quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O "terror" das humanas


O gancho do texto de hoje está no que publiquei ontem, sobre as aulas de história: cálculo. Uma palavrinha tão pequena, mas que ultimamente está tirando a paz de espírito de algumas pessoas da minha sala. Apesar de esse curso ter seis créditos, ou seja, ter seis horas-aula durante a semana, de trancar outros cursos do próximo semestre e indiretamente impor uma pressão enorme em cima dos alunos, é uma área muito gostosa de ser estudada para quem tem tempo pra isso.

Quem gosta de matemática, especialmente de funções de todos os tipos possíveis e imagináveis essa é a melhor matéria do segundo semestre. Para quem não tem tanta desenvoltura mais com números e está com o raciocínio matemático um tanto quanto enferrujado, a coisa se complica um pouco.

Em dois meses aprendemos a calcular limites e derivadas de vários tipos de funções. O ponto crítico disso tudo é a base que é preciso ter para enxergar os problemas e encontrar soluções que para muitos são óbvia demais! Enxergar uma funções trigonométrica e lembrar das relações básicas, de todos os nomes e qual o valor de um seno (0) de cara, principalmente depois de ter ficado quase cinco anos imerso na área de humanas e um pé dançante em artes.

O motivo especial deste post foi minha linda nota na prova de cálculo da última segunda-feira. Garanto, sem revelar o número, que não foi nada animadora. Infelizmente, como comentei, cálculo é realmente gostoso para quem tem tempo de, como diz uma colega de sala, fazer horas-bunda de estudo, ou seja, sentar e estudar por duas a quatro horas. O bom disso tudo é que, no mínimo, deve aprimorar o raciocínio lógico e intuitivo! Assim espero!

Dicas...

A internet é uma ótima ferramenta para quem quer estudar com mais dedicação. Pesquisas rápidas no Google fornece ferramentas interessantes que vão desde calculadoras que mostram o passo a passo do cálculo de derivadas bem como outras que fazem os gráficos de qualquer função. Além disso há vídeos no youtube que explicam os teoremas, relações e outras igualdades que são usadas na solução dos exercícios.

De novo para quem está se preparando para o vestibular: vale a pena investir nesse momento em funções, polinômios e logarítimo! Apesar de ter feito cursinho no ano passado e ter assistido a todas as aulas dessas matérias, abri mão dos exercícios de matemática para investir em história que tinha um peso maior no vestibular. Não foi um erro completo porque consegui ser aprovado, mas acredito que me ajudaria bastante se minha base de matemática fosse mais forte.

Os alunos de economia da Unicamp do têm o curso de cálculo no primeiro semestre no curso diurno e no segundo semestre no curso noturno. Como já disse a disciplina tem seis créditos e, como é pré-requisito para algumas matérias para os semestres seguintes, vale a pena dedicar várias “horas-bunda” para essa matéria. Porém não é nada difícil nem impossível, é realmente questão de estudar e resolver vários exercícios.

Para os que odeiam exatas, mas querem fazer economia, não tem como escapar da matéria. Por maior que possa ser o ódio por números e contas, a disciplina é importante para entender comportamentos de gráficos e como trabalhar com funções. Num outro curso, o de Contabilidade Social, vimos a teoria macroeconômica básica na qual tem a função do consumo e da renda de uma economia. Entender alguns conceitos de função facilita muito entender o comportamento dessas funções no gráfico e a lógica por detrás da produção e do consumo quando explicado na teoria pura.

Dica de livro para quem quer já ir estudando: “Cálculo”, volume 1 de James Stewart da editora Cengage Learning – esta é a bibliografia básica do curso. Custa cerca de R$ 120, mas de acordo com o programa da aula, ele será usado por completo, então acredito que valha o investimento. Porém, as bibliotecas da Unicamp estão cheias desse livro (até porque ele foi traduzido por um doutor e um doutor livre-docente da Unicamp).

Entendendo o passado...


Para aqueles que estão se preparando em um cursinho pré-vestibular e já se inscreveram no exame para tentar uma vaga no curso de Ciências Econômicas da Unicamp, duas palavras: não desista! Quer seja um ano inteiro, apenas um semestre ou algumas noites de dedicação para se preparar para ingressar neste curso, cada segundo é muito bem recompensado quando você entra na graduação e se depara com o mundo que você acabou de pisar. A Unicamp é única e tremendamente estimulante.

Apesar de não ter todo o tempo que realmente gostaria para me dedicar a todos meus afazeres e às minhas paixões, vou tentar relatar como é esta formação ímpar pela qual estou passando nas salas do Instituto de Economia da Unicamp. Sei que deveria ter feito isso desde o primeiro semestre, mas ainda não completei a minha adaptação à rotina de trabalhar em horário comercial, estudar no período noturno e abrir mão das horas de sono para ler os textos que são solicitados.

