segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Sorriso bobo



Um sorriso bobo, perdido entre a felicidade, o fim de uma busca e a esperança da eternidade é inspirador. Os olhos quase fechados, dentes a mostra, bochechas salientes e a cabeça tentando se abaixar como se a timidez chegasse apenas naquele momento. Vontade de se entregar a todas as tecnologias possíveis e gravar aquele exato momento, aquele exato sorriso para assistir segundo a segundo e tentar desvendar de onde ele vem, como chega e, principalmente, o que o faz tão especial.

Vontade de tocar esse tesouro de sorriso com a ponta dos dedos com todo cuidado que merece. Sentir com os lábios os músculos que se contraem. Refletir nos olhos a constelação que se forma nas íris dos seus. Sentir esse momento ser imortalizado: o momento que consegui cumprir com uma promessa, a promessa de não te dar a lua, mas sim todas as estrelas possíveis e deixá-las perfeitamente reluzentes no seu olhar.

Então tudo some num abraço e num beijo demorado. Some do campo de visão para se materializar no coração e, quando se aloja no peito já apertado, provoca um suspiro relaxante. Suspiro apaixonado, único, revigorante, que traz a vontade de que o "para sempre" não seja só palavras faladas entre um olhar e outro, entre um beijo e outro, mas sim que seja literal, que seja real, que seja infinito.

E que sejam infinitos os abraços apertados. Que sejam infinitos os olhares sem palavras. Que sejam infinitos os carinhos no rosto e os beijos nos olhos fechados. Que seja infinito esse sentimento de estar vivo, de estar completo, de se sentir parte de alguém especial. Que seja infinita essa inspiração que seu sorriso bobo trás que se espelha no meu rosto e me deixa tão bobo e derretido quanto sua reação ao dizer "sim".

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