Nas últimas sextas-feiras as aulas de Introdução à Economia da professora Ana Lucia Gonçalves da Silva, na Unicamp, estão sendo apresentados vários seminários sobre temas abordados durante as aulas que tem como livro-base a publicação do professor Wilson Cano de nome homônimo ao da disciplina. Semana passada dois grupos se apresentaram: o meu falando sobre a política industrial dos governos Lula e outro grupo falando sobre as privatizações da época de Fernando Henrique Cardoso.
A apresentação das privatizações foi muito interessante. O grupo usou como texto base o livro do jornalista Aloysio Biondi, "O Brasil privatizado". Para quem quiser ler um pouco de críticas às privatizações me parece uma excelente leitura por trazer dados que geralmente não temos tanto contato por conta dos interesses da grande mídia. Não vou relatar os dados aqui porque ainda não li o livro e também porque o objetivo do texto é outro.
Depois das privatizações meu grupo falou sobre a política industrial dos dois governos Lula. Eu falei sobre o primeiro mandato, de 2003 a 2006 e a Política Industrial, Tecnológica e de comércio Exterior. Expusemos informações sobre a criação de leis que incentivaram o desenvolvimento da indústria de tecnologia como a Lei do Bem e a Lei da Informática, por exemplo. Além desse estímulo ao tecnológico, o plano pareceu ser uma carta clara ao desenvolvimento do conceito de inovação nas empresas brasileiras.
Hoje em dia a palavra inovação aparece em todos os lugares. A IBM, por exemplo, tem na inovação um dos seus valores fundamentais ("Inovation that matters to the client and to the world" - something like that), há campanhas do Sebrae sobre empreendedorismo e inovação e tudo o mais que é possível para incentivar o micro, pequeno e grande empresários a adotar políticas e técnicas inovadoras na sua produção com a finalidade explicita de tornar o mercado brasileiro mais competitivo.
Uma observação que acho que vale a pena ser feita é referente à inovação das políticas dentro do setor público. Estamos vendo no noticiário nacional o enriquecimento do Palocci, em Campinas integrantes do alto escalão do poder Executivo estão envolvidos num escândalo envolvendo a Sanasa; em Limeira é a vez da merenda escolar (que desconheço quais foram os desdobramentos da pizzaria da Câmara municipal) e etc.
Os exemplos são mais que suficientes para se notar que tanta burrocracia de nada adianta para quem realmente quer tirar um pouco de vantagem do cargo e do dinheiro público que administra direta ou indiretamente. Porque não inovar na forma como os processos são feitos? Ou melhor ainda, porque não revolucionar a política de uma forma que ela fique mais transparente. Como leigo em política, fico indignado como é difícil conseguir informações claras sobre contratos e além disso, como é difícil se investigar casos de improbidade administrativa com total imparcialidade e comprometimento por parte dos legisladores que se propõe a fazer isso.
Um dos pontos que eu acho mais importante de serem mudados seria a prestação de contas de todos os funcionários comissionados que assumem um cargo público, bem como a prestação de conta dos parentes mais próximos daqueles que ocupam o alto escalão. Não deve ser difícil para um prefeito comprar bens e colocar no nome de um dos filhos, ou para um presidente da Câmara receber propina, comprar um apartamento e colocar no nome de sua assessora. Parece que a legislação dá brechas para roubos. É de se pensar em quem fez essas leis, será que as brechas não são com finalidade explícita? Vai saber...
Outro ponto que também deveria ser mudado, na minha opinião, é extinguir os cargos comissionados e colocar profissionais concursados no lugar. Claro que nenhum político abraçaria essa causa!!! Mas o serviço público vira um cabide de empregos de quatro em quatro anos. É inevitável que haja enormes mudanças com governos diferentes assumindo o poder - isso é óbvio. Mas ao meu ver isso ajuda ainda mais essas sacanagens que são noticiadas cada vez com frequência maior. Se os concursos públicos fossem realmente levados a sério e os editais exigissem profissionais capacitados para assumir os cargos mais importantes, principalmente aqueles que controlam o orçamento público, talvez os escândalos seriam menores. Claro que o homem é corrompível (se é que essa palavra existe), mas uma reestruturação do Estado para que ele exerça seu papel principal que é garantir o bom funcionamento da máquina pública e o bem estar e interesses da população, do coletivo é fundamental!
