domingo, 30 de novembro de 2008

Relampiano - Lenine

Tá relampiano, cadê neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá relampiano, cadê neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá vendendo drops no sinal...

Todo dia é dia, toda hora é hora
Neném não demora pra se levantar
Mãe lavando roupa, pai já foi embora
E o caçula chora pra se acostumar
Com a vida lá de fora do barraco
Hai que endurecer um coração tão fraco
Para vencer o medo do trovão
Sua vida aponta a contramão

Tá relampiano, cadê neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá relampiano, cadê neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá vendendo drops no sinal...

Tudo é tão normal, todo tal e qual
Neném não tem hora para ir se deitar
Mãe passando roupa do pai de agora
De um outro caçula que ainda vai chegar
É mais uma boca dentro do barraco
Mais um quilo de farinha do mesmo saco
Para alimentar um novo João Ninguém
E a cidade cresce junto com neném

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ego ou arte?

Tive o azar de ouvir essa semana uma definição pífia para o que é dança. Ouvi em alto e bom som que "dança é ego". Esta seria uma nova definição para arte então?

Seria certo definir que a dança "mexe com o ego" da pessoa, ai sim. Toda arte toca no ego de seu artista. Um pintor quer ver as críticas de seu quadro. Quer saber se as técnicas que utilizou na pintura estão aceitáveis, estão bem feitas. Um músico quer saber se sua música está no goto do público. E por ai vai. Isso é ego? é necessidade de reconhecimento, saber o que se quer. Até mesmo aqueles que se dizem despreocupados com a crítica de seu público se alegram, com certeza, ao ler ou ouvir que tal trabalho é o melhor já visto.

A dança pode ser só uma questão de ego se não for bem trabalhada. Ela é uma das sete artes, óbvio. Ouvi em um programa que falava sobre arte e filosofia, da TV Cultura, certa vez que arte é tudo aquilo que incita a sensibilidade. Seja algo que provoque alegria ou tristeza, raiva ou amor. Atuar é uma arte, dançar também, assim como pintar. A dança mexe com a sensibilidade de quem a assiste. Ela, assim como todas as outras formas de arte, tem uma mensagem a passar. Não é simplesmente mostrar o conjunto de passos, um seguido do outro na cadência e ritmo da música. A dança é isso e muito mais. Transmite aos espectadores sentimentos de amor, como nos clássicos ballets de reportório ou causa confusão mental como nas coreografias contemporâneas.

Pensar que dança é ego não é pensar em dança. É vê-la com uma visão errônea, leiga e simplista. Ela mexe com a auto-estima das pessoas que a praticam, mas isso se torna secundário a partir do momento que o conceito de arte é assimilado. Pensar que a dança é a arte em movimento, a interpretação visual da música e a expressão do corpo através de gestos cadenciados, supera o simples pensar que a auto-estima é um dos principais fatores com o qual ela trabalha. É com a sensibilidade que se lida ao dançar. Com o conhecer de si próprio e das possibilidades de tocar alguém com emoção.

Vou me atrever a dizer que quem pratica dança como arte é quem realmente sabe dançar. Isso é visível em um palco ou em qualquer outro local que se dance. Em Limeira mesmo, há diversas academias de dança que agora no final do ano mostram seus espetáculos para as famílias e para o público interessado. Entre os dançarinos e bailarinos na cidade é nítida a diferença entre aqueles que dançam pela arte e aqueles que dançam pelo flash e visibilidade. Proprietários de academia têm essa visão "pop", ou melhor definindo, midiática da dança. Querem aparecer a qualquer custo e acabam banalizando a dança em si. Vamos colocar um aluno no palco a qualquer custo, só para mostrar resultado, mostrar trabalho. Dance! Se mostre! Coloque sua cara a tapa!