Hoje mesmo estava estudando um texto da disciplina de História Econômica Geral II, ministrada pelo professor Eduardo Barros Mariutti. Portanto vou escolher este tema para começar a relatar um pouco de como é ser um graduando da Unicamp. Observo que já escrevi alguns textos aqui que usei de conceitos de outras disciplinas mas, pela enésima vez, vou tentar dar mais um propósito ao meu blog além de ser meu espaço pessoal e meu portfólio de artigos e reportagens.

Muito mais que história...

Para quem se identifica mais com a área de humanas que de exatas, o curso de História Econômica Geral I e II é excelente. Abrindo um parênteses aqui, é notório que o curso de economia une uma diversidade de gostos e objetivos muito interessante. Por ser um curso da área de humanas mas com uma base em exatas muito forte, convivemos com o desespero daqueles que se arrepiam com fórmulas e cálculos mais complexos e, ao mesmo tempo, com aqueles que tremem na base com a quantidade de textos de história, por exemplo, e se perdem nos conceitos e ideias chaves dos autores.

Fechando o parênteses e pegando nele um gancho, esse curso de história é ministrado em dois semestres e só é possível descobrir a quantidade de autores com os quais temos contato se tivermos uma memória excelente ou se consultar a ementa dos dois cursos! O mais estimulante deste curso é justamente essa pluralidade de fontes e informações que temos que ler, analisar e refletir para entender todas as facetas de como se construiu a história pela ótica economia.

Como estou com a ementa do curso História II bem na minha frente, consigo listar aqui os autores que visitamos para ententer os movimentos políticos e econômicos dos séculos XIX e XX: Éric Hobsbawm, Giovanni Arrighi, Carlos Alonso Barbosa de Oliveira, Barrington Moore Jr., Geoffrey Barraclough, Peter Gowan, José Luis Fiori e Robert Cox. São oito nomes, mas alguns deles temos que ler capítulos de quatro ou dois livros diferentes. É muita coisa sim, principalmente para aqueles que, como eu, precisam trabalhar para se bancar fora de casa e ainda encontrar tempo para conseguir dar conta do recado! (risos)

Porém, não deve existir outra forma de ter uma formação pluralista sem visitar vários autores durante o curso. Neste primeiro bimestre, entre agosto e setembro, foi indicado para a turma ler os cinco primeiros autores, que totalizam sete textos diferentes.

O tema destas aulas começa nos conflitos sociais da Europa com a revolução francesa muito bem explicada por Éric Honsbawm no livro “A Era das Revoluções” e estamos terminando a discussão com o mesmo autor, porém no livro “A Era dos Impérios”. Começamos nossas discussões na França na segunda metade do século XVIII e estamos terminando na formação dos Estados Unidos e a queda da Inglaterra como hegemonia econômica do século XIX.

Se você não gosta de história já imagino a expressão que deve ter feito, mas para quem gosta de debates como estes as aulas são excepcionais! Apesar de terem como base os fatos históricos, as explicações do professor vão além das entrelinhas e tenta esclarecer os movimentos políticos, intelectuais e econômicos que estavam por detrás dos acontecimentos. O texto que li essa madrugada, “A Guerra Civil Americana”, de Barrington Moore Jr., é um exemplo claro dessa descrição das aulas. Em momento algum do texto o autor fala o que foi a guerra, quais foram as estratégias de ataque, de defesa, e etc. temas que são abordados no Ensino Médio e nos cursinhos. Neste capítulo o autor questiona quais foram as causas desse conflito, expõe a questão da escravatura norte-americana e todas as consequentes discussões políticas e econômicas que ela gerou.

Realmente eu não imaginaria nunca ler, por exemplo, que a “escravatura nas plantações do Sul não constitui um grilhão econômico para o capitalismo industrial. Se algo se pudesse dizer, seria o contrário; ela ajudou a promover o desenvolvimento industrial americano nas suas fases iniciais” (p. 116). O máximo que discussões sobre a Guerra Civil Americana e sobre escravidão que temos contato antes de um curso como este é simplesmente referente aos fatos, números e consequencias.[Vale ressaltar para os desavisados e leitores que adoram fugir do contexto que não apoio e nem aprecio a escravidão!]

E entender como a Inglaterra conquistou sua hegemonia mundial naqueles séculos? É fascinante realmente entender a ascensão e queda de impérios como foi esse caso. Entender como a Inglaterra se desenvolveu e ao mesmo tempo deu a corda para ser enforcada; e como ela influenciou os outros países que estavam ainda no berço do desenvolvimento industrial a evoluírem e até a superarem seu poderio naval e mesmo industrial. Nestes dois meses vimos como os bancos de investimento surgiram, qual o movimento da agricultura comercial para a indústria, como o algodão foi a base de economia norte-americana quando o país ainda estava se industrializando e como se dá a formação de capital de investimento, capital comercial, como são aprimorados os meios de transporte e etc...

É muita coisa e tudo isso será cobrado na prova da próxima terça-feira, dia 5 de outubro. E vale uma confissão, a melhor parte disso é que não adianta decorar nada, é preciso entender os movimentos gerais e particulares para conseguir conectar os cinco autores e os conceitos dos sete textos e refletir sobre esses fatos de uma maneira crítica bebendo nos autores para construir a argumentação mais sólida possível.