Enquanto isso nos bancos da universidade, um monte de alunos pensam num Brasil melhor a espera da realidade movida a ganância e dinheiro.
terça-feira, 31 de maio de 2011
sexta-feira, 20 de maio de 2011
A GENTE SE ACOSTUMA, MAS NÃO DEVERIA ....
Estou ouvindo o Juca Oliveira ler este texto da Marina Colasanti na Band News FM... vale a pena registrar:
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não deveria ...
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem outra vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha pra fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o Jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de viagem. A comer sanduíches porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz aceita ler todo dia, de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios, a ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar por ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável, à contaminação da água do mar, à lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galos na madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só o pé e sua o resto do corpo.. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não deveria ...
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem outra vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha pra fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o Jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de viagem. A comer sanduíches porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz aceita ler todo dia, de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios, a ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar por ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável, à contaminação da água do mar, à lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galos na madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só o pé e sua o resto do corpo.. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto acostumar, se perde de si mesma.
sábado, 14 de maio de 2011
Nova descrição...
Estava cansado de algo tão formal ali na minha descrição, então resolvi mudar... acho que as palavras abaixo (e ao lado) falam bastante sobre mim...
Admirador de uma boa leitura e de bons estudos, estou encarando mais uma graduação a partir de 2011. Depois de quatro anos estudando jornalismo, profissão pela qual me apaixonei, tenho a perspectiva de me formar economista pela Unicamp em dezembro de 2015 e o sonho de ser um excelente jornalista econômico com o passar das pautas. Apesar de ainda estar fora dessa área, não deixo de pensar na Lei da Atração. Não que eu acredite, mas entrar em um bom jornal e mostrar competência para assumir matérias da área de econômia não é nada fácil (but I'm on my way). Ex-"professor" de dança, mas com a cabeça sempre a elaborar coreografias, figurinos e cenários, me considero uma pessoa criativa, "esforçada", de iniciativa e atitude. Entre arte, economia e muitos livros ainda pra ler, vou montando minha auto-imagem, lego a lego, algo colorido e único - para tentar fazer a diferença por aqui...
É isso ai... e para aproveitar o post, vou colocar uma foto que fiz com o celular totalmente por acaso. depois de estacionar o carro na garagem, encontrei um ótimo close para fazer na roda traseira do celtinha:
Admirador de uma boa leitura e de bons estudos, estou encarando mais uma graduação a partir de 2011. Depois de quatro anos estudando jornalismo, profissão pela qual me apaixonei, tenho a perspectiva de me formar economista pela Unicamp em dezembro de 2015 e o sonho de ser um excelente jornalista econômico com o passar das pautas. Apesar de ainda estar fora dessa área, não deixo de pensar na Lei da Atração. Não que eu acredite, mas entrar em um bom jornal e mostrar competência para assumir matérias da área de econômia não é nada fácil (but I'm on my way). Ex-"professor" de dança, mas com a cabeça sempre a elaborar coreografias, figurinos e cenários, me considero uma pessoa criativa, "esforçada", de iniciativa e atitude. Entre arte, economia e muitos livros ainda pra ler, vou montando minha auto-imagem, lego a lego, algo colorido e único - para tentar fazer a diferença por aqui...
É isso ai... e para aproveitar o post, vou colocar uma foto que fiz com o celular totalmente por acaso. depois de estacionar o carro na garagem, encontrei um ótimo close para fazer na roda traseira do celtinha:
Pensar no cliente? Why?
