domingo, 20 de maio de 2012
Katy Perry - Wide Awake (Lyric Video)
Artista que não inova, sem dúvida fica sem destaque nenhum. Mesmo sem lançar nenhuma música nova, a cantora Katy Perry está sempre lançando clipes e animações com as letras de seu último CD. Este último vídeo foi lançado hoje, domingo 20 de maio, e traz uma animação com a página dela do Facebook! Achei muito criativo a forma como ela mostra a trajetória desse último CD e mescla com as letras da música "Wide Awake". Vale a pena conferir pela inovação na forma de mostrar a música aos seus fãns.
Uma arte em três semanas...
Falta de tempo dá nisso, fiquei três semanas fazendo essa peça de biscuit, mas finalmente terminei. A arte de Romero Britto é sensacional e uma fonte incrível de inspiração. Quem sabe um dia ainda não chego aos pés dele... =)
sábado, 19 de maio de 2012
Absurdos da educação
Quando
conversamos com professores em exercício ou simplesmente em rodas de amigos não
é difícil ficar perplexo com alguns casos que são contados. São coisas tão
ridículas que não pensamos ser possível sair da boca de um “profissional” que têm
em seus diplomas uma palavrinha que se chama licenciatura.
A indignação
deste texto está em dois casos que ouvi esta semana sobre professores de
escolas técnicas de Limeira. O primeiro é de um professor que diz em alto e bom
som que quem faz graduação em Química em universidades públicas é nerd.
Apesar de
ficar provado em estudos sobre as classes brasileiras que pobres pouco chegam
nas universidades públicas, há um outro lado da estatística que mostra que
esses números estão mudando especialmente por conta dos programas de cotas.
Enfim, influenciar um aluno dizendo que só nerds conseguem fazer um curso numa
universidade pública é algo tão antiético e representa uma falta de
profissionalismo tremenda que a escola deveria ficar mais atenta e punir uma
atitude como esta.
O segundo
ponto foi ouvir que uma professora do mesmo curso leva os melhores alunos do
curso técnico para a graduação na mesma área em uma faculdade particular da
cidade. E uso as palavras de uma conhecida para mostrar a indignação deste
ponto: “Será que ela não percebe que ela está prejudicando os alunos com isso?”
É mais um
absurdo enorme ouvir um caso como este. Os professores, quer seja do Ensino
Médio, quer seja do Ensino Técnico, deveriam incentivar seus alunos a se
dedicarem aos estudos e tentar uma carreira nas universidades públicas e
principalmente mostrar a eles que não é impossível entrar numa graduação pública,
como muita gente pensa. Basta dedicação aos estudos, foco no vestibular e,
claro, uma perspectiva realista sobre o curso e sobre o que é a real vida
universitária. Infelizmente os alunos não são influenciados da maneira correta.
Um dos
principais pontos que atrapalham o foco dos alunos é a falta de preparação dos
próprios professores que estão atuando nestas redes de ensino. O ensino não
deve se pautar única e exclusivamente para o vestibular, como muitos educadores
criticam. O ensino deve ir além e incentivar os alunos a se dedicarem às áreas
de interesse. Um aluno que se interessa por português deve receber do professor
dicas e orientações sobre quais são as possibilidades de carreira de alguém que
se forma em letras ou jornalismo, por exemplo. Indo além, o professor, que
pressupõe-se ser uma pessoa com um nível de estudos elevado, deve mostrar todas
as possibilidades para esse aluno: linguística, sociolinguística,
neurolinguística, análise do discurso e etc. O que acontece, na verdade, é uma
limitação enorme da capacidade de o aluno enxergar além do livro didático de
português que ele vê em sua frente e, claro, uma incapacidade de o professor
informar aos alunos quais os caminhos possíveis de sua graduação.
Outro ponto
que também atrapalha, e muito, é a falta de informação ou as propagandas
enganosas sobre a vida universitária. Uma coisa é fato: a vida universitária é
cheia de festas. Na Unicamp, por exemplo, tem festas todas as quintas-feiras em
diversos lugares na Cidade Universitária. Porém, algo que alguns alunos só
percebem depois de algumas noitadas é que existe vida além das festas, ou
melhor, existem provas, existem compromissos e existe toda uma carreira a ser
caminhada que não depende da quantidade de álcool ingerida, mas sim da
quantidade de horas de dedicação aos estudos.
O outro
ponto dessa falta de informação é quanto as possibilidades que a universidade
fornece aos alunos para que ele permaneça dentro de seu curso e consiga estudar
sem muitas preocupações financeiras. Há bolsa-moradia, bolsa-alimentação,
oportunidades de estágio, bolsas de iniciação científica e toda uma gama de
incentivos financeiros para alunos pobres ou não que tornam ainda mais atrativa
a vida universitária. Porém, com todas essas oportunidades, quantos alunos são
informados sobre esses benefícios e quantos são informados sobre a quantidade
de festas que acontecem ao redor de sua instituição de ensino?