Para quem está se preparando para ingressar no mesmo curso que eu escolhi, fica ai uma boa orientação sobre como vão ser suas provas de história. Na verdade essa é a tendência de quase todas as provas. Aqui não basta decorar a fórmula e aplicar os valores dentro das variáveis, é preciso ir além do resultado da equação e entender como ela afeta o comportamento do gráfico. Mas esse assunto já é sobre a matéria de cálculo, porém serve de exemplo de como até as exatas exige interpretação.

Dicas


Quem gosta de história e em especial textos com enfoque político e econômico que ultrapasse a simples narração dos fatos, quero fazer uma excelente indicação: Eric J. Hobsbawm. Ele escreveu uma série de livros chama as “Eras”, são quatro volumes que são uma análise histórica do século XIX e o começo do século XX. Só para dar um gostinho de como o autor vai além da simples descrição, selecionei um trecho do prefácio do segundo livro, “A Era dos Capitais”:

“O livro pode ser lido independentemente, desde que os leitores se lembrem de que ele não trata de um período fechado que pode ser separado do que vem antes ou depois. História não funciona assim. Mesmo assim, ele não deveria pedir do leitor nada além de uma introdução geral adequada, pois é deliberadamente dirigido ao leitor não especializado. Se os historiadores devem justificar os recursos que as sociedades devotam a seus estudos, por menores que sejam, não deveriam escrever exclusivamente para outros historiadores.” (p. 15)

Como disse são quatro livros: “A Era das Revoluções”, “A Era dos Capitais”, “A Era dos Impérios” e “A Era dos Extremos”. Os vestibulandos que passarem para segunda fase do vestibular da Unicamp, depois de fazer as provas, poderiam muito bem começar a ler. São fascinantes, fáceis de entender e com uma leitura muito simples. Lógico que as aulas de história ajudam muito a entender os movimentos que estão por detrás do que Hobsbawm descreve, mas, com ou sem orientação do professor, esta é uma leitura que vale a pena. Neste segundo curso de História Econômica estamos usando três dos quatro livros, o único que não foi solicitado foi o segundo, de onde tirei a citação acima porque estou quase acabando de ler e estava aqui do meu lado.

Bom... acho que deu para dar uma introdução bem básica de um dos cursos que temos em Ciências Econômicas. Vou tentar encontrar mais tempo para escrever mais sobre os outros cursos e também colocar resumos que fiz das matérias do primeiro semestre, bem como deste. Escrever e estudar são minhas paixões, vou tentar unir as duas para algo que seja produtivo para alguém =).

Já são 4h30, ainda teria que ler um trecho do Manifesto Comunista de Marx e Engels para amanhã a noite, mas vai ser impossível! (risos)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Uma certa rádio e a homofobia...


Há algumas semanas um colega de classe, de Campinas, me chamou no bate-papo para me mostrar um áudio gravado de uma rádio limeirense que circula pela internet. No começo ele já se mostrou indignado com o conteúdo da conversa e perguntou se eu conhecia as pessoas que estavam se manifestando naquele áudio. Se trata de um diálogo entre donos de uma rádio local que opinavam de forma preconceituosa sobre a aprovação do primeiro casamento homossexual em Limeira. O assunto é polêmico para algumas pessoas e ao mesmo tempo um bom tema de debate.

Pela segunda vez estou tendo aulas de Ciências Sociais. A primeira foi na graduação de Jornalismo e agora na graduação de Ciências Econômicas com um foco mais voltado para a economia. A estrutura dessa aula na Unicamp é analisar o pensamento dos sociólogos considerados, como um professor definiu, a tríade da sociologia: Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx.

Finalizamos as discussões sobre os estudos do primeiro autor e, para ter base para isto, estudamos en passant trechos de Bauman e Rosanvallon. O que interessa disso tudo para esse assunto são os conceitos de grupos sociais, valores e a estrutura da sociedade. Estruturo meu texto na minha opinião como jornalista tentando tatear o conhecimento adquirido nesse primeiro bimestre de aula.

Qual seu grupo?

Quando alguém pergunta minha religião, respondo “católico não praticante”. Como fui educado nesta religião, passei a apreciar e a ter fé em alguns elementos dela, porém há alguns anos não frequento as missas dominicais. Sou contra um padre - ou pastor, estendendo a crítica a outras religiões - dar sua opinião ferrenha sobre o que os fiéis devem considerar para suas vidas pessoais, mas como é provado, isso é inerte na nossa sociedade.

Se me perguntar onde eu moro, onde trabalho, o que estudo, com quem eu ando... muitas pessoas já me dirão quem sou. Estamos, como é defendido por Bauman, sempre inseridos em grupos sociais. O grupo dos católicos, dos estudantes de economia, dos jornalistas e etc. Isso é fruto da socialização do indivíduo e, mais ainda, produto de valores sociais que praticamente regem nossa vida.