Uma apresentação pode ser uma experiência frustrante se não tiver um trabalho até psicológico por detrás. Simplesmente exigir que o aluno suba no palco e dance pode acabar com o conceito de dança e até traumatizá-lo, deixá-lo ainda mais tímido do que já é. Estar no palco é um momento único. É encarnar um personagem, transformar-se. Nas cochias ficam as Amandas, Albinéias e Carols e se transformam nas personagens a que se propuseram interpretar. Sim, dança é interpretação. Já disse isso, é interpretação da música e de personagens.

Apesar de não ser especialista no assunto - o que escrevo aqui são minhas opiniões, baseadas no que ouço, leio e vejo -, acho que o ensino de dança com as crianças, pelo menos em Limeira, é muito baseado na estética, no estrelismo. Há um conceito entre estudiosos na área de dança educação. O ensinar da dança leva em conta fatores que vão além da simples auto-estima e do ego das crianças e adolescentes. A dança desenvolve a coordenação motora, ajuda na desinibição e trabalha sentidos básicos como direita e esquerda, rápido e lento, entre outros. E vou até além. Principalmente as crianças criam um vínculo afetivo com os professores muito grande. É nessa hora que os professores podem aproveitar para ajudar essas crianças além das aulas. Perceber dificuldades motoras ou psicológicas e manter um contato com os pais. Isso tudo vai além dos exercícios de alongamento, aquecimento, na barra, no centro, diagonais e coreografias.

Dança não é ego, é arte, é educação!

Ego ou arte?

Apresentação TCC

Como uma monografia é composta de texto, texto e mais texto... resolvemos apresentar um vídeo para descontrair a leitura de um texto científico. Vou reproduzí-la aqui.

The end...

Finalmente, depois de algumas madrugadas acertando slides, fotos e esquentando a cabeça com o que eu iria falar na apresentação, ela veio, foi rápida e passou. Pra mim foram quatro anos em 30 minutos. Um tempo muito curto!!! Não estava nem na metade do que queria falar e minha orientadora, Milena de Castro, já sinalizava o relógio dizendo que meu tempo estava quase no fim. Isso corta o barato... (risos).

Enfim, várias pessoas acabam perguntando se tirei um peso das costas, se agora durmo tranqüilo, se estou sentindo vazio por dentro, entre outras indagações e questionamentos sobre o fim de "uma das épocas mais gostosas da vida", como muitas pessoas defendem. O que vou mais sentir falta, e já senti, é das discussões com professores. Durante todo esse tempo as conversas em salas sobre os mais diferentes temas ligados ao jornalismo foi o que contribuiu para meu aprendizado. Não tanto a leitura dos textos propostos nas aulas, mas sim a exploração do ponto de vista de cada um sobre o que os diversos autores pelos quais passamos defendiam.

Como já falei em outros posts, meu trabalho de conclusão foi uma monografia. Um trabalho acadêmico que se propõe a defender um tema específico, aprofundar-se nesse tema. Assim como esse produto visa o apronfundamento, meu objeto de estudos tem o mesmo ideal, aprofundar-se nas notícias, são as reportagens. Apesar de me lamentar de não ter feito um produto jornalístico, como um livro, um jornal ou outros disponíveis para concluir o curso, a escrita científica e leitura de livros técnicos para se defender temas e argumentar a favor da hipótese central sempre me atraiu. Como já disse, me fará falta a orientação dos professores sobre como abordar esses temas, idéias de tema e tudo o mais. Sei que dará pra contar com eles a distância, não mais cara a cara, mas começa a partir de agora uma nova fase, a de aprender a me virar sozinho.

Obrigado aos professores e banca examinadora.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ser verdadeiro...

Apresentação do TCC quase chegando, mas o que me trouxe até o blog foi um assunto que me deixa com uma pulga atrás da orelha.

Ser verdadeiro com alguém e confiar nessa pessoa, pra mim, é sinônimo de amizade. Lógico que envolve outros sentimentos, como até amor ao próximo, um amor amigo. Mas nos últimos dias ouvi muito a palavra amigo da boca de quem nunca disse a verdade sobre si mesmo e o pior é que ainda cobra a amizade.

