domingo, 8 de janeiro de 2012
MIniaturas, corujas e um ano abençoado por uma freira simpática
No primeiro dia útil de 2012 resolvi ter um dia bem “inútil”. Como os Estados Unidos estavam de folga e consequentemente eu também, eu e minha irmã resolvemos ir para São Paulo para passear um pouco na rua 25 de Março e no bairro Liberdade. Peguei a camiseta que meu companheiro de apartamento usou na virada do ano, branca com um símbolo japonês prateado que significa fé e a mesma palavra escrita em preto e fui para a rodoviária de Campinas logo cedo.
Logo no primeiro dia do ano a 25 de março já estava cheia. Apesar de algumas lojas estarem fechadas, o movimento parecia estar normal, como qualquer dia do ano, assim como a liberdade. Claro, a vida não para na capital paulista só porque um ano novo começou... ainda bem! Para quem tem pés bons e adora ver coisas diferentes, esse é um passeio gostoso.
As galerias da 25 de março e em especial as da Liberdade têm muita coisa bonita para ver. Fui até lá com uma lista pequena: miniaturas. São uma paixão e vou precisar arranjar bastante espaço e tempos cronometricamente reservados para limpá-los daqui um certo tempo, porque a quantidade já está ficando grande. Gosto particularmente de miniaturas de desenhos famosos como os Simpsons, Garfield e alguns desenhos da Cartoon Network, que assistia bastante antigamente. Acho que essa paixão veio de outra: desenhos animados. Sempre gostei e acho difícil deixar de gostar até porque os desenhos de hoje em dia trazem uma inteligência ímpar que agrada não só crianças e adolescentes como também adultos – vide a quantidade de crescidinhos que fazem fila nas salas de cinema quando há algum lançamento animado. Vi ontem no cinema que logo estreia A Era do Gelo 4 e a animação já vai ter espaço garantido na minha agenda de 2012, principalmente por ser dirigida por um brasileiro e pelo sucesso das outras três animações anteriores.
Outro subitem que estava nessa minha lista era miniaturas de coruja. Um símbolo tão bonito da sabedoria está tomando conta da minha escrivaninha em vários estilos diferentes. Por mim teria comprado várias corujas na 25 de Março onde encontrei uma loja que tinha uma variedade grande. Feitas de porcelana, madeira, com espelhos quebrados, pedras brilhantes ou aquelas mais simples de gesso essa loja da 25 de Março tem várias estatuas e miniaturas de animais. Lá encontrei umas girafas feitas de madeira que eram tão bonitas quanto as corujas que não consegui deixar na loja.
Enfim... o dia foi gostoso e cansativo. Quando era 18h30 no bairro da Liberdade eu e minha irmã estávamos sentados no chão da praça, encostados num murinho com os pés esmagados e cheios de sacolinhas. Mas o que fato mais interessante ocorreu na rodoviária de São Paulo. Sempre que vou à rodoviária de Campinas ou de São Paulo fico imaginando as infinitas histórias que passam pelas catracas e pelos guichês das empresas. São várias despedidas e não é raro ver alguém sair chorando ou segurando as lágrimas depois de deixar alguém que ama verdadeiramente partir. Dia 2 de janeiro foi a minha vez e apesar de minha história ser bem curta, foi muito bonita.
Depois de comprar as passagens para eu retornar a Campinas às 19h30 e minha irmã para Limeira às 19h10, nos encaminhamos para a escada que dá acesso às plataformas de embarque. Próxima ao primeiro degrau nos deparamos com duas freiras. Pareciam personagens do livro novo do Jô Soares, As Esganadas. Não que essas freiras sejam esganadas como uma das personagens, mas as duas eram senhoras gordas, com pele quase tão brancas como os hábitos que vestiam e olhos azuis bem claros. Não sei e nunca vou saber o nome das duas, mas uma delas estava com uma mala de rodinhas preta analisando a escada e olhando em volta para tentar descobrir onde ficava a escada rolante.
– Pode deixar que eu desço a mala para a senhora – falei quase sem pensar.
– Não precisa a mala está pesada – respondeu ela tão simpática como o sorriso que deu.
– Não tem problema – peguei a mala na mão – não está tão pesada não, eu ajudo a senhora.
– Ah muito obrigada – me agradeceu e continuou falando como se estivesse falando comigo e com a outra freira e minha irmã ao mesmo tempo – bem que disseram que iria aparecer alguém para me ajudar e você apareceu, com uma camiseta escrita fé ainda por cima – riu.
– Pois é, sempre vai ter alguém para nos ajudar quando precisamos, não é?
No final da escada, já no piso das plataformas, ela abriu os braços para um abraço e um beijo no rosto todo amigável.
– Muito obrigada pela a sua ajuda, que você tenha um ano abençoado e com muita felicidade.
– Amém e a senhora também.
Ela continuou o caminho dela, eu andei um pouco, esperei minha irmã e ficamos na frente da plataforma 30, onde ela iria embarcar no ônibus rumo a Limeira. Fiquei observando os casais, inclusive um casal de meninas que se abraçavam e trocavam selinhos a dois portões de distância do da minha irmã. Depois que a Cris embarcou, fui atrás do meu ônibus. Voltei para a casa feliz por conta do dia que passei com a Cris e por conta desse encontro com essa freira simpática. =)
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Um comentário:
Oi Alex, fofa a historia das freiras e da mala pesada. E o bichinho nao e feito de espelhos quebrados, mas de MOSAICO!!! kkkkk
curti o blog.
:-)
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