A religião, por exemplo, é considerada por Durkheim como um fator de coesão social, ou seja, ela garante o equilíbrio e a paz na sociedade por pregar valores que são seguidos pelos integrantes deste grupo. Outros grupos menores também têm seus valores, regras e normas baseados na identificação de qualidade e defeitos que se complementam ou se repelem em relação a outros grupos. Cada grupo controla seus indivíduos por meio da coerção social estabelecendo penas aos transgressores, aos chamados “outsiders” como definiu Durkheim.

Portanto, com a revisão de alguns conceitos básicos dos primeiros meses de ciências sociais é possível questionar o leitor: qual o seu grupo social? Você nasceu e foi criado com quais valores? Frequentou quais ambientes e fez amizades com quais tipos de pessoas? Refletindo sobre isso, cada um consegue encontrar, de maneira clara e direta ou indiretamente, quais são suas raízes e o que a sociedade na qual está inserido reza como certo ou errado.

Eu avaliaria o grupo social onde nasci, Limeira, como uma união de pessoas um tanto quanto tradicionalistas e conservadoras (com raras exceções inteligentes). Eu ainda acrescentaria que são pessoas pouco otimistas, afinal quem nunca ouviu a seguinte frase: “Abriu um Mac Donalds na cidade? Vamos ver quanto tempo vai durar...” Além dessa baixa autoestima, os limeirenses com os quais convivi me pareceram extremamente bairristas e com uma forte tendência a se manterem fechados para as novidades da sociedade. Para esse ponto eu vou usar uma citação de Durkheim, do livro “Da divisão social do trabalho”: “quanto mais obscura uma consciência, mais refratária à mudança, porque não vê depressa o bastante que é necessário mudar, nem em que sentido é preciso mudar” (página 17)

Por obscura eu desenharia um limeirense que não se preocupa com o debate social, que se abstém de avaliar quais são os melhores investimentos para a educação em sua cidade e que é facilmente ludibriado pelos políticos carismáticos que usam de obras populares para mostrar serviço e garantir votos e mais votos e, claro, um belo salário por quatro anos.

Opinião? Claro, pode opinar...

Não tiro o direito de ninguém expor sua opinião, mas algumas pessoas deveriam pensar melhor em como expõem essa opinião. O áudio que está circulando a internet começa com a discussão sobre a liberação do primeiro casamento homossexual de Limeira e que, se eu não estou enganado foi de uma pessoa que eu adimiro muito, uma psicóloga conhecida na cidade (a aeromoça de Santos Dumond, como a apelidei). O problema na opinião dessas duas pessoas é a forma como se referem a um “conhecido” da equipe chamando-o de todos os termos pejorativos possíveis que se pode usar para conversar com um homossexual e o uso de um veículo de comunicação para a disseminação de uma opinião sem nenhum embasamento e preconceituosa.

Se não bastasse essa lista de xingamentos, os radialistas ainda usam argumentos ridículos e arcaicos para justificar seu posicionamento contrário ao casamento homossexual. Um deles disse que Deus fez o homem e a mulher com o encaixe perfeito, isso não deveria ser contrariado. Claro que, na minha posição de comunicador, estou melhorando a frase pífia usado por um deles, mas a argumentação seguiu mais ou menos neste sentido, além de dizerem, claro, que não deveria ser dado voz à minoria e deixar os costumes da forma como estavam. A meu ver isso é um claro e explicito reflexo de como tradicionalista e conservador os limeirenses são.

Ser contra o casamento homossexual é um posicionamento pessoal, cabe a cada um, dentro de seu círculo de amizades e dentro de sua família discutir esse assunto. Assim como ser preconceituoso ou nazista... você pode ser, desde que não manifeste, ofenda ou mate ninguém. Agora tornar essa discussão pública de um jeito que denigre ainda mais a imagem aqueles que acreditam que essa conquista é um direito justo e tardio, é no mínimo irresponsável e imaturo.

Cabe aqui um questionamento da responsabilidade dos veículos de comunicação. Não tenho conhecimento de pesquisas quantitativas de ouvintes de rádio em Limeira, mas acredito que esse número seja expressivo simplesmente avaliando a aparente estrutura financeira das empresas de comunicação da cidade. Portanto, com tal importância vêm certas responsabilidades. O comunicador, especialmente o jornalista, deve ser um mediador de opiniões. Quando se fala em isenção jornalística, independência e credibilidade está em discussão (quase que de forma utópica) a capacidade de o jornalista avaliar os fatos e expor ao seu público as versões da verdade e da opinião para que o público consiga, sozinho, formular sua própria opinião e se posicionar.

Com certeza o programa daquela rádio não deve ter uma base jornalística (até porque se tivesse estariam só lendo notícia dos jornais impressos e recolhendo reclamações de ouvintes por telefone e fazendo críticas às autoridades públicas, como é de praxe na cidade). Porém, esse fato não deveria ser usado como justificativa para a liberdade de usar palavras tão grosseiras e emitir opiniões tão preconceituosas e sem nenhuma argumentação convincente. Se quisessem discutir o tema, deveriam ter convidado o casal que recebeu o aval para firmar a relação conjugal e algum profissional que pudesse confrontar a opinião deles (ou delas) de forma civilizada e inteligente.