Primeiro que amizade não se cobra. Ou você tem ou não. Uma amizade pode ser conturbada, com altos e baixos, isso mostra que ela é real. Uma amizade somente com sim e elogios de monte é mostra de pura falsidade. Ninguém é perfeito a ponto de agradar a tudo e a todos. Todos temos nossos defeitos e um verdadeiro amigo sabe e PODE apontá-los, justamente por conta da confiança que as pessoas têm umas nas outras.

Acho interessante que nesses últimos dias de faculdade algumas relações acabam se assentuando mais que outras. Dizer que um amigo é fresco(a) e que tem que parar de fazer determinada coisa por que pode pegar mal ou deixar alguém magoado, no meu ponto de vista, é ajudar essa pessoa. Se me incomoda pode incomodar mais alguém. Tudo bem que eu sou chato e invocado, me irrito com detalhes, mas sei distinguir a minha neura de algo que pode irritar mais alguém.

Outro ponto que uma amizade tem é a distância. Até mesmo amizade entre irmãos não foge de um dia ser separada pela distância. Ai reforço quem tem uma amizade verdadeira nunca a perde.

Enquanto nós, não sou só eu que percebi isso, nos abrimos para uns, essas pessoas nem contam dos próprios planos, desilusões e tristezas. São só ouvintes e analisadores do que vêem, não participam com suas críticas e brigas, preferem ficar olhando. E vão ficar olhando o tempo passar...

sábado, 22 de novembro de 2008

Casamento: o grande sonho feminino

Uma noiva, uma casada e uma amante decidiram fazer uma brincadeira:
seduzir seus homens usando uma capa, corpete de couro, mascaras nos olhos e botas de cano alto, para depois dividir a experiência entre elas.

No dia seguinte, a noiva iniciou a conversa:

- Quando meu namorado me viu usando o corpete de couro, botas com 12 cm de salto e máscara sobre os olhos, me olhou intensamente e disse:
Você é a mulher da minha vida, eu te amo'. Fizemos amor apaixonadamente.

A amante contou a sua versão:

- Encontrei meu amante no escritório, com o equipamento completo!
Quando abri a capa, ele não disse nada, me agarrou e fizemos amor a noite toda, na mesa, no chão, de pé, na janela, até no hall do elevador!

Aí a casada contou sua história:

- Mandei as crianças para a casa da minha mãe, dei folga pra empregada, fiz depilação completa, as unhas, escova, passei creme no corpo inteiro, perfume em lugares estratégicos e caprichei: capa preta, corpete de couro, botas com salto de 15 cm , máscara sobre os olhos e um batom vermelho que nunca tinha usado.
Pra incrementar, comprei uma calcinha de lycra preta com um lacinho de cetim no
ponto G. Apaguei todas as luzes da casa e deixei só velas iluminando o ambiente.
Meu marido chegou, me olhou de cima abaixo e disse:
- Fala aí, Batman, cadê a janta?

sexta-feira, 21 de novembro de 2008


TCC finalmente concluído, mas agora vem ai a apresentação. Parece que essa correria não termina nunca, mas sei que já tem data marcada para esse fim.

O gostoso da faculdade é a possibilidade de inovar, não se prender às amarras das normas e fórmulas prontas e dar asas à criatividade e espírito crítico e inovador. Sempre gostei disso, sou contra até o lead, coisas prontas e rotuladas me enxem, prefiro o incomum, o complicado, o misterioso, algo para se desvendar e se descobrir.

Não inovei tanto quanto gostaria, mas fiz o que pude, quando estava ao meu alcance. A última foi a capa da minha monografia. A Associação Brasileira de Normas Técnicas, chatíssima e odiada por alguns ABNT, ajuda muito a deixar um trabalho acadêmico, entre outros, com um padrão e uma clareza na exposição das informação, mas acaba limitando essa criatividade que gosto tanto de exercitar. Ainda bem que tive uma orientadora tão cabeça aberta quanto eu e deu o aval para o novo.