Nesta
discussão cabe também uma crítica à universidade e aos governos. Pouco do que é
produzido dentro da universidade é levado até as escolas estaduais. Apesar de
existirem jornais destas instituições (tanto públicas quanto privadas) o foco
das publicações é o mercado de trabalho, enquanto deveria ser os estudantes de
Ensino Médio, Fundamental e Técnico também. Deve-se mostrar aos alunos o que é
uma vida acadêmica e o que é produzido nela. As matérias destes jornais das
universidades públicas são muito interessantes, mas parece que não recebem o
destino correto. Eu, particularmente, nunca vi nas escolas da rede estadual que
estudei os jornais dessas instituições. Além disso, voltando a crítica aos professores,
também não lembro de nenhum professor comentar sobre as produções acadêmicas.
Finalmente,
voltando aos dois professores da escola técnica de Limeira, eles são exemplos
brilhantes de profissionais ridículos. Levar alunos bons para uma faculdade
particular que está indo muito mal das pernas é limitar a capacidade do aluno.
Dizer aos mesmos alunos que cursar uma universidade pública é exclusividade de
nerds é deixar alunos envergonhados ou reprimir a vontade daqueles poucos que
ainda querem uma vaga no Ensino Superior público.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Keynes em tópicos por ele mesmo
Devo ter comentado que tudo me pareceu mais agradável que estudar Keynes, mas, apesar de ainda não ter acabado de ler todos os capítulos indicados na aula de Macroeconomia, vou tentar colocar os principais pontos e definições que ele faz em sua Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda.
Desempregos admitidos para os economistas clássicos:
Desemprego friccional: imperfeições que são obstáculo para o pleno emprego, como exemplifica Keynes essas barreiras podem ser: desproporção dos recursos especializados, atrasos decorrentes de mudanças imprevistas;
Determinação do emprego na Teoria Clássica: Para os economistas clássicos o volume de emprego determinado pelo ponto de intersecção entre as curvas de demanda e de oferta, ou seja, entre o quanto o capitalista quer vender e o quanto o trabalhador cobra para ter o desprazer de trabalhar. Isso pressupõe que tanto trabalhador quanto capitalista têm condições iguais de determinar o nível de emprego
Porém, ele mostra que isso não é válido e faz duas objeções: 1ª) quanto ao comportamento dos trabalhadores – ele considera que é impossível que um trabalhador desempregado se recuse a um emprego só porque houve redução de salários reais; 2ª) é contestada a hipótese de que o nível geral dos salários reais é determinado pelas negociações salariais já citadas – Keynes diz que são “outras forças que primordialmente determinam o nível geral dos salários reais” (p. 42). Frente a essa oposição aos clássicos ele afirma:
“Há desempregados involuntários quando, na eventualidade de uma ligeira elevação dos preços dos bens salariais relativamente aos salários nominais, tanto a oferta agregada de mão-de-obra disposta a trabalhar pelo salário nominal corrente como a procura agregada da mesma ao dito salário sejam superiores ao volume de emprego existente.” (p. 44)
- Lei psicológica fundamental: diz que “os homens estão dispostos a aumentar o seu consumo quando o seu rendimento cresce, embora não no mesmo grau em que aumenta o seu rendimento” (p. 113), ou seja, as variações de Cw e Yw terão sempre o mesmo sinal, mas ΔCw é sempre menor que a ΔYw. Por isso ocorrer, Keynes considera que a poupança deve crescer, uma vez que nem toda renda acrescida será consumida. Ocorre também variações de iguais valores, mas proporções diferentes entre a poupança e a renda medida em salários.
- multiplicador: “estabelece uma relação precisa entre o emprego e o rendimento agregados e o fluxo de investimento” (p. 128). “O multiplicador diz em que proporção terá de aumentar o emprego para provocar um acréscimo no rendimento real suficiente para induzir o público a realizar uma poupança adicional, e é função das suas propensões psicológicas” (p. 132)
- Eficiência Marginal do Capital. “Mais precisamente, defino a eficiência marginal do capital como sendo a taxa de desconto que faria com que o valor presente da série de anuidades dadas pelos rendimentos esperados desse capital durante toda sua existência fosse exatamente igual ao seu preço de oferta” (p. 147) Quando há muitos investimentos num mesmo setor, EMgK tende a diminuir porque a oferta nesse setor aumenta muito diminuindo a expectativa de rendimento e também porque a pressão da demanda pelos bens de K desse setor faz com que aumente o seu preço.