Vale aqui mais uma frase de Durkheim para reflexão: “As vias de comunicação determinam de maneira imperiosa o sentido em que se fazem as migrações interiores e as trocas, e mesmo até a intensidade de tais migrações, etc”. Este é um trecho de um livro no qual o sociólogo francês explica o que é fato social. Aí ele explica que as vias de comunicação têm um forte poder sobre como os valores são trocados dentro da sociedade.

Este debate chega a um fim óbivio: os meios de comunicação têm sim uma responsabilidade muito grande para com o público, afinal que adolescente ou jovem não foi influenciado por alguma moda lançada pela Globo? Ou que dona de casa não procurou aquele copo que aparece na novela para decorar sua mesa de jantar?

A responsabilidade dos meios de comunicação, quer sejam eles gigantescos, imperiais, ou minúsculos, locais e do interior do estado, deveria ser repensada. Qual é o objetivo da sua rádio? Pra quê ela serve além de tocar música o dia inteiro? Se você abrir um espaço para algum comunicador conversar com seus ouvintes, qual a responsabilidade dele? O que ele tem a acrescentar para a vida dessas pessoas que fazem questão de ligar o rádio para ouvir nem que seja de forma desatenciosa?

E seu jornal e seu programa de televisão? Têm algum objetivo ético e moral? Tem alguma filosofia que ultrapasse a simples crítica política do partido da situação? Sua coluna semanal é só para ficar criticando a roupa da primeira dama, o choro da vereadora ou você tem realmente algo a acrescentar para seus leitores? As notícias que são publicadas nas suas páginas impressas e eletrônicas trazem discussões atuais que mostram todos os lados do fato ou você é incapaz de pensar o jornalismo como uma ferramenta que forma opinião do seu leitor e tenta levar a ele o esclarecimento necessário para ele ter uma qualidade de vida melhor? Você escreve textos curtos pressupondo que seu leitor nunca vai ler um texto bem elaborado independente do tamanho que ele ocupe nas páginas ou prefere cortar todo o conteúdo que valorize o debate em detrimento do anunciante que leva dinheiro para a empresa?

As vezes é preciso parar e refletir sobre qual o seu papel no mundo e se você está aqui para olhar diretamente para o seu umbigo com uma consciência totalmente obscura ou se você consegue levantar a cabeça e olhar que a sociedade evolui e precisa de pessoas inteligentes e pensantes para ajudar a população a enxergar que alguns valores estão ultrapassados e que mantê-los pode até ser considerado um crime (vide o preconceito)...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Manual do estudante vagabundo

Nestes primeiros meses de graduação na Unicamp pude observar alguns tipos muito peculiares e, infelizmente, corriqueiros de alunos durante os cursos. O que segue aqui são constatações ridículas referentes a alguns deles - que na verdade não se pode chamar de estudantes, nem universitários - da Unicamp. Esses tipos não existem apenas aqui na Unicamp, eles estão espalhados por todas as universidades, faculdades e escolas de qualquer nível, infelizmente. Porém, apesar de adaptáveis a outras instituições, as dicas abaixo se encaixam no dia a dia da Unicamp de Campinas e, acredito que na de Limeira também por terem a mesma política.

Você, aluno vagabundo, pode encarar a lista como um manual para ser um aluno totalmente cool, ridículo e descompromissado, que não dá valor nenhum ao dinheiro que é empreendido na sua educação.

- Mesmo que você NÃO trabalhe só leia os textos propostos para a prova;

- Escolha as matérias pela fama do professor, principalmente se ele é "coxa", gíria para professores que não fazem nenhum tipo de cobrança e aprovam grande parte da turma por falta de vontade, empenho ou incompetência. Essa é a melhor forma de conseguir créditos rápidos;

- Não anote nada durante as aulas, mas repare em quem anota - você vai precisar pedir as anotações dele ou dela para tirar xérox;

- Se inscreva em todos os grupos de e-mails e grupos nas redes sociais para obter informações de festas e também para ter acesso fácil aos alunos que estudam. Assim como no caso acima, você vai precisar pedir a esses alunos para disponibilizarem as listas de exercícios ou revisão para prova devidamente preenchidos;

- É importante parecer simpático com os colegas de sala, principalmente se eles não estiverem com o mesmo coeficiente de progressão que você, ou seja, forem bichos/novatos. O fato de você estar com uma porcentagem maior que o resto te dá o falso direito de avaliar as disciplinas e indicar àqueles que querem seguir seu caminho quais são os cursos mais fáceis de se conseguir aprovação;

- Faça comentários bestas e tente discutir com o professor em algum assunto que, por milagre, você saiba discursar com o mínimo de argumentos só para mostrar participação e conseguir pontos extras com professores que ainda contam com a participação da sala como era feito na sétima série e a leitura do livro "Meu pé de laranja lima";