É incrível, num nível beirando o ridículo, ver como alguns empresários pouco se importam com seus clientes. Depois de todo aquele discurso de livre mercado, liberalismo e etc etc etc que todo estudante de administração e economia tem contato durante os anos pelos quais passa pela graduação ou algum curso de pós, alguns gerentes e donos de empreendimentos nem sequer ligam para a satisfação do cliente e parecem se atentar apenas aos números no final do "ciclo produtivo".
Hoje passei por dois exemplos. O primeiro foi referente à Natura. Como sou consultor parece que com a empresa eu perco qualquer tipo de direito à reclamações. No meu último pedido solicitei cinco shampoos e cinco condicionadores do mesmo tipo. Hoje quando abro a caixa encontro cinco shampoos e dois condicionadores. Okay, erros podem acontecer na hora de encaixar o pedido, mas como proceder para saná-los? Nada mais óbvio que enviar o que veio faltando na nossa visão, até porque os clientes que fizeram o pedido não vâo querer usar apenas o shampoo, sem completar o tratamento com o condicionador...
Eis que ligo no serviço de atendimento da Natura e depois de três tentativas mal-sucedidas, consigo falar com uma atendente. O sistema estava fora do ar, irão me ligar na segunda-feira dia 16, mas já quis antecipar a possível solução e ela apenas me disse que iriam dar um desconto na próxima fatura e que não enviam poucos itens. E meus clientes como ficam? E meu bolso... vou ter que pagar por esses produtos agora e receber o desconto na próxima fatura. A política que a Natura tem com seus consultores é péssima. Enquanto as gerentes estimulam as vendas nos encontros mensais, o suporte às vendas dificulta toda e qualquer tentativa de "bons negócios" (está entre aspas porque foram com essas palavras que a atendente terminou a conversa).
Vou verificar quais são os direitos de um consultor, porque já passei por mais de uma situação que me senti lesado com a Natura. Uma delas foi referente a um brinde que eu deveria ganhar um produto de Maracujá e veio de Andiroba - quando reclamei disseram que não trocam brindes! Me parece que não somos nem funcionários, nem consumidores... E se um cliente resolve devolver um produto, a Natura não aceita devoluções dos consultores - temos que estocar e tentar vender para outra pessoa.
Já no shopping...
A segunda frustração do dia foi no Shopping de Piracicaba. Nas últimas semanas tenho ido com uma frequência maior ao cinema. Comecei assistindo Rio 3D, depois Thor 3D e hoje Padre, também 3D. A rede de cinemas que tem unidade em Piracicaba tem toda a comodidade de podermos comprar os ingressos pela internet. Acho esse serviço ótimo. Inclusive temos que ser rápidos na compra antes que os assentos se esgotem no meio do dia. Até aí, ótimo. O problema foi ao chegar no cinema.
Acredito que nessas últimas semanas estão sendo lançados filmes muito bons. Nesses três que citei as salas estavam sempre cheias - no Rio e Thor a sessão estava lotada, em Padre tinham poucos lugares vagos. Resultado disso: cinema sempre cheio. Na semana passada o hall do cinema parecia um curral, prestes a abrir as porteiras para o rebanho entrar nas salas. Não havia nenhum funcionário do cinema organizando filas. Houve atraso na entrada - acredito que por conta da demora de higienizar os óculos - e simplesmente não havia nenhuma fila para entrar. Ainda bem que o filme foi bom.
Hoje a situação estava pior. O cinema estava ainda mais cheio e fila era algo tão absurdo que era difícil descobrir em qual entrar para conseguir chegar a algum lugar. Só não havia fila para comprar ingressos, por incrível que isso possa parecer. Porém, havia uma grande e desorganizada para retirar os ingressos comprados pela internet. Mais uma vez, o hall do cinema estava muito cheio - até fotografei o absurdo.
