Acabei de ver no site do Estadão uma matéria sobre os dados do Censo 2010 que foram divulgados hoje. Nessas horas que bate uma vontade ainda mais forte de voltar a trabalhar num jornal diário, afinal são inúmeras as possibilidades de pauta! Daria uma séria de reportagens superinteressante sobre a população brasileira e tem tudo a ver com os temas que estão sendo desenvolvidos nas aulas de Introdução à Economia na Unicamp...
A matéria está aqui: O Brasil envelhece, de acordo com o Censo 2010 e escrevi um post aqui no blog sobre o mesmo tema no ano passado, quando os primeiros dados preliminares começaram a sair: O Brasil daqui a 30 anos...
O Estadão escolheu o enfoque mais óbvio: o Brasil está ficando velho. Os dados são óbvios mas os enfoques a partir deste tema são muito amplos. O que deve despertar maior interesse de leitores seria a situação do INSS e do mercado de trabalho.
Que a seguridade social vai capengando todo mundo sabe, mas qual a situação dos aposentados nas cidades do interior por exemplo. O Brasil fica mais velho, mas essa velhice tem qualidade realmente? Se tivesse tempo livro estaria em algum asilo ou praças conversando com idosos...
Outro ponto é a reposição da mão de obra no mercado de trabalho é outro assunto que interessa principalmente aos trabalhadores e aos empresários. Idoss estão conseguindo se recolocar no mercado de trabalho. Vi reportagens na televisão recentemente e em Limeira conheço um caso de um engenheiro (e professor de espanhol) que conseguiu emprego na sua área de formação depois dos 50 anos. Num país no qual as empresas estão reclamando de falta de mão de obra qualificada, o que parece é que os aposentados estão deixando de lado a vida de descanso para entrar na massa de população economicamente ativa (PEA) mais uma vez. Aquela classificação de PEA que considera apenas pessoas entre 14 e 60 anos está ficando obsoleta pelo jeito...
Mais uma abordagem (coisa que não apareceu na reportagem online do Estadão): qual o futuro dessa população? A Europa está caducando já e alguns países financiam famílias que queiram "se multiplicar". E aqui? Devemos estar longe de uma situação parecida com a da Europa, mas quanto tempo temos para começar a pensar em programas de incentivo à natalidade?
Como estou listando possíveis reportagens, vou continuar com essa estrutura de tópicos:
- Está aumentando a porcentagem de idosos no nordeste. O que levou a este prolongamento da expectativa de vida lá desde o último censo demográfico?
- Qual a origem na queda no percentual de crianças na população? Será que é só a intensidade da vida moderna, a participação da mulher no mercado de trabalho, melhor controle de natalidade ou divulgação mais ampla de métodos anticoncepcionais?
- E como será que estão esses dados em Campinas, Rio Claro e Limeira? Quando tiver um tempinho faço questão de vasculhar e mandar um texto para o Lide Brasil, da minha amiga Rita Garcia e do seu pai José Garcia... espero cumprir com essa proposta! hauhau
Ô vontade de escrever que me consome... hahaha
Nenhum comentário:
Postar um comentário