- Seja político, se aproxime de professores que tenham bons contatos ou uma posição importante no instituto. Exemplo é aquele professor que esteja ligado ao centro de intercâmbio da Unicamp: defenda-o, elogie-o e seja amigo dele mesmo que a qualidade desse docente seja totalmente questionável;

- Se interesse muito pelas decisões políticas do instituto ou faculdade que você estuda e fique atento a qual dos lados esse seu professor está ligado; no mundo atual, em alguns casos, importa muito mais quem vai te indicar do que sua capacidade intelectual;

- Coeficiente de Rendimento (CR) na Unicamp é algo importante para todos os alunos que tenham interesses em intercâmbio e até em vagas de estágio em algumas empresas, por exemplo. Se você não consegue indicações, precisa manter um bom CR. Como já foi dito, a melhor forma de melhorar esse número é conseguir disciplinas que sejam de fácil aprovação e sem muitas exigências ao longo do semestre; Se você é novato, contatos com os veteranos é uma ótima forma de descobrir quais são as matérias mais fáceis de conseguir boas notas.

- Se você NÃO precisa trabalhar para viver, é filho de economista e tem uma bela mesada (20 anos de idade com mesada é tremendamente ridículo), um carro na garagem disponível a qualquer momento e pode dormir todas as horas que seu corpo exige para uma boa noite (ou tarde) de descanso, aproveite suas regalias para satirizar quem não tem essas condições e atrapalhe a aula saindo no meio de explicações importantes ou, como dito anteriormente, tomando um grande tempo com uma discussão sem nenhum sentido. Quanto mais você atrapalhar o desenvolvimento da aula, mais o professor não poderá seguir o cronograma e menos os outros alunos vão aprender o que devem. Viva o liberalismo e a concorrência capitalista! Esmague seus oponentes da melhor forma!

- Todas essas características isso te dá um coeficiente informal dentro dessa vidinha de universitário vagabundo: Coeficiente de Mal Caráter (CMC);

Agora... se mesmo você fazendo tudo isso, se matricular em um curso e não conseguir dar conta do recado porque as exigências estão além do que te falaram e todo o tempo disponível que você tem não é suficiente para resolver seus próprios exercícios e estudar sozinho, parabéns! Sendo o CMC um valor de 0 a 1, o seu passou de 1 faz tempo!!

Por favor, não atrapalhe quem quer aprender. A universidade é um período de desenvolvimento intelectual ou de amadurecimento intelectual para aqueles que estão ingressando. É um momento único (a não ser que você precise refazer a matéria porque não conseguiu média para ser aprovado) de trazer os conceitos desenvolvidos por autores clássicos para sua vida pessoal e profissional, de entender a dinâmica da sociedade e da história do homem e se aperfeiçoar cada vez mais na área que você escolheu.

Um texto não serve apenas para decorar conceitos e aplicá-los na prova ou na resenha exigida, assim como uma discussão em sala não é um momento de exibição gratuita. A formação acadêmica tem um propósito nobre formar profissionais qualificados que tenham a capacidade de pensar nossa sociedade de uma forma crítica e propor à ela soluções que melhorem o relacionamento entre pessoas e não apenas entre cifras e valores monetários.

Se formam economistas, engenheiros, professores para fazerem a diferença e inovarem em suas áreas de atuação e criar mecanismos que possibilitem um melhor desenvolvimento das forças produtivas, aumente os empregos, a renda dos trabalhadores, que possibilite mais qualificação a todos.

Encare essas horas que você precisa ficar na cadeira da faculdade/universidade como os melhores momentos da sua vida. Não os coloque no topo apenas porque haverá festas diárias ou um churrasco em plena segunda-feira na república do seu amigo. Estes são os melhores momentos porque, para muitos, serão os únicos nos quais poderão ter contato com professores e pesquisadores realmente inteligentes e que conseguem transmitir todo o conhecimento em prol da formação de estudantes com os quais não têm nenhum vínculo senão aquele que envolve o comprometimento louvável de mestres que acreditam que a educação é o melhor caminho para diminuir as injustiças sociais!

Diga-se de passagem àquele aluno que segue o manual do aluno vagabundo: injustiças sociais que você ajuda a acentuar quando pensa apenas no dinheiro como fim de interesses privados e não como meio para mudar algo na vida de alguém (mesmo que seja numa empresa extremamente capitalista) e principalmente quando perde a civilidade e o respeito por quem não encara essa lista com risos e identificações pessoais (falando de forma mais clara: aqueles que não vestem a carapuça deste texto).

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Um pouco além do complemento...