Não vejo como negativo o fato de os cinemas estarem lotados. O problema nesses dois dias foi a falta de organização da administração do cinema para estipular filas e respeitar os horários das sessões. Não havia nenhum funcionário dando satisfações sobre filas, horários e causas dos atrasos. Provavelmente o cinema de Piracicaba está recebendo um público muito acima do normal. (Isso vale uma pauta legal para os jornais da cidade ou para os jornais de Limeira, já que grande parte dos limeirenses vão pra lá). Mas acredito que esse surto de cinéfilos não justifique a ingerência dos responsáveis pelo local.
Confesso que me deu vontade de pedir o dinheiro de volta e ir embora daquele muquifo, mas o filme compensou - apesar de ser totalmente "obvio", como definiu meu amigo Bruno Pacolla, previsível e sem nada de novo além daqueles mesmos enredos de filmes de mocinhos e vampiros...
Hoje passei por dois exemplos. O primeiro foi referente à Natura. Como sou consultor parece que com a empresa eu perco qualquer tipo de direito à reclamações. No meu último pedido solicitei cinco shampoos e cinco condicionadores do mesmo tipo. Hoje quando abro a caixa encontro cinco shampoos e dois condicionadores. Okay, erros podem acontecer na hora de encaixar o pedido, mas como proceder para saná-los? Nada mais óbvio que enviar o que veio faltando na nossa visão, até porque os clientes que fizeram o pedido não vâo querer usar apenas o shampoo, sem completar o tratamento com o condicionador...
Eis que ligo no serviço de atendimento da Natura e depois de três tentativas mal-sucedidas, consigo falar com uma atendente. O sistema estava fora do ar, irão me ligar na segunda-feira dia 16, mas já quis antecipar a possível solução e ela apenas me disse que iriam dar um desconto na próxima fatura e que não enviam poucos itens. E meus clientes como ficam? E meu bolso... vou ter que pagar por esses produtos agora e receber o desconto na próxima fatura. A política que a Natura tem com seus consultores é péssima. Enquanto as gerentes estimulam as vendas nos encontros mensais, o suporte às vendas dificulta toda e qualquer tentativa de "bons negócios" (está entre aspas porque foram com essas palavras que a atendente terminou a conversa).
Vou verificar quais são os direitos de um consultor, porque já passei por mais de uma situação que me senti lesado com a Natura. Uma delas foi referente a um brinde que eu deveria ganhar um produto de Maracujá e veio de Andiroba - quando reclamei disseram que não trocam brindes! Me parece que não somos nem funcionários, nem consumidores... E se um cliente resolve devolver um produto, a Natura não aceita devoluções dos consultores - temos que estocar e tentar vender para outra pessoa.
Já no shopping...
A segunda frustração do dia foi no Shopping de Piracicaba. Nas últimas semanas tenho ido com uma frequência maior ao cinema. Comecei assistindo Rio 3D, depois Thor 3D e hoje Padre, também 3D. A rede de cinemas que tem unidade em Piracicaba tem toda a comodidade de podermos comprar os ingressos pela internet. Acho esse serviço ótimo. Inclusive temos que ser rápidos na compra antes que os assentos se esgotem no meio do dia. Até aí, ótimo. O problema foi ao chegar no cinema.
Acredito que nessas últimas semanas estão sendo lançados filmes muito bons. Nesses três que citei as salas estavam sempre cheias - no Rio e Thor a sessão estava lotada, em Padre tinham poucos lugares vagos. Resultado disso: cinema sempre cheio. Na semana passada o hall do cinema parecia um curral, prestes a abrir as porteiras para o rebanho entrar nas salas. Não havia nenhum funcionário do cinema organizando filas. Houve atraso na entrada - acredito que por conta da demora de higienizar os óculos - e simplesmente não havia nenhuma fila para entrar. Ainda bem que o filme foi bom.
Hoje a situação estava pior. O cinema estava ainda mais cheio e fila era algo tão absurdo que era difícil descobrir em qual entrar para conseguir chegar a algum lugar. Só não havia fila para comprar ingressos, por incrível que isso possa parecer. Porém, havia uma grande e desorganizada para retirar os ingressos comprados pela internet. Mais uma vez, o hall do cinema estava muito cheio - até fotografei o absurdo.
