segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Uma voltinha de busão....
O ônibus, mais conhecido como “busão” entre os jovens, é um meio de locomoção do qual várias pessoas dependem diariamente. Isso é, de certa forma, um fato positivo até porque se todos que andam de ônibus também tivessem carro, o trânsito que já está ruim ficaria ainda pior... e isso ninguém merece. Enquanto leva trabalhadores e estudantes para lá e para cá, os ônibus são palco de comentários e histórias e situações engraçadas e inusitadas.
Da Praça do Museu até a Avenida Campinas, em Limeira, são cerca de 10 ou 15 minutos de ônibus, um trajeto relativamente rápido dependendo da linhas que se escolhe para ir de um ponto ao outro. Na noite de hoje, subi no primeiro ônibus que apareceu no principal ponto do Centro, o linha “02 - Olga Veroni”. Junto comigo, cerca de 10 pessoas também tomaram seus acentos no veículo para voltar para a casa, dois deles eram dois trabalhadores da Viação Limeirense, provavelmente um motorista e uma cobradora.
O veículo que peguei era um desses novos, adaptados para cadeirantes. Os assentos ainda estão bonitos, tudo muito limpo, o letreio que informa a linha e o destino final bem visível. Tudo muito bonito e que fique assim por um bom tempo e que os vândalos não resolvam atacá-los. Depois de descer a Rua Boa Morte, o motorista, assim como uma parte considerável dos motoristas do transporte coletivo de Limeira, precisou passar pelo Terminal Urbano Rodoviário.Do projeto que o ex-secretário de Transportes, José Augusto Ferreira Camargo, me apresentou para uma matéria sobre o tema há cerca de um ano e meio para o que se encontra no local, diria que falta metade do que foi prometido.
Na planta que ele apresentou certa vez na sua sala da secretaria, o local deveria ter uma cobertura geral, e não apenas pontos cobertos, lojas e uma prédio para a administração das empresas do transporte coletivo. A justificativa da prefeitura para que o local não esteja como o prometido ainda é que as empresas que fazem o serviço público é que devem concluir a obra. Se cumprirem tudo bem...
Depois de ter passado a rotatória que fica ao lado do terminal, o motorista finalmente entrou em uma das vias de acesso para o local. Logo da entrada dava para ver todos os pontos vazios. Por outro lado, as ruas que compõe esse terminal estavam cheias de carros dos estudantes de uma escola que fica bem em frente ao terminal. Apesar de não ter nenhuma placa impedindo o estacionamento no local, pelo menos não consegui avistar nenhuma a noite, esses motoristas não têm muito senso de espaço.
O ônibus sendo um veículo grande consequentemente precisa de espaço para fazer suas curvas. E não é que bem em uma das curvas mais “acentuadas” que o motorista do ônibus precisa fazer para sair do terminal não tinha um carro estacionado? Não sou bom com marcas de carro, mas diria que era um Monza azul marinho parado bem em frente a uma das saídas das ruas, uma via que o motorista deveria entrar para voltar ao seu trajeto normal. E foi com maestria que o condutor do veículo conseguiu fazer sua curva sem encostar em nenhum dos carros estacionados dos dois lados da via. Lógico que o cobrador colocou a cabeça para fora da janela para verificar se o ônibus encostaria ou não no carro. Enquanto isso os passageiros do lado oposto olhavam pela janela para conferir o espaço entre o lado esquerdo e um carro cinza parado a menos de dois metros da saída. Se fosse eu ali estaria todo suado de virar o volante e depois de várias rés e primeiras marchas conseguiria voltar normalmente para o meu caminho...
O motorista que estava de passageiro ainda brincou. “Ainda bem que fui eu que te ensinei!” Risos do restante dos passageiros, claro.
Outro fato curioso foi a reação de uma mulher sentada bem na minha frente, em um daqueles bancos altos em cima da roda do veículo. Ao passar pelo terminar todo iluminado, mas sem nenhum passageiro ela disse: “Ai motorista, olha quantos fantasminhas para você pegar de passageiro. Olha ai os fantasminhas do (prefeito Silvio) Félix. Tem até um dormindo”, disse se referindo a um mendigo que estava deitado em um dos pontos cobertos do local. Se não serve para passageiros, pelo menos alguém encontrou um quarto bem iluminado...
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