Como parte da formação proposta pela disciplina Ciências Sociais para Economia, na Unicamp, estamos lendo algumas seleções de Emile Durkheim e eis que, no meio do texto sobre divisão do trabalho aparece uma frase que achei muito bonita e resolvi compartilhar:

A imagem daquele que nos completa se torna, em nós mesmos, inseparáveis da nossa, não apenas porque é frequentemente associada a ela, mas sobretudo porque é seu complemento natural: ela se torna, pois, parte integrante e permanente da nossa consciência, a tal ponto que não podemos mais dispensá-la e que buscamos tudo o que pode aumentar sua energia (...) é por isso que apreciamos a companhia que ela representa (e) sofremos com todas as circunstâncias que, como a distância ou a morte, podem ter por efeito impedir seu retorno ou diminuir sua vivacidade

=D

Fonte: DURKHEIM, Emile. Da divisão social do trabalho. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. (O link ao lado é para download do livro no site 4shared).

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Alunos públicos em escolas públicas - esse é o caminho justo!


O número de estudantes de escolas públicas do ensino médio matriculados nos cursos de graduação da Unicamp aumentou de 2010 para 2011. Tudo bem, está um pouco tarde para falar sobre estatísticas e o crescimento é até pequeno, mas algumas pesquisas informais feitas recentemente dão algumas informações bem interessantes sobre o fato. Porém enquanto tentamos influenciar alguém a pensar na graduação como um futuro vantajoso, alguns adolescentes só pensam naquilo!
Uma das pesquisas foi feita no começo do semestre, em agosto, quando começamos o curso de Ciências Sociais para Economia na graduação de Ciências Econômicas na Unicamp. Como é de praxe com alguns professores, o primeiro dia de aula teve uma apresentação rápida dos alunos. O fato mais interessante é que de toda a sala, que devia estar com cerca de 40 alunos aquele dia, a grande maioria disse que estudou em escolas públicas no ensino médio.

O fato foi bem curioso e surpreendente até para o professor. Um certo consenso (com um quê de preconceituoso) nos faria pensar que em uma turma de futuros economistas só deveria haver alunos das melhores escolas particulares de Campinas e região (pensamento seguido por aquele olhar de desdém). Porém, o perfil dos alunos do curso de economia do período noturno é em si interessante. No vestibular de 2011 foram aprovados 35 alunos para esse período (ao todo 105 alunos ingressaram no curso de Ciências Econômicas na Unicamp: 70 no diurno e 35 no noturno).

Dos futuros economistas, uma parte considerável já está na sua segunda graduação. Ali tem formados em Jornalismo (eu), Imagem e Som, Relações Internacionais, História, Tecnólogo em Mecatrônica e Direito, além de outros alunos que já tinham cursado de um a três anos outra graduação na Unicamp ou em outras universidades públicas. Essa era uma informação que tínhamos desde o começo do curso, março, mas a quantidade de alunos vindos de escolas públicas foi algo novo.

NÚMEROS

Voltando à participação dos alunos de escolas públicas nas matrículas da graduação da Unicamp, alguns dados da Comissão Permanente para o Vestibular (Comvest) da Unicamp mostram valores consideráveis. A pesquisa está disponível no site da Comvest (WWW.comvest.unicamp.br) e os dados fornecidos são baseados nas informações que os vestibulandos fornecem durante o processo seletivo.

Foquei minha pesquisa na participação de alunos vindos do ensino médio das escolas públicas. Em 2010, dos 3.536 inscritos nas graduações da universidade, 1.030 (29,1%) informaram terem cursado o Ensino Médio em escola pública; em 2011, foram 1.148 (31,9%) dos 3.601 inscritos. Um aumento de 118 pessoas ou 2,2 pontos percentuais.

O crescimento parece pequeno, mas uma notícia divulgada pela Comvest mostra que a participação desses alunos foi recorde na Unicamp. A porcentagem mostra o impacto positivo do Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social promovido pela universidade, está entre as maiores dos últimos anos e reverte a tendência de queda verificada desde 2009.

Este fato deve ser estímulo para quem pensa que é impossível ser aprovado em um vestibular como o da Unicamp – e eu sei que existe adolescentes e mães que pensam assim, infelizmente. E mais...

Estatística dos matriculados em 2010

Estatística dos matriculados em 2011
Fonte: Comvest - Unicamp

COMPORTAMENTO

Essa informação se encaixa com os comentários que ouvi sobre o Unicamp de Portas Abertas (o famoso UPA) que ocorreu na última semana, nos dias 2 e 3 de setembro. Uma pessoa com quem conversei disse ter reparado o desdém de alguns alunos e o grande interesse de outros. O que me surpreendeu também foi quais alunos pertenciam aos dois grupos mencionados.

“Apelidamos o UPA de Unicamp de Pernas Abertas, o evento parecia uma micareta de carnaval, em todos os lugares tinha adolescente se beijando”, disse essa pessoa. Uma situação que deve ter sido vergonhosa de se presenciar em um ambiente acadêmico como a Unicamp. Depois de ter comentado que infelizmente os alunos de ensino médio de hoje em dia não têm mais interesse em cursar uma graduação e entrar para a vida acadêmica, essa fonte comentou que diferente do que pensávamos, os alunos de escola pública eram os mais interessados nas palestras e eventos do UPA, enquanto que quem se comportava como se estivesse em uma micareta eram os alunos de escolas particulares. “Só vão ao UPA os alunos de escola pública que estão realmente interessados em cursar algo na Unicamp até porque muitos não têm dinheiro para pagar a viagem até lá e por isso eles ficam bem interessados, fazem perguntas e participam de várias palestras”, disse.