- "Risco do empresário ou mutuário e surge das dúvidas que o mesmo tem quanto à probabilidade de obter efetivamente a retribuição prospectiva que espera. Quando alguém arrisca o próprio dinheiro, esse é o único risco que é pertinente.” (p. 154);
- Risco do mutuante: “Este pode dever-se ou a um risco moral, isto é, um inadimplemento voluntário ou qualquer outro meio, eventualmente lícito, de fugir do cumprimento da obrigação, ou à possível insuficiência da margem de segurança, isto é, um não cumprimento involuntário causado por uma expectativa malograda.” (p. 155)
Desempregos admitidos para os economistas clássicos:
Desemprego voluntário: “devido à recusa ou incapacidade de determinada unidade de mão-de-obra em aceitar uma remuneração equivalente à sua produtividade marginal, em virtude da legislação, dos costumes sociais, de uma coligação para efeitos de contrato coletivo de trabalho, ou ainda, da lentidão a adaptar-se às mudanças ou, simplesmente, em consequência da obstinação humana.” (p. 36)
Desemprego friccional: imperfeições que são obstáculo para o pleno emprego, como exemplifica Keynes essas barreiras podem ser: desproporção dos recursos especializados, atrasos decorrentes de mudanças imprevistas;
Determinação do emprego na Teoria Clássica: Para os economistas clássicos o volume de emprego determinado pelo ponto de intersecção entre as curvas de demanda e de oferta, ou seja, entre o quanto o capitalista quer vender e o quanto o trabalhador cobra para ter o desprazer de trabalhar. Isso pressupõe que tanto trabalhador quanto capitalista têm condições iguais de determinar o nível de emprego
Porém, ele mostra que isso não é válido e faz duas objeções: 1ª) quanto ao comportamento dos trabalhadores – ele considera que é impossível que um trabalhador desempregado se recuse a um emprego só porque houve redução de salários reais; 2ª) é contestada a hipótese de que o nível geral dos salários reais é determinado pelas negociações salariais já citadas – Keynes diz que são “outras forças que primordialmente determinam o nível geral dos salários reais” (p. 42). Frente a essa oposição aos clássicos ele afirma:
“Há desempregados involuntários quando, na eventualidade de uma ligeira elevação dos preços dos bens salariais relativamente aos salários nominais, tanto a oferta agregada de mão-de-obra disposta a trabalhar pelo salário nominal corrente como a procura agregada da mesma ao dito salário sejam superiores ao volume de emprego existente.” (p. 44)
Custo de
fatores:
montantes
pagos pelos empresários aos fatores de produção por seus serviços habituais; É
também considerado a renda dos fatores de produção;
Custo de
uso: montantes que o empresário paga
a outros empresários pelo o que ele compra, “juntamente com o sacrifício que
faz utilizando o seu equipamento em vez de o deixar ocioso” Keynes diz em na
terceira nota de rodapé que esse custo depende do grau de integração da
indústria e da importância das compras que os empresários realizam entre si.
Lucro
ou renda
do empresário
é “a
diferença entre o valor da produção resultante e a soma do custo de fatores e
do custo de uso.
Renda total
ou renda
agregada do emprego oferecido pelo
empresário é custo de fatores + lucro, é também chamada de produto
do determinado nível de emprego considerado.
O volume de emprego depende do nível de receita que
os empresário esperam receber da correspondente produção. “O volume de emprego é determinado pelo ponto de interseção da função
demanda agregada e da função da oferta agregada [dadas a condições de produtividade específicas], pois é nesse ponto que as
expectativas de lucro dos empresários serão maximizadas.” (p. XX)
- expectativas
de curto prazo: relaciona-se
com o preço que um fabricante pode esperar obter pela sua produção “acabada”,
no momento em que se compromete a iniciar o processo que o produzirá,
considerando que os produtos estão acabados quando prontos para serem usados ou
vendidos a outrem; expectativas relativas ao custo da produção em diversas
escalas e expectativas relativas ao produto da venda desta produção;
- expectativas de longo
prazo: refere-se ao que o empresário
pode esperar ganhar sob a forma de rendimentos futuros, no caso de comprar
produtos acabados para os adicionar a seu equipamento de capital.
- propensão a consumir é o consumo
medido em unidades de salário (Cw) em função da renda medida em unidades de
salário (Yw):
Cw = X(Yw) ou
C=W.X(Yw)
“O montante que a
comunidade despende com o consumo depende, evidentemente: i) em parte, do montante do seu rendimento; ii) em parte, das outras circunstâncias objectivas atinentes; e,
iii) em parte, das necessidades
subjectivas, propensões psicológicas e hábitos
dos indivíduos que a compõem, bem como dos princípios que governam a repartição
do rendimento entre eles (que podem sofrer alterações com o aumento da
produção).” p. 108- Lei psicológica fundamental: diz que “os homens estão dispostos a aumentar o seu consumo quando o seu rendimento cresce, embora não no mesmo grau em que aumenta o seu rendimento” (p. 113), ou seja, as variações de Cw e Yw terão sempre o mesmo sinal, mas ΔCw é sempre menor que a ΔYw. Por isso ocorrer, Keynes considera que a poupança deve crescer, uma vez que nem toda renda acrescida será consumida. Ocorre também variações de iguais valores, mas proporções diferentes entre a poupança e a renda medida em salários.
