sábado, 14 de maio de 2011

Pensar no cliente? Why?

É incrível, num nível beirando o ridículo, ver como alguns empresários pouco se importam com seus clientes. Depois de todo aquele discurso de livre mercado, liberalismo e etc etc etc que todo estudante de administração e economia tem contato durante os anos pelos quais passa pela graduação ou algum curso de pós, alguns gerentes e donos de empreendimentos nem sequer ligam para a satisfação do cliente e parecem se atentar apenas aos números no final do "ciclo produtivo".

Hoje passei por dois exemplos. O primeiro foi referente à Natura. Como sou consultor parece que com a empresa eu perco qualquer tipo de direito à reclamações. No meu último pedido solicitei cinco shampoos e cinco condicionadores do mesmo tipo. Hoje quando abro a caixa encontro cinco shampoos e dois condicionadores. Okay, erros podem acontecer na hora de encaixar o pedido, mas como proceder para saná-los? Nada mais óbvio que enviar o que veio faltando na nossa visão, até porque os clientes que fizeram o pedido não vâo querer usar apenas o shampoo, sem completar o tratamento com o condicionador...

Eis que ligo no serviço de atendimento da Natura e depois de três tentativas mal-sucedidas, consigo falar com uma atendente. O sistema estava fora do ar, irão me ligar na segunda-feira dia 16, mas já quis antecipar a possível solução e ela apenas me disse que iriam dar um desconto na próxima fatura e que não enviam poucos itens. E meus clientes como ficam? E meu bolso... vou ter que pagar por esses produtos agora e receber o desconto na próxima fatura. A política que a Natura tem com seus consultores é péssima. Enquanto as gerentes estimulam as vendas nos encontros mensais, o suporte às vendas dificulta toda e qualquer tentativa de "bons negócios" (está entre aspas porque foram com essas palavras que a atendente terminou a conversa).

Vou verificar quais são os direitos de um consultor, porque já passei por mais de uma situação que me senti lesado com a Natura. Uma delas foi referente a um brinde que eu deveria ganhar um produto de Maracujá e veio de Andiroba - quando reclamei disseram que não trocam brindes! Me parece que não somos nem funcionários, nem consumidores... E se um cliente resolve devolver um produto, a Natura não aceita devoluções dos consultores - temos que estocar e tentar vender para outra pessoa.

Já no shopping...

A segunda frustração do dia foi no Shopping de Piracicaba. Nas últimas semanas tenho ido com uma frequência maior ao cinema. Comecei assistindo Rio 3D, depois Thor 3D e hoje Padre, também 3D. A rede de cinemas que tem unidade em Piracicaba tem toda a comodidade de podermos comprar os ingressos pela internet. Acho esse serviço ótimo. Inclusive temos que ser rápidos na compra antes que os assentos se esgotem no meio do dia. Até aí, ótimo. O problema foi ao chegar no cinema.

Acredito que nessas últimas semanas estão sendo lançados filmes muito bons. Nesses três que citei as salas estavam sempre cheias - no Rio e Thor a sessão estava lotada, em Padre tinham poucos lugares vagos. Resultado disso: cinema sempre cheio. Na semana passada o hall do cinema parecia um curral, prestes a abrir as porteiras para o rebanho entrar nas salas. Não havia nenhum funcionário do cinema organizando filas. Houve atraso na entrada - acredito que por conta da demora de higienizar os óculos - e simplesmente não havia nenhuma fila para entrar. Ainda bem que o filme foi bom.

Hoje a situação estava pior. O cinema estava ainda mais cheio e fila era algo tão absurdo que era difícil descobrir em qual entrar para conseguir chegar a algum lugar. Só não havia fila para comprar ingressos, por incrível que isso possa parecer. Porém, havia uma grande e desorganizada para retirar os ingressos comprados pela internet. Mais uma vez, o hall do cinema estava muito cheio - até fotografei o absurdo.

Não vejo como negativo o fato de os cinemas estarem lotados. O problema nesses dois dias foi a falta de organização da administração do cinema para estipular filas e respeitar os horários das sessões. Não havia nenhum funcionário dando satisfações sobre filas, horários e causas dos atrasos. Provavelmente o cinema de Piracicaba está recebendo um público muito acima do normal. (Isso vale uma pauta legal para os jornais da cidade ou para os jornais de Limeira, já que grande parte dos limeirenses vão pra lá). Mas acredito que esse surto de cinéfilos não justifique a ingerência dos responsáveis pelo local.

Confesso que me deu vontade de pedir o dinheiro de volta e ir embora daquele muquifo, mas o filme compensou - apesar de ser totalmente "obvio", como definiu meu amigo Bruno Pacolla, previsível e sem nada de novo além daqueles mesmos enredos de filmes de mocinhos e vampiros...



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