Sei fazer doce. No último churrasco fiz um bolo de laranja cremoso. Apesar de seguir a receita que cacei na internet, dei um toque de "churrasco entre amigos" e despejei por cima suco de laranja com muito açúcar e vodka. Posso dizer que virou uma receita minha. Pelo menos eu gostei e comi (acompanhado), quase o bolo todo. Afinal, que amigo com a cara cheia de cerveja iria comer um bolo superdoce depois de horas de carne mau passada e vodka com ene combinações possíveis?
Na tentativa de fazer uma dieta simples, ou tentar controlar a boca para perder alguns quilos, tive a ideia de fazer arroz integral hoje em casa. Esqueci de trazer a cesta básica que ganho no Jornal para casa e por conta disso minha mãe ficou sem o saco de arroz e se viu obrigada a comprar a versão integral do grão para ter o básico da nossa mesa de cada dia. Já falei que vou esquecer mais vezes, de propósito, só para ter arroz integral em casa.
Enfim... cheguei da rua com uma fome do cão. No almoço comi uma baguete de peito de peru acompanhada de suco de laranja - tirando o pão francês, bem leve. Consegui resistir a tarde à bolacha Bono de chocolate de um colega da redação e fiquei o tempo todo alternando o café da recepção e o chicletes que comprei na hora que paguei o almoço. Firme e forte, o difícil vai ser desviar o olhar do bolo de cenoura com cobertura de chocolate que minha mãe fez segunda-feira, o bolo de laranja que (provavelmente) a Neusa trouxe no domingo e um pedaço de uma barra de chocolate ao leite na Nestlé que está em cima do armário. óò
Perguntei para minha mãe se poderia fazer arroz - dependendo do humor dela, me ver na cozinha tentando fazer algo eu levaria um xingo de graça -, e como ela deixou resolvi tentar. Chegando na frente do fogão descobri que sabia fazer doces, seguir receitas, mas não tinha ideia de como preparar uma panela de arroz. Cresci sentindo o cheiro da cebola fritanto, ainda me lembro da minha avó cortando o alho para fazer o famoso arroz dela (que sempre amei comer) e mesmo assim essa deve ser a segunda vez que estou me aventurando a fazer arroz.
- Vem cá que eu vou te ensinar a fazer arroz então - disse, com toda paciência do mundo minha mãe.
Vamos aprender então.
Primeira coisa seria escolher o arroz. Ouvi dizer já que arroz integral vem com a casca, portanto não sei o deveria separar ali daquele monte. Também li num site antes de começar a escrever esse post que outras pessoas dizem que não se deveria escolher o arroz porque a lavagem antes do preparo faz com que o alimento perca seus nutrientes. Enfim, lavei.
Segundo passo picar meia cebola pequena (adoro cebola), colocá-la na panela onde o arroz será feito, junto com um pouco de óleo ("coloco tudo a olho", disse minha mãe, portanto fico devendo a quantidade exata) e fritar um pouco. Essa fritura não demora muito, mas o cheiro é uma delícia.
Terceiro passo. Depois de deixar o arroz escorrer, colocá-lo por cima da cebola frita e mexer. Enquanto tudo isso acontece, uma caneca deve ir esquentando a água em outra boca do fogão. Detalhe, a cebola não ficou muito dourada não... levemente frita eu diria.
Quarto passo. Depois de misturar a cebola frita com o arroz, colocar água. É ai que o bicho pega. Na embalagem do arroz integral está escrito que a proporção é de três copos de água para dois de arroz. Em casa tem uma canequinha velha pra caramba que fica dentro do pote de arroz. Ela serve como medida há muito e muitos anos, então não sei se a proporção bate com a indicada na receita. Enfim... na caneca que estava esquentando a água ficou um fundo considerável de água quente depois que coloquei todo o líquido na panela. Eu diria que a quantidade de água deve ser suficiente para dobrar a quantidade de arroz (a altura que o ingrediente ocupa na panela). Minha mãe falou que é o dobro, "mas faz tudo de olho"... vai entender.
Opa... esqueci do sal. Meia colher de sal, "também a olho", depois de misturar o arroz com a cebola frita.
Depois de colocar a água, mexer um pouco e tampar a panela deixando um espaço pequeno para o vapor sair nesse primeiro momento. Depois de alguns minutos (poucos, bem poucos - tanto que escrevi esse post em pelo menos quatro partes, entre começar o arroz, olhar o arroz, olhar de novo o arroz e desligar o fogo para deixar o arroz encorpar...), é preciso mexer mais uma vez a mistura e deixá-la totalmente tampada, sem espaço para o vapor escapar, e esperar mais alguns poucos minutos - "mais ou menos cinco minutos, mas tem que ficar de olho senão queima", informou dona Isabel, minha mãe.
Cinco minutos não foram suficientes nem para escrever dois parágrafos da receita aqui no blog. Bem antes disso fui alertado:
"Se é o outro arroz (o branco) fica rápido num instante" - falou minha mãe da lavanderia que fica bem ao lado do meu quarto.
"É rápido?" - perguntei ainda escrevendo um dos parágrafos acima.
" U... tem que ficar em cima ali senão ele queima tudo"
Pausa.
"Melhor vc ir lá ver hein" - alertou ela.
"Tá bom"
Voltei até a panela e o arroz já estava sem nenhuma água por cima, mais ou menos seco (não coloquei o dedo pra ver se estava completamente seco) e cheirando muito bem. Desliguei o fogo, tampei mais uma vez e estou esperando para ver o resultado.
Está ai... "eu vou experimentar seu arroz Alex". Entendi que eu precisava experimentá-lo e respondi: "Já vou". "EU vou experimentar"... espero que esteja bom.
No final de semana quero fazer umas experiências. Arroz integral à grega ou arroz à grega integral? Enfim... vai ser um arroz integral com tempero meu, milho, vagem, cenoura e talvez até ervilha. Deu vontade... mas vou me contentar agora com o integral simples.
Só assim para conseguir esperar o tempo de preparo do arroz, odeio estar com fome e ter ue esperar os benditos grãos brancos chuparem a água (¬¬). Pelo menos escrevendo o tempo passou mais rápido. Vou comer...
3 comentários:
Voh tah querendo! hauhauhauahauhauha =P
que blog sem noção! pelamor!
Por que entrou então?
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