- multiplicador: “estabelece uma relação precisa entre o emprego e o rendimento agregados e o fluxo de investimento” (p. 128). “O multiplicador diz em que proporção terá de aumentar o emprego para provocar um acréscimo no rendimento real suficiente para induzir o público a realizar uma poupança adicional, e é função das suas propensões psicológicas” (p. 132)
- Eficiência Marginal do Capital. “Mais precisamente, defino a eficiência marginal do capital como sendo a taxa de desconto que faria com que o valor presente da série de anuidades dadas pelos rendimentos esperados desse capital durante toda sua existência fosse exatamente igual ao seu preço de oferta” (p. 147) Quando há muitos investimentos num mesmo setor, EMgK tende a diminuir porque a oferta nesse setor aumenta muito diminuindo a expectativa de rendimento e também porque a pressão da demanda pelos bens de K desse setor faz com que aumente o seu preço.
- "Risco do empresário ou mutuário e surge das dúvidas que o mesmo tem quanto à probabilidade de obter efetivamente a retribuição prospectiva que espera. Quando alguém arrisca o próprio dinheiro, esse é o único risco que é pertinente.” (p. 154);
- Risco do mutuante: “Este pode dever-se ou a um risco moral, isto é, um inadimplemento voluntário ou qualquer outro meio, eventualmente lícito, de fugir do cumprimento da obrigação, ou à possível insuficiência da margem de segurança, isto é, um não cumprimento involuntário causado por uma expectativa malograda.” (p. 155)
- estado da expectativa a longo prazo: “o nosso método habitual consiste em tomar a situação actual
e projectá-la para no futuro, modificando-a apenas na medida em que tenhamos
razões mais ou menos precisas para esperarmos uma alteração” (p. 158)
- estado de confiança: O estado da expectativa a longo prazo depende também da confiança
com que é feita o prognóstico, ou seja, “da maior ou menor convicção com que
encaramos a eventualidade de o nosso melhor prognóstico se revelar
rendondamente falso” (p. 158) – também chamado de estado de confiança.
Sua importância está no fato de que ele afeta a curva da EMgK.
- Convenção: “A essência desta
convenção (...) reside em pressupor que o estado de coisas existentes
continuará por tempo indefinido, a não ser que tenhamos razões específicas para
esperar uma mudança” (p. 161)
- Especulação é a “atividade que
consiste em prever a psicologia do mercado” e a medida que progride a
organização dos mercados de investimento, aumenta o risco de um predomínio da
especulação.
- Animal Spirit: “Na maior parte dos casos, provavelmente, quando decidimos
fazer algo positivo cujas consequências finais só produzem os seus efeitos passado
muito tempo, só o fazemos impelidos pelos espíritos animais
– por um impulso espontâneo para agir, em vez de não fazer nada –, e não em
consequência de uma média ponderada de benefícios quantitativos multiplicados
pelas respectivas probabilidades quantitativas” (p. 169)
- Taxa de Juro: “Com efeito, em si, a taxa de juro
mais não é do que o inverso da relação existente entre uma soma de dinheiro e o
que se pode obter desistindo do controlo sobre esse dinheiro em troca de uma
dívida, por um prazo determinado (...) (é) a recompensa da renúncia à liquidez
(...) É o preço que estabelece o equilíbrio entre o desejo de manter a riqueza
em forma líquida e a quantidade de moeda disponível” (p. 174-5)
- Motivações para um agente preferir a liquidez: transação, precaução
e especulação.
- Relação causal entre taxa de juros e oferta de moeda: “Regra geral, podemos supor que a curva da
preferência pela liquidez que relaciona a quantidade de moeda com a taxa de
juro é uma curva contínua ao longo da qual a taxa decresce à medida que a
quantidade de moeda aumenta.” (p. 178)
- Taxa de Juros para a Teoria Clássica: A tradição clássica considera a taxa de juro o “fator que
leva ao equilíbrio entre a procura de investimentos e a disponibilidade para
poupar” (p. 182) A poupança é a oferta de recursos e o investimento é a demanda
por recursos, sendo assim a taxa de juro é o fator que torna os dois fatores
iguais. Essa taxa é ficada no ponto em que ocorre essa igualdade.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Ok, agora eu vou estudar!