Não vejo como negativo o fato de os cinemas estarem lotados. O problema nesses dois dias foi a falta de organização da administração do cinema para estipular filas e respeitar os horários das sessões. Não havia nenhum funcionário dando satisfações sobre filas, horários e causas dos atrasos. Provavelmente o cinema de Piracicaba está recebendo um público muito acima do normal. (Isso vale uma pauta legal para os jornais da cidade ou para os jornais de Limeira, já que grande parte dos limeirenses vão pra lá). Mas acredito que esse surto de cinéfilos não justifique a ingerência dos responsáveis pelo local.
Confesso que me deu vontade de pedir o dinheiro de volta e ir embora daquele muquifo, mas o filme compensou - apesar de ser totalmente "obvio", como definiu meu amigo Bruno Pacolla, previsível e sem nada de novo além daqueles mesmos enredos de filmes de mocinhos e vampiros...
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Alguns clipes legais para curtir em uma festa estilo balada
Só colocar tudo na TV ou em um telão e pronto...
Katy Perry - ET
Britney Spears - Till The World Ends
Lady Gaga - Judas
Jennifer Lopez - I'm into You feat Lil Wayne
Britney Spears - Hold it against me
Lady Gaga - Born This Way
Jennnifer Lopez - On The Floor feat Pitbull
Nicki Minaj - Super Bass
Kat DeLuna - Dancing Tonight feat Fo Onassis
Porcelain Black - This is What Rock N Roll Looks Like
Rihanna - Only Girl
Katy Perry - ET
Britney Spears - Till The World Ends
Lady Gaga - Judas
Jennifer Lopez - I'm into You feat Lil Wayne
Britney Spears - Hold it against me
Lady Gaga - Born This Way
Jennnifer Lopez - On The Floor feat Pitbull
Nicki Minaj - Super Bass
Kat DeLuna - Dancing Tonight feat Fo Onassis
Porcelain Black - This is What Rock N Roll Looks Like
Rihanna - Only Girl
Uma posição interessante...
Ethevaldo Siqueira, jornalista e blogueiro do Estadão, publicou no último dia 7 um texto afirmando sua posição a favor do diploma de jornalismo para a atuação destes profissionais, mas contra alguns posicionamentos ideológicos que há nessa área. Particularmente concordo com a ideia e achei dois pontos bem interessantes que não dá para contrariar:
A primeira é esta e sempre falo isso a quem pensa em fazer jornalismo:
"Cursei uma escola de bom nível, mas, afirmo-lhes, sem medo de errar, que, isoladamente, sem o complemento de outros cursos, muito mais específicos e profundos, o curso de jornalista que a USP (ou qualquer outra universidade brasileira) me poderia proporcionar não me permitiria exercer a profissão nem especializar-me nas áreas em que atuo (Jornalismo Científico e Tecnológico)."
Na minha opinião o curso de jornalismo prepara sim profissionais para cobrir qualquer tipo de assunto, mas isso é insuficiente ao extremo. Sai do curso de jornalismo em 2008 com um vazio enorme, afinal podemos escrever sobre tudo mas não entendemos, com profundidade, nada. O curso nos prepara para entender a mídia, o mercado e a prática jornalística. Aprendemos todas as teorias que são elaboradas acerca do tema, todas as outras teorias da comunicação e passamos por quase todas as atividades jornalísticas do mercado. Porém, é só.
Com esse vazio enorme resolvi me especializar em economia. Além do curso Master em Jornalismo Econômico, que é caríssimo e totalmente fora do meu orçamento de recém-formado, não encontrei nenhum outro curso de pós-graduação específico em jornalismo econômico. Se existir ele está bem escondido, mas é difícil de encontrar um curso que possibilite um bom entendimento da economia com toda sua complexidade e que dê uma base sólida para o jornalista afirmar o que é determinado conceito sem patinar na defesa daquilo que escreveu. Pior ainda é ele se defender apenas usando a explicação da sua fonte... a falta de conhecimento e especialização faz do jornalista refém de sua fonte. É ai que mora o perigo na economia porque, como vemos em alguns cursos da graduação de economia, algumas teorias e manifestações de economistas estão carregadas de ideologia (com um fundinho de manipulação...).
