresas e pessoas listadas nos anexos vão enfrentar congelamento de bens e proibição de viagens internacionais.

O texto proíbe o Irã de buscar "qualquer atividade relacionada a mísseis balísticos capaz de desenvolver armas nucleares". Também proíbe investimento iraniano em atividades como mineração de urânio, e proíbe o país persa de comprar vários tipos de armas pesadas, como helicópteros de ataque e mísseis.

Fonte: Folha.com - Mundo

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Depois de ler essa notícia na Folha, me lembrei de um filme que assiti esse final de semana. O nome do filme é "O fim dos tempos" (The Happening), dirigido por M. Night Shyamalan. Não sei quem é o diretor, não sabia da história do filme, mas o título me atraiu e o comecinho do filme também. A história começa num parque central de uma cidade norte-americana. Várias pessoas começam a se matar do nada, sem motivo nenhum. Alguns segundos depois, vários trabalhadores de uma construção se jogam do último andar do prédio. O fato aconteceu só na parte leste dos Estados Unidos e foi aumentando dos grandes centros urbanos até as pequenas cidades e grupos pequenos de pessoas que começaram a fugir do misterioso "fato".

Eu não recomendo esse filme a ninguém porque o fim pe muito tosco. Assisti porque estava curioso para saber como iria terminar e se valeria a pena ficar acordado todo aquele tempo. Respondo... deveria ter dormido! O curioso foi ver como é a mentalidade dos norte-americanos. No filme, uma brisa forte batia pela cidade e as pessoas ficavam imóveis e começavam a se matar. Uma das cenas mais legais foi um grupo de pessoas entrando em uma cidade e começaram a ver várias escadas nas árvores da rua principal e nos galhos mais grossos cordas amarradas com a população enforcada. E essa brisa ia se espalhando e cada vez mais e mais pessoas iam se matando. As televisões locais, no filme, atribuíam essa onda de suicídios em massa a um atentado terrorista. Eles ficavam tão encanados com essa hipótese que não saiam nas ruas e só falavam dos terroristas, terrorista e terroristas...

O filme teve estreia em 2008. Quase sete anos depois do atentado de 11 de setembro que derrubou aquela imagem de soberania que o país tinha sobre todo o globo. Lembrei desse filme ridículo por conta da alegação persistente dos Estados Unidos na hipótese não confirmada de que o Irã está enriquecendo urânio para fazer armas nucleares. Eles são os vilões da vez... será que realmente tem fundamentos ou é mais uma acusação sem fundamento e com outras intenções como aconteceu com o Iraque, por exemplo?

Para complementar esse artigo, encontrei uma notícia no site do jornal português Publico: EUA não encontraram armas de destruição maciça no Iraque. Vale a pena ler para lembrar um pouquinho da furada do Tio Sam e pensar quem realmente é o terrorista na história.

Detalhe... no fim do filme os suicídios eram causados por uma toxina liberada pelas plantas das cidades que estavam se vingando por conta da desmatação e outros assuntos ambientalistas... Se a intenção do diretor era passar uma mensagem de preservação da natureza, não encontrou a melhor forma de conscientizar a população...

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