Como estava conversando com colegas de sala, parece que tudo é mais útil que estudar, inclusive lavar louça, fazer faxina, levar o cachorro para passear e etc. E nessas horas a internet é a maior vilã. Precisam inventar um aplicativo para todos os navegadores nos mesmos moldes daqueles de "controle para pais", só que um "controla para estudos": em determinada hora, esse aplicativo te impede de acessar toda e qualquer página que não tenha nada a ver com a matéria que você está estudando. Além de, claro, bloquear e-mail e facebook, afinal, é só aparecer um número um (1) em qualquer aba desses sites para se perder todo aquele esforço de entender um parágrafo complicado ou resolver um exercício difícil!!!
Enfim... enquanto ainda não descobri esse aplicativo, continuo "perdendo" tempo na internet. Além de encontrar mil e um filmes para baixar, resolvi pesquisar sobre como usar coletes masculinos. Assunto que definitivamente não tem nenhuma ligação com Keynes (se bem que na capa do meu livro Keynes aparece usando um colete de alfaiataria bem bonito! rsrsrs). Nessa completa viagem encontrei um site bem legal: Moda para homens.
O site traz dicas bem interessantes, além de trazer posts sobre o universo masculino super irônicos que valem uns cinco ou dez minutos de leitura para distrair ou para se informar sobre o que está rolando nesse mundo tão "louco" da moda. É uma pena ser pobre e gordo e não poder acompanhar todas as tendências, mas serve de inspiração para uma próxima fase ou uma próxima reencarnação! hahahaha
Passado o momento divagação, hora de estudar!
Gostei dessa imagem que roubei do site:
Hahahahha
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Imagens de um fim de tarde no bosque
As vezes é bom parar e apreciar a paisagem. Quantas pessoas não passam por esse lugar e não reparam nesses presentes. =)
segunda-feira, 7 de maio de 2012
A sofisticação da reportagem: análise das reportagens da revista piauí - agora na internet
Depois de pouco mais de três anos, finalmente tomei um gole de vergonha e coloquei meu Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo. Meu trabalho foi um estudo sobre os recursos do jornalismo literário que são usados na revista piauí até 2008 e recebeu o nome de "A sofisticação da reportagem: uma análise dos recursos do jornalismo literário na revista piauí". Orientado pela professora doutora Milena de Castro Silveira e é um dos meus orgulhos da carreira =D.
Esta foi a primeira vez que fiz um upload no 4shared, e pelo o que vi é preciso fazer login no site para baixar o arquivo. Caso haja algum problema, por favor me avisem que providencio um outro site para hospedar o arquivo. O link é este: http://www.4shared.com/office/wTA1335O/CONTIN_Alex_-_A_sofisticao_da_.html.
Vou aproveitar para divulgar um resumo do trabalho:
"O presente trabalho se dedica à análise da aplicação de recursos
literários na redação das reportagens da revista Piauí. Através de uma revisão bibliográfica dos conceitos e
história do jornalismo; contextualização do jornalismo como um gênero
literário; jornalismo literário; reportagem; e jornalismo de revista. Também é
apresentado um panorama sobre a revista Piauí
explicando a origem de seu nome, criação, seções, conteúdos, leitores e
tiragens. Suas reportagens são analisadas em uma pesquisa qualitativa que toma
por base os livros teóricos sobre reportagem e jornalismo literário. São
analisados desde o projeto gráfico da revista até a estruturação da reportagem." (CONTIN, p. 4)
E o primeiro parágrafo da introdução:
"Na correria do dia-a-dia poucos são
aqueles que se dão o prazer de sentar no canto do sofá, parar o relógio por um
tempo considerável e se entregar ao prazer de ler uma reportagem de fôlego e
com conteúdo de qualidade. No meio de todas as notícias quentes que a imprensa
apresenta aos seus leitores, alguns veículos ainda investem em textos que
devolvem ao cotidiano da população o prazer pela boa leitura. A revista Piauí, é hoje um desses veículos. O
presente trabalho se propõe a analisar a construção das reportagens dessa
revista que há dois anos já se posiciona entre as mais lidas do Brasil e que
expõe através de suas palavras a sofisticação do texto moderno resgatando os
recursos literários utilizados por escritores clássicos brasileiros e
internacionais. Diferentes maneiras de informar o mesmo leitor propiciam a
análise de diversos recursos que valorizam a imagem a ser retratada e que foge
das fórmulas convencionais propostas pela industrialização da notícia." (CONTIN, p. 6)
O trabalho foi enriquecedor e devo uma boa parte dele à colaboração da própria revista e à minha orientadora que fortaleceu em mim o gosto pela carreira acadêmica e pela redação de trabalhos científicos e analíticos como este - gosto esse que estou retomando (como já disse) com muito prazer na Unicamp.