Enfim... sem nenhuma pós disponível, resolvi (como já falei aqui antes) encarar mais uma graduação, desta vez em Ciências Econômicas, na Unicamp - nada melhor para entender economia! Agora só me falta voltar à uma redação para começar a colocar em prática todas as pautas que me passam pela cabeça enquanto estou no banco da Unicamp.
E o segundo trecho que escolhi do texto do Ethevaldo Siqueira foi este que, aliás, dispensa comentários adicionais:
"O bom jornalista é aquele que nunca deixa de estudar, de ler, de atualizar-se, de aprofundar-se em sua especialidade, em aprimorar seu estilo, sua linguagem e sua cultura. Seu sucesso profissional não dependerá em nada daquele diploma que a faculdade lhe deu, se ele não fizer sua lição de casa, voltar outras vezes para a sala de aula, participar de seminários, conferências e congressos."
Pra quem quiser o post: A favor da Fenaj e do diploma
A primeira é esta e sempre falo isso a quem pensa em fazer jornalismo:
"Cursei uma escola de bom nível, mas, afirmo-lhes, sem medo de errar, que, isoladamente, sem o complemento de outros cursos, muito mais específicos e profundos, o curso de jornalista que a USP (ou qualquer outra universidade brasileira) me poderia proporcionar não me permitiria exercer a profissão nem especializar-me nas áreas em que atuo (Jornalismo Científico e Tecnológico)."
Na minha opinião o curso de jornalismo prepara sim profissionais para cobrir qualquer tipo de assunto, mas isso é insuficiente ao extremo. Sai do curso de jornalismo em 2008 com um vazio enorme, afinal podemos escrever sobre tudo mas não entendemos, com profundidade, nada. O curso nos prepara para entender a mídia, o mercado e a prática jornalística. Aprendemos todas as teorias que são elaboradas acerca do tema, todas as outras teorias da comunicação e passamos por quase todas as atividades jornalísticas do mercado. Porém, é só.
Com esse vazio enorme resolvi me especializar em economia. Além do curso Master em Jornalismo Econômico, que é caríssimo e totalmente fora do meu orçamento de recém-formado, não encontrei nenhum outro curso de pós-graduação específico em jornalismo econômico. Se existir ele está bem escondido, mas é difícil de encontrar um curso que possibilite um bom entendimento da economia com toda sua complexidade e que dê uma base sólida para o jornalista afirmar o que é determinado conceito sem patinar na defesa daquilo que escreveu. Pior ainda é ele se defender apenas usando a explicação da sua fonte... a falta de conhecimento e especialização faz do jornalista refém de sua fonte. É ai que mora o perigo na economia porque, como vemos em alguns cursos da graduação de economia, algumas teorias e manifestações de economistas estão carregadas de ideologia (com um fundinho de manipulação...).
Enfim... sem nenhuma pós disponível, resolvi (como já falei aqui antes) encarar mais uma graduação, desta vez em Ciências Econômicas, na Unicamp - nada melhor para entender economia! Agora só me falta voltar à uma redação para começar a colocar em prática todas as pautas que me passam pela cabeça enquanto estou no banco da Unicamp.
E o segundo trecho que escolhi do texto do Ethevaldo Siqueira foi este que, aliás, dispensa comentários adicionais:
"O bom jornalista é aquele que nunca deixa de estudar, de ler, de atualizar-se, de aprofundar-se em sua especialidade, em aprimorar seu estilo, sua linguagem e sua cultura. Seu sucesso profissional não dependerá em nada daquele diploma que a faculdade lhe deu, se ele não fizer sua lição de casa, voltar outras vezes para a sala de aula, participar de seminários, conferências e congressos."
Pra quem quiser o post: A favor da Fenaj e do diploma
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