Deu na seguinte imagem, uma capa fora do comum, sem aquele plástico branco na frente e aquelas informações básicas como título e alguns nomes. Isso é o gostoso do poder de inovação. O mercado de trabalho também está aberto à esse sangue novo, mas as rédeas são mais curtas, mas nada que não seja possível modificar... (risos)

Ainda volto a escrever com mais freqüência aqui, esses últimos dias estão sendo corridos demais, mas tudo passa...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Complicado

Meu primeiro dia com 22 anos está sendo complicado! Ontem foi meu aniversário, não que mudar um algarismo na quantidade de primaveras vividas vá mudar algo, mas hoje não está nada fácil, a situação é conseqüência de outros fatores.

É chato enfrentar uma situação que você sabe que poderia ser diferente se alguém tivesse colaborado em determinado momento. Olhar para o próprio umbigo tem sido algo que cada vez mais pessoas fazem. Algumas só sabem reclamar da vida e não vêem como o mau humor afeta quem está do seu lado. Outras só pensam na própria tranqüilidade, no peso que querem descarregar e não percebem as complicações que podem gerar ao negar um simples ato.

É como já ouvi daquelas pessoas que ouviram minha revolta: "isso não é nem amigo e nem reconhecimento" ou "infelizmente algumas pessoas ficam em débito com a gente de tão egoístas que são". Realmente, a palavra é infelizmente.

Seguindo nas complicações, sexta-feira parece ser dia das reuniões. Ninguém atende telefonema algum por estar em reunião, as vezes desconfio se é verdade. Conversando com algumas pessoas ontem em casa comentamos que a maioria das vezes esses encontros nunca existem, é a resposta mais fácil que se tem a dar para alguém. "Ele não pode atender, está em reunião", se ganhássemos R$ 0,10 cada vez que ouvíssemos isso, aaaaaa minha conta bancária estaria salva.

E por fim, na mesma linha de comunicação telefônica, celular existe para quê? Faz horas, literalmente, que estou tentando ligar para algumas pessoas e parece que, ou o celular resolveu brincar de pique-esconde, ou sei lá o que!

Sexta-feira mau carater!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A arte de ganhar dinheiro

Besteira do início ao fim. Essa foi a constatação que mais ouvi sobre a apresentação do Rafinha Bastos neste sábado. Com o nome "A Arte do Insulto", o apresentador do programa Custe o Que Custar (CQC) mostrou que, como a maioria, saber falar "Filho da Puta", "Vai tomar no Cu", "Pau" e outros palavrões.

As quase 650 cadeiras do teatro Vitória estavam lotadas. O ingresso era R$ 20 meia e o dobro entrada normal. Apesar de ter dado risada, não ao ponto de sair com o abdómen malhado, eu não pagaria a meia entrada para vê-lo. Só com um banco e o microfone no palco, sua apresentação durou cerca de uma hora e vinte, no máximo.

Em texto de autoria própria (segundo ele), fala sobre rondonianos, seu pai, sua mãe, amantes do Discovery Channel e de seu pênis. Algumas interpretações e frases que dizia eram realmente hilárias, mas achei fraco na hora de apresentar as idéias de forma clara e na transição de um assunto para o outro.

Um amigo comentou que achava que ele deveria ser ótimo, que em sua participação em uma outra peça é excelente. Realmente, ele com outros atores deve ser muito bom, mas sozinho, na minha opinião, deixou a desejar um pouco...

She's back!

É, agora não mais como negar, Britney Spears está de volta e voltou com tudo. Para quem acompanhava a época de Oops I did it again; Boys; Outrageous e outros singles que logo subiam nas paradas pode matar as saudades dela mais uma vez entre as dez mais tocadas, pelo menos na Jovem Pan. Informações dão conta que lá fora ela também está com tudo.

E como o povo brasileiro esbanja criatividade e bom humor, ela já foi parodiada em nossa terra das novelas globais. Estava esses dias assistindo aos clipes da cantora americana no youtube e me deparei com o vídeo que coloco abaixo. Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito bom. confesso que meu abdómen doeu de tanto rir! Eu gostei... quem tiver um tempinho assista, achei muito engraçado!