Além do trabalho final, também (finalmente) coloquei uma apresentação que fiz para o dia da minha banca. Por não ser muito adepto dos padrões quadrados do rigor da ABNT, tentei inovar na apresentação do meu trabalho em três pontos. O primeiro foi a decoração da sala, fiz um varal com as edições da revista, como aqueles de literatura de cordel. O segundo foi a capa e contra-capa das versões impressas para a banca, que também incluí na versão de capa dura que está disponível na biblioteca do Isca. As capas foram feitas com duas imagens do Frankstein que estavam disponíveis no site da revista e tentei produzir uma capa parecida com as feitas pela publicação. E o terceiro ponto foi o vídeo feito com fotografias, ilustrações e capas da revista piauí.
O trabalho foi, como já disse, enriquecedor pra mim, espero que seja útil para curiosos e estudiosos.
domingo, 6 de maio de 2012
Aromatizador de vareta: mais fácil que fazer limonada!
Como sempre gostei de artesanato assisti muito a um canal chamado Bem Simples (quando ainda tinha TV a cabo em casa). Foi lá que vi uma vez a receita para se fazer esse aromatizador e é muito simples, realmente. No vídeo link abaixo, um dos participantes dos programas do canal pago, Peter Paiva, passa a receita.
Tudo Simples: Aromatizador de varitas | Videos | Bemsimples.com
É preciso basicamente quatro itens: álcool de cereais, essência, água e o frasco com as varetas. O mais interessante disso, como já disse, é a economia. Na própria loja do Peter Paiva, em Campinas, o litro do álcool de cereais custa cerca de R$ 10, o mesmo preço das essências e o frasco não passa de R$ 2. Lá vende varetas também, mas pode-se usar um palito de churrasco (como o da foto que coloquei aqui). Como a receita pede 350 ml de álcool, 100 ml de essência e 50 ml de água, com R$ 45 é possível fazer quase 1,5 litro de produto, o que rende pouco mais que quatro aromatizadores como o que comprei naquela loja do shopping. Ou seja, com R$ 45 é possível economizar R$ 75, já que se comprar quatro naquela loja cara, ficaria R$ 120!
Isso tudo sem contar os concorrentes... tem um catálogo de produtos para casa que vende o mesmo aromatizador de varetas, mas com um preço mais caro, claro! A diferença desse do catálogo é que o produto vinha num vidro lindo... outra dica: qualquer loja de R$ 1,99 tem vidros bonitos hoje em dia! Além disso, vidros antigos de perfume também rendem um bom visual para o produto ou garrafas antigas de refrigerante talvez, contribuindo para um ar meio vintage para a decoração.
E detalhe... não tem segredo nenhum para fazer esse aromatizador de varetas, é bem mais fácil que fazer limonada, não precisa nem espremer limão! =)
sábado, 5 de maio de 2012
O bebedouro
Durante as primeiras horas da manhã eles ficam esperando,
ansiosos. Piando de galho em galho, observam o bebedouro amarelo e rosa com
flores de plástico amarelas e azuis. O
recipiente está vazio há algum tempo, precisamente desde o dia anterior quando
a água com açúcar saciou a sede deles e de mais outros visitantes que passaram
pelo quintas e se deleitaram com a bebida.
Em dias normais, as flores artificiais são recolhidas às 9h
e voltam em menos de meia hora com a mistura de água e açúcar. Há dias, porém, em
que o bebedouro é recolhido um pouco mais tarde. Não se sabe se eles matam suas
sedes em outros lugares quando a dona do jardim se atrasa, mas a barulheira que
fazem quando a água chega parece ser sempre a mesma, independente do horário. Enquanto estiver fora, passarinhos quase do
tamanho das flores do bebedouro esperam nos galhos mais próximos da casa e
quando finalmente chega a velha primavera onde fica o café da manhã só falta
chacoalhar com tamanha movimentação.
O jardim é razoavelmente grande para uma casa de uma cidade
média do interior paulista. Nele há orquídeas, bico de papagaio, coqueiro,
acerola e outras flores rosas e laranja, mas a principal atração para os
pássaros é mesmo o bebedouro de flores de plástico. E quanto seu néctar produzido
na cozinha chega é que os fortes piados começam. São basicamente duas espécies
que aproveitam a água açucarada: um beija-flor e vários daqueles pássaros de
peito amarelo que mais parecem miniatura de bem-te-vi. Apesar de ter água
suficiente para vários deles, as duas espécies não convivem em perfeita
harmonia. Seus piados parecem mais os sons de uma torcida de uma luta de boxe
que uma orquestra de flautas. E tamanha barulheira da torcida neste jardim é
para estimular os corajosos a enfrentarem o rei do pedaço, o beija-flor.
