sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A solução para a saturação

Reclamaram, me animei a escrever um novo post. Ontem foi minha primeira orientação deste segundo semestre. Estou trabalhando em uma pesquisa sobre a revista Piauí - o nome da publicação é com letra minúscula, exigência do Moreira Sales, criador dela. Vou defenter a tese sobre a possibilidade de se classificar as reportagens trabalhadas com as técnicas do jornalismo literário como parte da literatura.

Muito interessante quando paramos para pensar em todo o trabalho e estilo que essas técnicas demandam para se relatar notícias que poderiam assumir simples três colunas de um jornal diário. Mas, como chegamos a um consenso ontem na orientação, a revista Piauí se enquadra na vertente jornalismo cultural. Hmm... pelo menos não é igual a Bravo ou Cult, cultural demais pro meu gosto... argh! ahuahuahua Prefiro flutuar meus olhos sobre as páginas da Piauí, apesar de ser gigante, me sinto melhor com a revista pós-modernérrima (como diria a minha orientadora).

Tranferindo o assunto da água para o vinho... Procurando artigos sobre o tema jornalismo cultural encontrei um artigo do jornalista Luis Weis, chamado Do que será que estamos fartos de ler? no Observatório da Imprensa. Weis basicamente comenta que nos Estados Unidos, os americanos estão fartos de ver Obama na mídia. Atribuiu a este fato o nome de "obamamídia". Falando do Brasil, o jornalista comentou que o jornal O Estado de S. Paulo satura temas relacionados a política. Mas e no interior?

A Gazeta de Limeira manchetou mais uma vez a Lei Seca, Jornal de Limeira as Olimpíadas. Estamos na época de só ouvir falar de Pequim, atletas e jogos. São as pautas sazonais, essas vêm a cada ano, a cada quatro anos e por ai vai. Enquanto durar o evento, duram as pautas até saturar os leitores e a criatividade ser solicitada para novas angulações da matéria.

Realmente a Lei Seca deu o que falar, mas acredito que não foi algo cansativo de se ler, mas sim de se abordar. Quando o veículo trabalha com a já mencionada criatividade, os leitores recebem uma gama grande de visões, soluções e informações sobre o caso. A lei em si, a questão dos bombons com licor, o número de presos, a tolerância, o comportamento que muda, as adequações do setor de bebidas, o aumento da venda de sucos e refrigerantes nos bares e tudo mais.

Ainda bem que não estamos com um novo Caso Isabela assombrando o noticiário. Paz aos nossos olhos e ouvidos que ficaram ouvindo e lendo de minuto em minuto "Caso Isabela!".

hauhauha

Um comentário:

Rita Garcia disse...

Mano, escreve sempre! Estava com saudade de ler suas opiniões aqui!

beijo orgulho!