Não podemos generalizar, mas é estimulante saber que alunos de escola pública estão tão interessados em ter uma graduação de qualidade e pública. É difícil se deparar com notícias que relatem eventos nas escolas de Ensino Médio do Estado que incentivem os alunos a escolherem uma graduação e os ajudem a entender melhor as profissões que pretendem seguir. Um dos professores do cursinho pré-vestibular que fiz no ano passado criticava as ONGs justamente por conta da inexistência de programas com essa finalidade para adolescentes e comunidades carentes.

A arte e o esporte têm seu valor de inclusão e proteção desses jovens contra a violência das ruas, mas nenhuma ONG ou escola parece se preocuparem com o que será dos estudos desses alunos depois do jogo de futebol ou da aula de capoeira. Na verdade o que falta ai é vontade de mudar a vida de alguém. Acredito que não seja difícil reunir uma vez por mês ou durante um dia todo profissionais das mais diversas áreas e/ou alunos de graduações diferentes para conversarem com esses jovens carentes sobre o que é ser um jornalista, um economista, um dentista, um físico nuclear ou qualquer outra profissão que passe pelos bancos das universidades. O que falta para esses jovens é perspectiva.

As escolas de ensino médio e fundamental têm um papel muito importante na formação profissional e pessoal dessas crianças e adolescentes a meu ver. Se os professores (quando há bons professores e motivados) deveriam estimular desde cedo a pesquisa sobre as diferentes profissões, mostrar às crianças as possibilidades de estudo e de trabalho que cada área apresenta e trabalhar os estudos desses estudantes com um foco direcionado à educação superior e à melhora da qualidade de vida que uma graduação pode proporcionar.

Fica aqui minhas constatações e uma sugestão simples de ser adotadas por professores e escolas estaduais: levem estudantes e profissionais para conversar com os alunos; estimulem os alunos que têm vontade de cresces e estudar; estimulem os pais desses alunos a enxergarem as possibilidades e benefícios que uma graduação pública pode fornecer aos alunos. Uma frase que um professor me disse uma vez se encaixa nessa hora: o bom mestre é aquele que faz o aprendiz superá-lo. Alguém pensa nisso hoje em dia?

Korea K-Pop - existe pop do outro lado do mundo!

E quem disse que só os Estados Unidos conseguem lançar música pop de qualidade??? Se Britney Spears, Beyoncé, Madonna, Lady Gaga, Justin Bieber e Christina Aguilera dominam o mercado pop ocidental, do outro lado do mundo grupos de meninas e meninos estão fazendo tão sucesso que já até ganharam lista na mais importante revista sobre música! Para quem só ouve notícias políticas sobre as Coréias, ver que lá tem uma batida Pop superforte é surpreendente...

Há algumas semanas estava assistindo à MTV e estava sendo (re)apresentado um show beneficente em prol do Japão. Entre números da Katy Perry foram exibidos alguns músicos e músicas orientais que apresentaram coreografias e músicas muito legais, dançantes e animadas - tanto que realmente parei para adimirá-los. Fiquei um tempo sem ver nada referente àquela parte do mundo, eis que um dia no Shopping Dom Pedro, em Campinas, vi um clipe sendo exibido em uma dessas TVs de vitrine. Fizemos questão de esperar para ver o nome do grupo: So Nyuh Shi Dae, no inglês Girls Generation.

São nove meninas da Coreia do Sul, em formação desde julho de 2007 (segundo o site Wikipedia). O fato é que para quem gosta de Pop, as músicas são muito legais. Na minha opinião não ficam devendo em nada para algumas das estrelas do Pop ocidentais, principalmente para os grupos como Pussycat Dolls e as novatas Electric Barbarellas. Além do que são realmente bonitas e bem produzidas! Resolvi pesquisar mais hoje...

E o estilo deve estar tão forte na Ásia que ganhou até um ranking no site mais famoso de músicas: Bill Board!! Caramba!!! Com o nome Korea K-Pop Top 100, a lista traz as melhores músicas da Coreia. Agora vamos parar e pensar: é um TOP 100!! E você já tinha ouvido falar de Girls Generation, Sistar, Mina, Davichi, G.NA e os masculinos como Super Junior? Vale a pena entrar no site da Billboard.com para conferir esses grupos. Os clipes são animados, coloridos, com histórias criativas, coreografias simples mas bem produzidas e a música, como já falei, muito dançante, animada e, algumas, viciantes!!

Vou colocar algumas que eu realmente gostei aqui:







Ainda em tempo:

1) Para dar risada:


2) Os anúncios publicitários no Youtube começaram a irritar...