Com seu tamanho pouco maior que as miniaturas de bem-te-vi,
o beija-flor de um azul e verde escuros e brilhante, como se tivesse deitado em
rolado em pó de madrepérola, senta sozinho em seu galho, pouco acima do
bebedouro, e observa. Em atos de bondade deixa os passarinhos menores beberem a
água com açúcar, mas como se controlasse o acesso à bebida, dá voos rasantes em
direção aos pequenos que ousam sentar no bebedouro e os espanta com rapidez. Bem-te-vis
e algumas rolinhas também passam por perto, mas não sentam-se à mesa para
beber. Provavelmente não seriam postos para voar pelo beija-flor por conta da
diferença de tamanho. Não se sabe. Também não pode se esperar nada dos pequenos.
Porém, quando o gato-helicóptero do reino das aves sai para
outros jardins e outras árvores, os ratinhos fazem a festa e também suas
brigas. Como se não bastasse serem espantados pelo rei do pedaço, ainda brigam
entre si, nos galhos da primavera e em pleno voo, como se discutissem quando
algum deles bebe mais do que o outro ou como se discordassem calorosamente da
política econômica aplicada no seu mundo animal e continuam assim, até que o
líquido acabe com a festa. Interessante seria se os piados fossem decifrados
pelo homem, talvez dali sairiam tratados de uma sociedade comunista onde cada
um tem sua vez, ou belas fofocas da passarinhada para a narrativa da próxima
novela das nove.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Tomas Morus, política e atualidade
O livro é curto. A edição de bolso que estou lendo não tem mais que 170 páginas. Terminei de ler hoje a primeira parte, ou o "livro primeiro", na qual Morus descreve sua conversa com Rafael, uma pessoa que morou durante um tempo num país chamado Utopia. No próximo livro esse personagem irá descrever a Utopia, mas já na primeira parte ele apresentou alguns elementos bem interessante e que valem a pena serem transcritos.
O diálogo entre Morus e Rafael (tem um terceiro elemento também...) entra no campo da política e a importância de um príncipe ser um filósofo e os conflitos de interesse dos governantes e a impossibilidade de um sábio ou um filósofo de fazer parte da política:
"Tal é exatamente o resultado que eu obteria nos conselhos dos príncipes. Ou eu pensaria diferentemente deles, e seria o mesmo que simplesmente não pensar; ou pensaria como eles, o que seria, como diz Misião de Terêncio, fazer-me o promotor de sua demência. (...) Enfim, não se apresentará uma ocasião em que você possa ser útil, já que estará envolvido por colegas mais capazes de corromper o melhor homem do mundo do que se deixar corrigir por ele. Você irá se corromper ao contato de homens depravados ou então, conservando sua integridade, terá de compactuar com uma perversidade, uma estupidez da qual é inocente. (...) É por isso que Platão, numa comparação muito bela, convida com razão os sábios a se absterem de toda atividade política"
Outra passagem bem interessante é sobre a propriedade privada:
"Parece-me que onde existe a propriedade privada, onde todo o mundo avalia as coisas em relação ao dinheiro, dificilmente é possível estabelecer nos assuntos públicos um regime que seja ao mesmo tempo justo e próspero; a menos que você considere justo que as melhores coisas caibam às piores pessoas, ou que julgue bom que todos os bens sejam partilhados por uns poucos, e mesmo sem que estes estejam inteiramente satisfeitos, enquanto todos os demais vivem na pior miséria"
Outros conceitos aparecem nessa primeira parte do livro: monopólio, cercamento de terras, lei dos vagabundos, trabalho forçado e riqueza da população, por exemplo. É uma leitura que vale a pena, principalmente para ser comparada a outros textos ou para ser estudada e descobrir quais autores foram influenciados pelas ideias da Utopia (meu próximo passo quando finalizar a leitura).
Observação particular
Ademais, vale uma observação... li em algum lugar que existe uma estátua de Morus na Russia e que suas ideias influenciaram as revoluções socialistas para a formação de um estado do proletariado. Escolhi A Utopia por curiosidade, pois era mais um dos livros que estavam parados na minha estante, e ele se encaixou no conjunto de leituras que fiz essas últimas semanas. Depois de ler Trótski para a matéria de Desenvolvimento Econômico, me interessei pelo assunto e li, na sequência, "A revolução dos bixos", de George Orwell, e "Os dez dias que abalaram o mundo", de John Reed.
Acho que se fosse começar do zero inverteria a ordem das leituras para elas se complementarem umas às outras iniciando por "A República", de Platão (que ainda vou ler), depois Morus, Reed e finalmente Orwell. São todos livros que dão para perceber claramente ligações temática ou ideológica entre si e valem a pena serem lidos para ter contato com ideias diferentes de política e também de economia.
Além do que, como já disse outras mil vezes, ver como autores do passado constataram características da sociedade que estão presentes até hoje! Há uma outra passagem de Morus que fala sobre pessoas ricas estarem no poder no lugar de pessoas competentes que é muito atual, afinal, qual a porcentagem de cargos de chefia que são ocupados por profissionais realmente capazes e especialistas? Uma política numa Secretaria Municipal de Saúde, por exemplo, não faria nada além de distribuir rosas no dia das mulheres...
Da teoria ao exemplo prático: desenvolvimento econômico
O mais interessante na disciplina de desenvolvimento é ver como os teóricos pararam de analisar as economias europeias e norte-americana e passaram a considerar os problemas dos países considerados da periferia. Uma discussão que se iniciou após o término da Segunda Guerra Mundial e parece não ter data prevista para um fim. Tenho um resumo teórico que fiz para a primeira prova da disciplina e colocarei em breve aqui no blog por achar interessante e relevante, pois, muitas pessoas não têm contato com esse tipo de discussão por falta de acesso (ou de interesse).
Enfim, só estou escrevendo esse post porque vi um exemplo interessante que ilustra uma parte da teoria que vimos ao longo da primeira parte do curso. Na edição de hoje (2 de maio) do jornal Valor Econômico uma reportagem do jornalista Cristiano Romero chamada "Uma visão benigna do mercado de trabalho" mostra um fato que muito se assemelha a uma estratégia de desenvolvimento econômico.
A reportagem de Romero traz informações sobre o crescimento do desemprego os principais fatores que colaboram para a melhora do mercado de trabalho no Brasil. O fato que me permitiu fazer a ligação entre teoria e prática esta na seguinte passagem:
De fato, as Contas Nacionais, apuradas pelo IBGE, mostram que, graças à mecanização, o percentual de trabalhadores ocupados na agropecuária caiu de 22,3% em 2000 para 17,4% em 2009. Isso liberou 833 mil trabalhadores para a indústria e o setor de serviços.
"O Brasil é um dos países que mais têm trabalhadores na agropecuária. Entre os ricos, os que têm menos são a Inglaterra (1,4%), os EUA (1,5%) e a Bélgica (1,8%). Entre os emergentes, os que têm mais são a Indonésia (38,6%), Filipinas (31,1%), Turquia (23,7%) e Colômbia (17,5%). O contínuo processo de ganho de eficiência do agronegócio brasileiro tende a fornecer, portanto, mais trabalhadores a outros setores da economia nos próximos anos."
Há duas ligações possíveis no texto. A primeira é referente à característica de um país subdesenvolvido feita por Rosenstein-Rodan e a segunda sobre a forma de superação do atraso econômico proposta por Nurkse - ambos teóricos do desenvolvimento e apresentaram suas estratégias na década de 1950.
Para todos os teóricos até agora vistos no curso (Rodan, Nurkse, Lewis, Perroux e Hirshman) a passagem de um país da condição de subdesenvolvidos para desenvolvido é feita por meio da indústria. Rodan foi o primeiro teórico que vimos que associou um país atrasado a um país essencialmente agrícola e com uma oferta de mão de obra excessiva no campo. Assim como ele, Nurkse, também observou o atraso, mas com uma ótica diferente, para esse outro teórico o problema estava na formação de capital, ou seja, não havia, nas economias atrasadas, esforços para a "a produção de bens de produção: - ferramentas e instrumentos, máquinas e meios de transporte, instalações e equipamento – todas as espécies de capital real que aumenta, e pode aumentar extraordinariamente, a eficiência do esforço produtivo".
Este problema deixava a produtividade destes países baixa (ou nula por não existir produção de bens de produção) e, consequentemente, o mercado nos países atrasados era estreito, ou seja, havia pouca ou nenhuma produção de bens de produção e pouco ou nenhuma procura por esses bens - um ciclo vicioso que precisava ser interrompido. Uma das estratégias de Nurkse para a superação dessa condição de atrasado era investir na tecnologia do campo para liberar mão de obra para a indústria.
O trecho da reportagem do Valor parece ilustrar um pouco toda essa lógica entre países atrasados e desenvolvidos e a "importância" que o setor agrícola tem nas economias mais adiantadas. Bom, pelo menos é muito parecido com a teoria que vimos até agora e deve-se guardar as diferenças de épocas entre as proposições dos autores citados e atualidade da reportagem (e, claro, a inexperiência deste que escreve). Os próximos passos do curso são os teóricos da Cepal, a Comissão Econômica para a América Latina, o que provavelmente vai aproximar ainda mais as discussões com a realidade regional do Brasil. É aguardar para ver se os conceitos vão mudar...
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